Vacinas não são encontradas e polícia indicia servidoras

Furto rendeu prejuízo de R$ 20 mil para os cofres públicos (Foto: arquivo Portal Infonet) 

Após sete meses de investigação, a Polícia não conseguiu identificar os responsáveis pelo furto de 600 vacinas, no valor de R$ 20 mil, ocorrida em maio de 2017 na Unidade de Saúde da Família (USF) Maria Dantas de Carvalho, em Cristinápolis. Entretanto, o delegado Edson Nixon concluiu o inquérito e indiciou duas funcionárias públicas por peculato culposo, crime atribuído ao funcionário público que é negligente no dever de cuidar de determinado patrimônio público, permitindo, involuntariamente, que outro funcionário aproprie-se do bem. 

O delegado explicou que durante o processo de investigação, ouviu dezenas de pessoas, disks denúncias, periciou celulares de funcionários que tinham acesso às vacinas e ainda realizou buscas em Aracaju, Santa Luzia do Itanhy e até em Rio Real, no estado da Bahia, mas não encontrou as vacinas. “Nenhuma dessas medidas nos permitiu concluir pela prática de delitos mais graves, como roubo majorado, furto qualificado, corrupção de funcionário publico, ou chegar ao paradeiro dessas vacinas”, lamentou.

No caso das duas e únicas funcionárias indiciadas, o entendimento policial é que elas foram imprudentes no cuidado com o material. “Está comprovado documentalmente que elas tinham posse das chaves do local onde ficavam as vacinas. Em razão do cargo, elas foram no mínimo negligentes quanto ao dever de cuidado desse material”, entende Nixon. O crime de peculato culposo tem pena prevista de três meses a um ano de detenção.

O inquérito agora será encaminhado ao Ministério Público Estadual (MPE), onde será submetido a análise para consequente persecução. Cabe ao órgão acatar ou não a denúncia policial, mediante análise das provas encaminhadas nos documentos.

Por Ícaro Novaes 

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