Método Canguru oferece qualidade aos recém-nascidos

O Método Canguru ocorre desde o ano de 2006 (Foto: Arquivo Infonet)

Referência no atendimento às gestantes de alto risco, a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) trabalha com o “Método Canguru’ desde o ano de 2006. Trata-se de um tipo de assistência neonatal que proporciona o contato pele a pele entre a mãe e o bebê, estimulando o desenvolvimento e ajudando na recuperação de bebês de baixo peso e prematuros.

“Durante o processo é possível aumentar o vínculo afetivo entre mães e bebês através da humanização, oferecendo mais qualidade de vida aos recém-nascidos abaixo do peso. Além disso, com a colocação do bebê no peito da mãe, é possível promover maior estabilidade térmica, substituindo as incubadoras, permitindo alta precoce, ganho de peso, crescimento, evitando infecções hospitalares”, explica o médico neonatologista da MNSL, Alex Santana.

Em Sergipe, a “Lourdinha” é a única unidade de saúde do SUS a trabalhar com o “Método Canguru”. Somente nos seis primeiros meses de 2016, a ação assistencial já beneficiou mais 166 bebês prematuros na Ala Verde da unidade hospitalar. “O que me deixa mais segura e confiante é que posso acompanhar de perto todo o processo. A cada dia, vejo o meu filho ficar mais forte e saudável. A equipe de profissionais também colabora bastante e garante o bem-estar do bebê”, revela Genilma Lima, mães dos gêmeos Laura Sophia e João Guilherme, assistidos pela equipe multidisciplinar do Método Canguru na MNSL.

Assistência Neonatal

O processo da assistencial Neonatal do Método Canguru é dividido em três etapas. Na primeira, a criança é enviada para Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), quando nasce prematuramente, sendo que a mãe permanece internada na maternidade para acompanhar o filho durante o processo.

Na segunda etapa, a criança é enviada para a companhia da mãe, quando aprende a sugar e a mamar. O terceiro momento acontece após a criança ganhar peso satisfatório. Além disso, ter um quadro de saúde clinicamente estável (não estar tomando soro, nem respirar com ajuda de aparelhos). “A mãe precisa estar disposta a passar por um pequeno curso de capacitação, para conhecer o projeto em todas as suas fases, para que possa ser realizado um trabalho integrado”, explica.

Já na terceira etapa, o bebê que participou do Método Canguru é acompanhado pela MNSL até os dois anos de idade, através do Ambulatório de Follow up.

De acordo com médico Paulo Menezes, neonatologista e um dos coordenadores do ‘Método Canguru’, cada recém-nascido teve uma média de ganho de peso de 18 gramas, por dia. “Com as atividades desenvolvidas, pudemos observar a diminuição no tempo de permanência de internação, que pode chegar até 13 dias. O estímulo ao aleitamento materno e o menor tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial, são as principais metodologias do Método Canguru”, pontua.

Ainda segundo Paulo Menezes, “a objetivo desta prática não é só salvar vidas. Queremos dar qualidade de vida para os recém-nascidos e fazer com que eles se desenvolvam como se tivessem nascido de uma gestação normal”.

História

A posição Canguru foi idealizada na Colômbia, em 1979, para diminuir a mortalidade neonatal elevada naquele país. No Brasil, o método chegou em 1997 no Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Em 2000, o Ministério da Saúde publicou a Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso, atualizada posteriormente pela Portaria nº 1.683 de 12 de julho de 2007.

Em Sergipe a prática foi instituída em 2002, ainda na Maternidade Hildete Falcão Baptista. Com a mudança do prédio, as ações passaram a serem realizadas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes.

Fonte: SES

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