Espetáculo infantil traz brincadeiras populares

Espetáculo traz para a roda a origem dos brinquedos

Na próxima terça feira, dia 21 de junho, às 16 horas, no Centro de Cultura e Arte (Cultart), localizado à Av. Ivo do Prado, n.612, bairro São José, estreará oficialmente o espetáculo de teatro infantil “Ah, se esse brinquedo ainda fosse meu!”. O texto é de autoria de Raimundo Venâncio, a ser realizado pela Cia. de Artes Cênicas Reflexos da Alma, da cidade de Estância-SE.

A montagem do texto “Ah, se esse brinquedo ainda fosse meu!” traz para a roda a origem dos brinquedos e das brincadeiras populares. Nessa montagem, a Cia. de Artes Cênicas Reflexos da Alma resolveu investigar e reviver o universo lúdico das crianças, colocando nossos protagonistas mirins dentro do contexto cultural lúdico, com o simples ato de brincar. O espetáculo é um mergulho nas brincadeiras e brinquedos populares que atravessaram gerações em décadas, desde a sua origem; uma abordagem histórica remetida no tempo, que propõe inserir a criança no universo significativo e essencial do teatro. Pois nesse momento atual, onde estamos cada vez mais envoltos aos valores tecnológicos, onde a essência criativa está cada vez mais distanciada, é importante o regresso aos valores presentes na infância.

“Ah, se esse brinquedo ainda fosse meu!”

(Fotos: Divulgação)

conta a história de um grupo de crianças, Ana Paula, Rosa Maria e Pedro Luis, que num determinado momento em que se encontram para brincar são surpreendidas por um personagem alheio ao seu universo: o cantador. O mesmo interrompe a brincadeira, a fim de participar, criando, assim, um atrito entre ele e as crianças, o que os leva a um grande impasse. Com isso, o cantador se vê obrigado a mudar os seus planos, logo que ele percebe que vai ter que convencê-las a deixá-lo entrar na brincadeira. Depois de toda a confusão, vence o companheirismo e a união. E o grupo então passa a brincar junto, levando a plateia a uma viagem no tempo através da história dos brinquedos e das brincadeiras, em cenas inteiramente interativas, onde o público sai de sua posição imparcial de plateia e assume seu papel de brincador.

Companhia
A companhia iniciou seus trabalhos na cidade de Estância, em 2006, participando de oficinas de aperfeiçoamento, com passagem dos seus componentes pela Cia. Estanciana de Artes Cênicas, hoje, Instituto de Artes Cênicas (Incena), onde fizeram parte de sua fundação. No ano seguinte montou o épico texto de Hunald de Alencar, Uma vez, o amor…, com a vigorosa direção do nosso sempre saudoso Luiz Carlos Reis. O espetáculo teve uma grande repercussão, ganhando os prêmios: Projeto Temporadas, edição 2009, e Edital César Macieira de Artes Cênicas, em 2010, estando entre os melhores espetáculos do estado.

Entre outros trabalhos está também “O Mapa do Coração do Mundo”, com a direção primorosa de Raimundo Venâncio, trabalho este indicado a quatro categorias no Festival de Cenas Curtas de Sergipe (Facetas), em 2010, realizado pela Cia. Cobras e Lagartos. O foco principal do trabalho da referida companhia, é a pesquisa e a investigação da linguagem teatral, sempre com o propósito de montar espetáculos de qualidade. “Ah, se esse brinquedo ainda fosse meu!” é o último texto da trilogia de teatro popular escrito por Raimundo Venâncio. O primeiro a ser escrito foi o “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”, que versa sobre o folclore sergipano. O segundo, o “Do vaza-barris à pedra furada, ou a história de amor do índio Serigy”, que traz como tema as lendas sergipanas.

FICHA TÉCNICA
Espetáculo: Ah, se esse brinquedo ainda fosse meu!
Montagem: Cia. de Artes Cênicas Reflexos da Alma
Texto: Raimundo Venâncio
Figurino: Concepção: Juliana Santos
                 Execução: Lourdes Ribeiro
Adereços: Concepção: Raimundo Venâncio
                 Execução: A Companhia
Elenco: Juliana Santos, Luckas Lins, Tânia Maria e Paulo Ricardo
Designer gráfico: Clarissa Rocha
Fotografia: Edson Araujo
Encenação: Raimundo Venâncio