Manchas de óleo podem ser perigosas para a pele dos banhistas

Manchas de óleo podem ser perigosas para a pele dos banhistas, afirma pesquisador da UFS (Foto: Portal Infonet)

As manchas de óleo têm poluído o litoral nordestino desde o início de setembro e, com isso, o fluxo de pessoas nas praias caiu consideravelmente. No entanto, sempre há alguns banhistas que insistem em ignorar o problema e se aventurar nas águas. Segundo coordenador do Laboratório de Petróleo da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Alberto Wisniewski, há riscos de alergias caso a pessoa entre em contato com óleo que vem sendo encontrado nas praias de Aracaju.

Professor Wisniewski alerta para o perigo de alergia que pode ser causado pelas manchas de óleo (Foto: Ascom/UFS)

“A princípio podem afetar diretamente e de forma mais aguda se a pessoa tiver alergia ao material”, alerta o professor Alberto Wisniewski. Ainda segundo ele, pessoas que não têm essa pré-disposição não sofrerão danos mais intensos se o contato for com pequena quantidade e por um curto período de tempo. Mas por hora, o professor orienta se evitar o banho de mar.

O professor Wisniewski também é o responsável pela análise do material encontrado nos barris e nas praias do estado. Segundo ele, não se pode afirmar que os tambores encontrados nas praias foram reutilizados criminalmente. “Esse procedimento de reuso é comum para esta finalidade de acondicionar resíduos”, explica. Em relação ao óleo, o pesquisador destaca que é possível encontrar uma espécie de “DNA” no produto que possa indicar sua origem. “A análise do óleo pode sugerir sua origem. Foi esse o critério utilizado pela Petrobras para associar o óleo a Venezuela”, pontua Wisniewski.

No tocante ao método utilizado por ele e pela sua equipe para análise do material, o professor explica que o trabalho é realizado a partir de procedimentos cromofotográficos. “Temos empregado técnicas de cromatografia à gás com espectrometria de massas operando em modo seletivo de íons para caracterizar os óleos, além de técnicas complementares”, detalha o processo de pesquisa.

por João Paulo Schneider 

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