Movimentos realizam ato pelo não uso de agrotóxico

Representantes de movimentos sociais realizaram um ato na manhã desta quarta-feira, 3, na praça Fausto Cardoso. A data celebra o Dia Internacional do Não Uso do Agrotóxico em todo o país. Com faixas e cartazes, os representantes tentavam chamar atenção da sociedade para os riscos causados pelo produto. 

Entre a pauta de reivindicações dos movimentos, está o fim da pulverização aérea que contamina os rios, fim dos transgênicos, bem como a rotulação dos alimentos para que se identifique o quantitativo e o tipo de "veneno" utilizado no produto.

Segundo o militante do Movimento dos Sem-Terra (MST), Felipe Sena, os agrotóxicos causam danos à saúde extremamente graves. “Dia 3 dezembro foi considerado dia de luta contra agrotóxicos e hoje é de convergir a pauta os riscos dos agrotóxicos. Há um índice de 5,2 litros de agrotóxicos por ano por pessoa, ou seja, a população não sabe dos riscos que corre e de como isso pode repercutir na saúde, além dos problemas ocasionados na natureza, como contaminação do rio e sementes transgênicas".

De acordo com o engenheiro agronômico, Jorge Rabanal, o poder público possui um papel fundamental para barrar a utilização desses produtos no uso domiciliar. “O agrotóxico está impregnado no meio rural. 78% do que se usa de agrotóxico e veneno no Brasil é usado nas lavouras de agricultura de exportação como milho, soja e a cana. O poder público poderia ser mais eficiente no combate a esses malefícios se não fosse permissíveis aos agrotóxicos. Tem agrotóxicos que são proibidos no mundo, mas permitidos no Brasil. Isso quem define são os parlamentares que compõem a bancada ruralista que legislam em causa própria. Uma reforma política possibilita o uso mais adequado ou não uso”, acredita.

Por Aisla Vasconcelos