Ala vermelha possui 30 pacientes sendo a capacidade de 16 (Foto: Portal Infonet) |
A superlotação nas alas vermelha e amarela do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) foi motivo de audiência nesta terça-feira, dia 10, no Ministério Público Estadual (MPE). A audiência foi motivada por uma denúncia informando sobre a superlotação ocasionada nas alas do hospital, o que vem gerando transtorno aos pacientes da unidade.
Presente em audiência, o superintendente do Huse, Francisco Claro, confirmou a existência de superlotação na unidade de saúde, mais precisamente na ala vermelha. ”A ala vermelha é uma ala complicada. Em períodos de pico chega a ter 30 pacientes, sendo que a capacidade é para 16”, afirma Claro.
Para tentar solucionar o problema da superlotação, já existe um projeto para transformar as alas vermelha e amarela em um eixo crítico, com atendimento da parte clínica e do trauma, mas sendo possível a ampliação, após a conclusão das obras realizadas no hospital, prevista para ocorrer dentro de três meses.
De acordo com o promotor da Saúde, Fábio Viegas, houve a comprovação da superlotação na unidade. “Nós recebemos um expediente relacionado à denúncia na ala vermelha e amarela do Huse. Foi instaurado um procedimento administrativo para apurar as condições dessas alas, porque nós oficiamos a vigilância sanitária e a vigilância já informou que há realmente as condições de superlotação principalmente na ala vermelha. Com a ampliação a ser feita no hospital, vai se estender a ala vermelha para que haja a possibilidade de se ter 30 leitos”, conta.
Escalas
Outro ponto discutido na audiência diz respeito à dificuldade no preenchimento das escalas médicas em alas críticas da unidade, mais precisamente na sexta-feira.
Assim, foi determinada a superintendência do Huse a remessa semanal da escala dos médicos que trabalham no referido hospital, fixando multa pessoal e diária no valor de R$ 100 reais, em caso de descumprimento. “Observamos a escala dos médicos e principalmente pontuado o dia de sexta-feira. Então o MP, hoje, foi feliz ao tentar diminuir mais esses problemas, ou seja, o superintendente do Huse foi se responsabilizado quanto ao fechamento das escalas médicas. Se a escala não for fechada, vai responder pessoalmente”, conta o promotor.
Também foi solicitado o prazo de oito dias para o envio por parte da SES de documento escrito informando o cronograma para a conclusão das obras e o efetivo funcionamento da unidade, bem como a alocação de recursos humanos.
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