O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES/SE), Eduardo Gomes Ramos, ainda lamenta a falta de previsão para a chegada de um dos medicamentos essenciais para o tratamento pós-transplante, o ‘Tacrolimo’. De acordo com Ramos, o remédio é um imunossupressor e serve para evitar a rejeição de órgãos transplantados.
“Infelizmente até agora nenhuma novidade”, diz Eduardo Ramos. O presidente do Conselho Estadual destacou que no dia 17 de dezembro encaminhou um ofício ao Ministério da Saúde pedindo esclarecimentos sobre a falta do medicamente, mas até agora não obteve resposta. “Isso é muito triste. Estamos lidando com vidas”, destaca.
Ramos ressalta que o não uso do remédio pode levar o transplantado à morte. “Esse medicamente é de suma importância não só para os renais crônicos, mas também para pessoas que fizeram transplante de fígado e coração. Nesses dois últimos casos, a pessoa pode até morrer. Já os renais crônicos podem contar com a hemodiálise”, diz.
Em virtude da demora do posicionamento do Ministério da Saúde, Eduardo informa que foi criada a Comissão Provisória de Acompanhamento dos Renais Crônicos e Transplantados, para acompanhar o caso. “Quinta-feira da semana passada houve uma reunião e o encaminhamento foi cobrar informações do Ministério da Saúde e pedir ajuda ao Conselho Nacional de Saúde”, destaca.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que o medicamento com o princípio ativo tacrolimo é distribuído trimestralmente aos estados e Distrito Federal, de acordo com a necessidade informada pelas respectivas secretarias de Saúde. “A pasta esclarece, ainda, que o fornecimento aos estados depende do cumprimento contratual do laboratório responsável por disponibilizar o medicamento. Estão previstas novas entregas para o final de dezembro do tracolimo 5 mg e início de janeiro de 2021 do tracolimo 1mg”, disse o ministério.
Ainda segundo a pasta, diante da urgência, “este Ministério da Saúde iniciou novos processos aquisitivos e envidará todos os seus esforços no sentido de favorecer a antecipação destas datas de entrega para minimizar os riscos de ruptura”, finalizou a nota.
A matéria foi alterada às 20h15 do dia 22/12/2020 para acréscimo do posicionamento oficial do Ministério da Saúde.
por João Paulo Schneider
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