Mutirão orienta sobre Doenças Pulmonar Obstrutiva

Cerca de 200 pacientes serão atendidos (Fotos: Portal Infonet)

‘Se eu não parasse iria morrer’. A afirmação é do ex-fumante Antônio José Cruz que deixou de fumar há 13 após o diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Identificar mais casos como esse através do exame de espirometria é o objetivo do III Mutirão da Espirometria no Hospital Universitário realizado durante este sábado, 4. Cerca 200 pessoas serão atendidas gratuitamente.

A DPOC atinge, principalmente, fumante e ex-fumante acima de 40 anos. De acordo com  Sociedade Sergipana de Pneumologia e Tisiologia,  a DPOC é 10ª doença que causa mais mortalidade no mundo, pois a maioria das pessoas só procuram o médico com a doença em estágio avançado.

O ex-fumante, Antônio José Cruz, conta que já foi internado mais de 150 vezes por causa da doença, e mesmo passando por tratamento ainda não consegue desempenhar suas atividades como antes. “Fumei durante muitos anos sem saber das consequências. Hoje nem consigo trabalhar, por causa da doença me canso muito rápido. Estou sentindo as consequência de 30 anos”, afirma Antônio.

José usava bala de canela para aliviar o desejo de fumar

Os fumantes apontam que deixar o vício é um grande desafio, principalmente, quem já faz isso há muitos anos. Para seu José Carlos Marinho, 61 anos, a falta do cigarro causa muita angústia e sofrimento. Ele fumou durante 52 anos, só deixou após realizar o exame de espirometria e constatar a DPOC já em estado avançado. “O médico disse que se eu não parasse imediatamente poderia morrer, por isso deixei o cigarro”, relembra José.

Seu José ainda conta que nesta luta contra o cigarro usou outros meios para aliviar o desejo de fumar. “Foi muito difícil, mas para deixar o vício eu usava bala de canela toda vez  que sentia vontade de fumar. Vivia com os bolsos cheios de bala. Graças a Deus consegui vencer”, diz aliviado.

Sintomas

Pneumologista alerta para os sintomas da DPOC

Segundo pneumologista Maria Luiza Dória, em 30 minutos o paciente tem o diagnóstico da DPOC. Ainda alerta que fumantes, ex-fumantes acima de 40 anos e pessoas que tenha contato direto com fogão a lenha precisam ficar atentas para os sintomas. Cansaço, tosse, catarro no peito e falta de ar são os indícios da DPOC. Os pacientes que apresentarem estes sintomas deverão procurar o médico o mais rápido para o tratamento.

O exame de espirometria é o principal meio utilizado para a confirmação da doença. Neste III Mutirão 200 pessoas serão atendidas, as que apresentarem os sintomas já serão encaminhadas para início do tratamento.  Segundo a pneumologista, em média 40% das pessoas que fazem o exame apresentam alterações em graus avançados.

 Por Adriana Freitas e Kátia Susanna

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