Subvenções: Testemunhas continuam mostrando contradições

Audiência da tarde desta terça-feira, 28 (Fotos: Portal Infonet)

Testemunhas continuam entrando em contradição durante as audiências que apuram irregularidades na distribuição de verbas de subvenção pela Assembleia Legislativa de Sergipe. Na tarde desta terça-feira, 28, a representante da Associação Comunitária José Mecenas, localizada no município de São Domingos, Deoclécia Xavier Neto não soube explicar ao certo o que foi feito dos R$ 100 mil recebidos por meio do deputado Venâncio Fonseca (PP) e disse não saber quem fez um saque no valor de R$ 142 mil em nome da entidade. O representante da Associação de Arauá, Leandro Maciel dos Santos também irá responder pelo crime de falso testemunho.

Indagada pelos procuradores do Ministério Público Federal (MPF/SE), Eunice Dantas e Rômulo Almeida, sobre o destino dos recursos, Deoclécia Xavier Neto se enrolou. Primeiro disse que usou R$ 80 para a compra de dois veículos e em seguida que usou R$ 30 mil para a compra de uniformes destinados a uma escolinha de futebol e para completar, sendo 18 camisas e 18 shorts e para completar, que pagou R$ 1 mil por um jogo de uniforme.

Deoclécia Xavier  se perdeu nos números

Indagada sobre um saque de R$ 142 mil que aparece na contabilidade de atividade financeira, a presidente da Associação de São Domingos respondeu: “Desconheço, não sei quem fez”. E disse ainda ter gasto R$ 80 mil na compra de cestas básicas.

Foram ouvidos ainda na audiência desta tarde no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE), José Roberto Menezes, representante da Associação de Produtores e Moradores do Povoado Poço Comprido e Adjacência em Campo do Brito, que recebeu R$ 185 mil também por meio do deputado Venâncio Fonseca; Edivaldo dos Santos, que recebeu R$ 30 mil de verba de subvenção através da Associação de Malhador; Leandro Maciel dos Santos, representante da Associação do Desenvolvimento Comunitário de Arauá, que recebeu R$ 90 mil e Erinaldo Feitosa Santos, que recebeu R$ 130 mil em subvenções do deputado Arnaldo Bispo para a Associação de Produtores Orgânicos do Agreste em Itabaiana.

Réu

Leandro Maciel se exaltou no depoimento

Na audiência, Leandro Maciel negou trabalhar como caseiro para o ex-prefeito de Arauá, José Ranulfo dos Santos, mesmo já tendo confirmado em depoimento no MPF e se irritou com as perguntas dos procuradores, insistindo que os cheques e pagamentos são feitos pela tesoureira Sandra Santos.

“Eu só assino que é a minha função e se eu souber respondo, mas se eu não souber deixo pra lá”, fala aumentando o tom de voz e se contradizendo ao destacar ter trabalhado na roça do ex-prefeito no período de 2002 a 2006.

“O senhor se comporte e tenha educação”, alertou o juiz eleitoral, Fernando Escrivani.

Como Leadro Maciel não soube explicar nada sobre o dinheiro recebido, será mais um que passará de testemunha para réu. "Será aberto procedimento investigativo e ele será investigado pelo crime de falso testemunho", destaca a procuradora Eunice Dantas.

As ouvidas desta terça-feira, chegaram no sexto dia de realização das audiências, completando a metade da fase de instrução.

Por Aldaci de Souza

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