Comentário de Alexandre Guimarães
Em tempos de escassas informações, em virtude do fim da participação dos clubes sergipanos em competições oficiais e a posterior férias dos mesmos, parte da imprensa está ansiosa em criar fatos para polemizar e, conseqüentemente, preencher as diversas resenhas esportivas. As já eleições, tidas como certas, de Manoel Cacho e Ramon Barbosa às presidências, respectivamente, do Confiança e do Sergipe, são exemplos do atual estado de ansiedade do jornalismo esportivo sergipano.
Enquanto o atual secretário da Justiça objetiva ser, apenas, candidato a presidente do timão proletário, alguns órgãos de comunicação já o têm como o mandatário do Confiança pelos próximos quatro anos. Percebo que, quando entrevistado, Manoel Cacho sente-se intimidado, devido às indagações indutivas. Perguntas que o levam a responder como comandante.
O mesmo acontece pelas bandas do Clube Sportivo Sergipe. Para alguns companheiros, Ramon Barbosa já é o presidente do time alvi-rubro.
É bom frisar que nem Manoel Cacho, nem Ramon Barbosa escondem o desejo de conduzir os destinos dos clubes pelos quais torcem. Mas, ambos deixam bem claro que antes há um processo eleitoral.
Considerá-los como presidentes gera várias discussões, tipo: qual será a filosofia de trabalho?, fulano fará parte da diretoria?, o técnico será o mesmo?, o campeonato brasileiro será visto de outra forma?, etc.
Sei que manter uma programação com poucas informações é difícil, mas também sei que controlar a ansiedade é bom para saúde. Nesse caso, a saúde do jornalismo esportivo.
Por Alexandre Guimarães