Copa de Kung Fu revela crescimento do esporte em Sergipe

Evento reuniu centenas de atletas (fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Graças a Bruce Lee e aos milhares de filmes sob sua influência, o Kung Fu já foi a arte marcial mais prestigiada do mundo. Com o tempo, ela cedeu espaço para o crescimento exponencial do jiu-jitsu. Mas aos poucos ensaia seu retorno – e inclui Sergipe neste roteiro. Com plástica e muita agressividade, a arte marcial chinesa mostrou que chegou para ficar no estado neste domingo, 21, no ginásio do Colégio Purificação: com centenas de atletas de vários estados, o local recebeu a Copa Nordeste de Kung Fu e Boxe Chinês.

Só de Sergipe, um total de 25 academias inscreveu atletas no evento – todas interessadas em se garantir entre as 60 vagas do estado para o próximo Campeonato Brasileiro da modalidade, que será em dezembro. Acompanhado por várias pessoas na arquibancada, o torneio também foi prestigiado pelo presidente da Confederação Brasileira de Kung Fu, Edilson Moraes, que exaltou o crescimento do esporte em Sergipe. “Isso é resultado do trabalho da federação local e da própria confederação”, disse.

Moraes, presidente da Confederação de Kung Fu: crescimento visível da modalidade

O dirigente tambem não perdeu tempo, e enumerou as vantagens que o Kung Fu pode trazer a quem se aventura nele. “É uma arte marcial que aperfeiçoa o senso de disciplina, e principalmente o caráter. Qualquer um se torna uma pessoa melhor após entrar para o Kung Fu”.

Classificados

A competição serviu ainda para credenciar atletas sergipanos para o próximo Campeonato Brasileiro. Um deles é Erivaldo Souza. Competidor pela categoria Avançado, o atleta avaliou com ceticismo seu desempenho. “Não gostei muito de minha performance, mas mesmo assim consegui um bom resultado”. Praticante da arte há dois anos, o lutador tambem se entusiasma com o crescimento do esporte. “O pessoal está se envolvendo mais. Agora só faltam os patrocinadores”, diz.

Combates da categoria semi-contato também integraram evento

Outro classificado para a competição nacional é o lutador Cleverton Quirino, que se credenciou na categoria até 65 kg. Praticante de Kung Fu há sete anos, ele também é instrutor e ressalta que o esporte conseguiu sair do ambiente fechado das academias. “Já conseguimos chegar às escolas, e chegamos a promover um evento interescolar no começo do ano”.

Responsável pelo treinamento de vários participantes no evento, Cléverton também frisou as mudanças que o Kung Fu causa nos praticantes. “Além da disciplina e da coordenação, o aluno aprende, sobretudo, a nunca desistir”.

Por Igor Matheus

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