Sem Resun há dois meses, alunos da UFS levam marmitas para protesto

Segundo os estudantes, o Resun está há mais de dois meses sem funcionar (Foto: Portal Infonet)

Alunos da Universidade Federal de Sergipe (UFS) levaram marmitas para o hall da reitoria no início da tarde desta terça-feira, 11, em sinal de protesto contra o não funcionamento do Restaurante Universitário (Resun). Segundo os estudantes, o Resun está há mais de dois meses sem funcionar, o que prejudica os alunos da instituição que dependem das refeições [almoço e jantar] que é oferecida pelo restaurante.

A estudante do do 3 º período de Direito, Carolina Lima, diz é difícil conviver com a realidade atual (Foto: Portal Infonet)

A estudante do 3 º período de Direito, Carolina Lima, diz é difícil conviver com a realidade atual. Sem o resun, ela tem que gastar mais dinheiro com alimentação. “Sem o restaurante universitário a situação é bem difícil porque a gente tem que gastar muito mais em comparação a quando se alimentava no resun”, diz. Ela explica que os estudantes da UFS pagam R$ 1 por refeição. Com o restaurante sem funcionar, muitos alunos recorrem a quentinhas, que, segundo ela, custam bem mais caro.

“Eu estudo quatro dias na semana então tenho que gastar cerca de R$10 por refeição. Então são R$ 40 reais por semana e R$ 160 por mês”, diz Carolina. Com o Resun ela lembra que gastava bem menos com a alimentação diariamente. Eu gastava R$ 1 por dia. Agora estou gastando R$10. É muita diferença”, lamenta. Ainda segundo ela, há muitos estudantes que não tem condições de arcar com alimentação fora do campus. “Tem pessoas que vêm do interior e não consegue se alimentar. Acabam comendo um lanche. Ou seja, ficam a alimentação comprometida”, reitera.

Pedro conta que já virou rotina sair da UFS sem jantar e ter que comer um sanduíche quando chega em casa (Foto: Portal Infonet)

O estudante do 2º período de astrofísica, Pedro Ferreira, concorda com os relatos de Caroline e diz que os pais estão ajudando-o a custear a alimentação. “Antes eu pagava R$ 1 e agora estou gastando mais de R$ 10 com o almoço. Isso complica um pouco minha situação financeira e da minha mãe, que é de onde vem minha renda”, resume. Pedro relata que é pernambucano, mas veio a Sergipe estudar, realizar um sonho, no entanto, segundo ele, a realidade tem sido bem difícil. “O que eu gastava em dez dias estou gastando em apenas um”, lamenta.

Ainda segundo ele, já virou rotina sair da UFS sem jantar e ter que comer um sanduíche quando chega em casa. “É que como eles [os responsáveis pela UFS] deixassem a gente desamparados. O que a gente escuta são especulações. Só vai atrasando a entrega do resun e ninguém fornece uma resposta definitiva para a gente”, desabafa.

A pró-reitoria de planejamento da UFS informou que a empresa vencedora da licitação para operar no Resun tem até esta terça-feira, 11, para entregar a documentação necessária. Ainda segundo o órgão, caso a documentação não esteja dentro do previsto, será chamada a empresa subsequente. O Resun, contudo, segue sem previsão para retornar às suas atividades.

por João Paulo Schneider  e Aisla Vasconcelos

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