Carlos Alberto continua em coma (Foto: Arquivo pessoal) |
Um plano de saúde que deveria ser um alívio para quem necessita de auxílio médico está tirando o sono de uma família que luta para conseguir salvar a vida de um ente querido.
A família de Carlos Alberto Morais Silva, 30 anos, que está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Gabriel Soares e necessita de um cuidado especial, denuncia que um entrave no setor administrativo do plano de Saúde Hapvida pode acarretar dano à vida do paciente.
De acordo com Cleverton Morais Silva, irmão de Carlos, a peregrinação da família teve início após a descoberta de que Carlos Alberto necessitava realizar uma cirurgia. “Ele foi ao hospital por oito vezes, na nona vez, descobriu que tinha um tumor na cabeça e necessitava realizar uma tomografia com urgência. O hospital não tinha o aparelho e quando viram a gravidade tiveram que fazer a cirurgia. Dia 15, ele fez a cirurgia e o medico solicitou uma nova tomografia”, afirma.
Devido ao paciente está entubado, o mesmo necessitava ser transferido com urgência por uma UTI Móvel para um hospital privado e conveniado para realizar a tomografia. O que a família de Carlos Alberto não esperava era que teria que desembolsar um valor significativo para alugar uma UTI Móvel e fazer a remoção do paciente, já que o Hospital do Hapvida não dispõe dessa prestação de serviço.
“Quando o médico pediu que ele fosse realizar a tomografia que é feita por um terceirizado, eu estive na administração e fui pedir a autorização para que a UTI transferisse meu irmão, mas chegando lá, a coordenadora informou que eles não possuíam ambulância e eu entrei em contato com um prestador de serviço que tinha contrato com a Hapvida e eles me disseram que o contrato com o hapvida estava suspenso por falta de pagamento. Como o caso dele era grave, tivemos que desenbolsar R$ 2.160 para a realização da tomografia”, garante.
Segunda cirurgia
Ao retornar para o Hospital Gabriel Soares, o paciente necessitou de um cateter intra-craniano que mede a pressão do crânio do paciente. “O médico pediu dia 19, mas o aparelho só chegou às 17h30 do dia 21. O médico disse que não adiantava mais e ele teria que passar por uma nova cirurgia e assim o fez. Os médicos estão dando toda assistência ao meu irmão, o problema é a morosidade que a administração está fazendo para dar a devida assistência ao meu irmão”, diz.
Para que o paciente possa sair do coma induzido foi solicitado pelo médico no último dia 28 de agosto, uma outra tomografia, sendo ainda necessária a remoção do paciente através de uma UTI Móvel. “Ontem [28], o médico pediu uma última tomografia para que possa tirar o meu irmão do coma induzido. Hoje pela manhã [29], minha mãe foi a administração e informaram que era para esperar. Já estão nos enrolando novamente. A tarde nós conseguimos que uma ambulância do Samu fizesse a remoção dele, mas foi cancelado pela direção da Hapvida”, afirma Cleverton.
O jovem continua entubado e em coma induzido. Até o momento, Cleverton Morais alega que ninguém da direção do Hapvida procurou à família do paciente para realizar o ressarcimento da UTI Móvel.
Hapvida
A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de comunicação da Hapvida que informou que já foi providenciada a aprovação para que o paciente possa ser removido em uma UTI Móvel para realizar a tomografia, o que deve ser feito até esta sexta-feira, 29.
A assessoria informa ainda que já está sendo providenciado o reembolso do valor pago pela família do paciente na contratação da UTI Móvel.
Por Aisla Vasconcelos
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