Suspeita de sarampo provoca bloqueio vacinal em Aracaju

A melhor maneira de se evitar a doença ainda é por meio da vacina. (Foto: Marcello Casal Jr/AgenciaBrasil)

Visando à prevenção em Saúde da população da Capital, a Prefeitura de Aracaju realizou, em menos de 72 horas, o bloqueio vacinal de um caso de suspeita de sarampo.

Durante toda esta sexta-feira, 16, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu várias ações para evitar uma possível transmissão, tanto no trabalho, como na residência da pessoa que apresentou sintomas característicos da doença.

A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, explica que a ação rápida das equipes antes da confirmação é necessária, uma vez que o país entrou em alerta após os surtos nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná.

“A SMS garantiu todas as medidas de controle. Ao conhecimento da suspeita, imediatamente disparamos a comunicação para a Unidade Básica de Saúde (UBS) da área de moradia do adolescente, e os profissionais fizeram a visita para a realização do bloqueio vacinal no trabalho e domicílio da família”, explicou a secretária da Saúde.

Waneska reforça ainda que a suspeita não deve causar pânico na população aracajuana, pois a SMS está tomando todas as providências de bloqueio de maneira eficaz. “Essa medida faz parte do protocolo de prevenção e não há necessidade de maiores preocupações. Já identificamos as pessoas que entraram em contato com o suspeito do caso de infecção e já imunizamos todos. Foi uma medida rápida, que atendeu aos prazos determinados pelo Ministério da Saúde e, assim como no ano passado, buscamos proteger nossa população da possibilidade de surtos da doença”, garantiu.

Municípios de risco

Com novos casos de sarampo registrados pelo país, a SMS chama atenção dos responsáveis por crianças com seis meses a 11 meses, que forem viajar para os locais de risco precisam ser imunizadas. Neste link, pode ser conferida a lista completa e atualizada de municípios em alerta.

“É necessário um maior empenho dos nossos profissionais da saúde, tanto para esclarecer a população sobre a importância de manter a caderneta da criança atualizada, quanto de permanecer em alerta para casos suspeitos de sarampo, pois a notificação deve ser imediata. Os pais e responsáveis são protagonistas diretos do cuidado com seus filhos e precisam ser ativos no processo de prevenção. Todas as unidades básicas de saúde ofertam as vacinas necessárias para as crianças, incluindo a que previne o sarampo”, destacou a coordenadora de Imunizações de Aracaju, Ilziney Simões.

Prevenção

Ainda de acordo com a coordenadora, a transmissão do sarampo pode ocorrer de uma pessoa a outra por meio de secreções expelidas ao tossir, falar, espirrar ou até na respiração. O contágio pode se dá ainda por dispersão de gotículas no ar em ambientes fechados.

“Por isso, ela é considerada uma doença infecciosa viral extremamente contagiosa. Os principais sintomas são manchas avermelhadas em todo o corpo, febre alta, congestão nasal, tosse e conjuntivite, além de poder causar complicações graves, como encefalite, diarreia intensa, infecções de ouvido, pneumonia e até cegueira; quadros que são mais graves em crianças”, alertou.

A melhor maneira de se evitar a doença ainda é por meio da vacina. As crianças devem receber duas doses: a primeira aos 12 meses, com a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a tetra viral (que inclui proteção contra varicela) ou tríplice viral e varicela separadamente.

Caso o indivíduo esteja fora da referida faixa etária e não tenha recebido esta vacina em algum momento da vida, a vacinação se dá da seguinte forma: até 29 anos, duas doses com intervalo mínimo de 30 dias entre elas; 30 a 49 anos: apenas uma dose. Vale salientar, a importância de levar o cartão de vacina à unidade de saúde para que o profissional verifique a necessidade de atualização.

Outros cuidados ainda devem ser tomados como:

» Fazer higiene das mãos com água e sabão (sempre depois de tossir ou espirrar, de usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar olhos, boca e nariz);

» Usar lenço de papel descartável;

» Proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de gotículas de saliva;

» Em caso de infecção, evitar sair de casa enquanto estiver no período de transmissão (de cinco a sete dias após o início dos sintomas);

» Evitar aglomerações, ambientes fechados e mantendo-os ventilados sempre que possível.

 

Fonte: AAN 

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