‘Ocupe a Praça’ promove reflexão sobre as manifestações de 1968

Mediadores do debate (Fotos: Portal Infonet)

O projeto ‘Ocupe a Praça’ reuniu diversos jovens na noite desta quarta-feira, 5, para refletir acerca dos 50 anos das manifestações de 1968. O evento intitulado ‘M68/2018’ contou com debate, exibição de documentário e apresentação do grupo sergipano Plástico Lunar.

A programação foi iniciada com o ‘Liquidifica Diálogos’, momento de discussão relacionado ao 1968, que tornou-se referência para manifestações que repercutem com força e marcam um momento histórico atual no Brasil e no restante do mundo. O debate foi mediado pela presidente da Funcaju e professor, Cássio Murilo, pela professora Ana Lúcia e pelo professor Fernando Sá.

Grazi Freire é diretora do NPD

“Estamos há algum tempo tentando executar essa temática dentro do ‘Ocupe a Praça’ justamente por causa das consequências das manifestações de 1968 nos dias atuais. Há um momento de conexão daquela época com tudo que está acontecendo hoje. E como o nosso projeto extrapola as fronteiras da diversão e adentra na reflexão, nós achamos pertinente tratar desse tema”, conta Grazi Freire, diretora do Núcleo Produção Digital, que organiza o evento.

Após o debate inicial, os participantes assistiram ao documentário ‘Resistência’, de Eliza Capai. “Nesse documentário, a diretora gravou as manifestações que acontecem no ano de 2016, em São Paulo, por causa da CPI da Merenda Escolar. Naquela época, os estudantes ocuparam a Assembleia Legislativa de SP e questionaram para que houvesse melhores condições de ensino. Isso gerou uma onda nacional que reverberou Brasil afora. Então, esses fatos têm a ver com as manifestações de 68. Com o documentário, a gente traz as discussões de 1968 para os dias atuais”, comenta.

A socióloga Larissa Carvalho é frequentadora do projeto Ocupe a Praça

A socióloga Larissa Carvalho ressalta que o debate faz com que as pessoas estabeleçam uma ligação entre o passado e o futuro, conectando as manifestações de 1968 com tudo aquilo que está acontecendo no Brasil e no mundo. “É muito legal trazer esse debate para o público jovem, que assim como eu, conhece apenas a história de 1968. Cada vez que você escuta o depoimento de Ana Lúcia, que viveu 68, ou de Fernando Sá, que estudou 68, e percebe o que está acontecendo em 2018, você entende a necessidade de trazer a juventude para analisar a história brasileira e mundial. O Brasil não é um país isolado, 68 não foi e um só lugar e 2018 não está sendo só aqui”, opina.

Projeto

O ‘Ocupe a Praça’ é um projeto que já está no segundo ano de atuação e com mais de 30 edições realizadas. A iniciativa tem o intuito de oferecer, mensalmente, a população aracajuana, uma vida cultural coletiva por meio da ocupação do centro histórico da cidade, sendo palco de programações artístico-culturais, tendo o audiovisual como eixo-central.

Tais programações extrapolam fronteiras do entretenimento ao serem construídas de forma articulada, pautadas por discussões contemporâneas que perpassam pelo desenvolvimento e transformações no setor artístico, social, formação de público para a produção artístico-cultural sergipana, além de despertar o debate sobre direitos humanos.

 

por Verlane Estácio com informações da Funcaju

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