Kátia Pimentel fala sobre a rede hoteleira

A entrevista dessa semana traz Kátia Pimentel Gadelha, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira – SE (ABIH-SE), diretora-secretaria da Associação Brasileira de Agentes de Viagem – SE (ABAV-SE) e sócia-gerente do Xingó Parque Hotel. Ela responde sobre retomada da Secretaria de Estado do Turismo, taxa de ocupação, número de leitos e desafios do setor  em 2011. Veja entrevista completa.

Fala-se muito no “boom” do turismo de cidades como Natal (RN), Itacaré (BA), por exemplo. O que apontaria como entraves para que efetivamente ocorra o tão sonhado “boom” do turismo em Sergipe?

1-     Precisamos de um aeroporto para atender uma maior demanda de voos;

2-    Negociar junto às companhias aéreas preços mais competitivos;

3-    Necessitamos de um novo  Centro de Convenções;

4-    Mais divulgação do Destino Sergipe em todo o país (propaganda em nível nacional, a exemplo de outros estados);

5-    Mídia compartilhada com as operadoras turísticas, CVC, TAM Viagens, Luxtravel, Visual, CLM, etc;

6-     Qualificação e aperfeiçoamento de mão de obra para o turismo.

Há uma expectativa de que Sergipe receba cerca de 120 mil turistas na temporada de verão, um aumento de mais de 15% se comparado com o mesmo período de 2010. A Senhora acredita que o aumento do fluxo de turistas deve-se a que?

Há um trabalho de equipe: governo do estado através da Emsetur, ABIH, ABAV, SINGTUR, Convention Bureau, Prefeitura de Aracaju, Prefeitura de Canindé de São Francisco, todo o trade empenhado em  divulgar as potencialidades do nosso estado, tornando-o a  grande surpresa do Nordeste.

Nos últimos dois anos Sergipe tem visto o aporte de novos estabelecimentos, como o Radisson e o Real Classic. A quantidade de leitos de Aracaju é satisfatória para manter a alta temporada e grandes eventos ou ainda necessita de mais leitos? Como avalia a situação?

Necessitamos sim de mais leitos, pois ainda não são suficientes para grandes eventos, mas para isso precisamos com urgência de um novo centro de convenções ou ampliação do atual.

Sabe-se que o período de janeiro a fevereiro é alta estação no turismo brasileiro. Como está o setor no Estado em que se refere à taxa de ocupação?

Estamos crescendo a olhos vistos, a taxa de ocupação este ano está superando a de janeiro de 2010 e espero que em fevereiro tenhamos uma ocupação boa.

É de grande importância para a rede hoteleira que mantenha uma taxa de ocupação equilibrada durante todo o ano. Como Sergipe tem feito para superar a baixa temporada e como outros parceiros (Estado e Município) poderão também contribuir neste caso?  

Estamos nos organizando para comerçarmos a trabalhar em cima da baixa temporada. Estamos firmando parcerias com o governo do estado e dos municípios turísticos para divulgarmos o nosso estado começando em fevereiro com a Feira da CVC em São Paulo e estamos programando já para março a Caravana Sergipe pelo Nordeste, como também a nossa participação em todas as feiras do primeiro semestre.  

Recentemente há uma discussão sobre a classificação dos meios de hospedagem no país, passando de estrelas para uma classificação mais detalhada, ou seja, por categoria. Para que será feita está troca e se Sergipe já se enquadrou à nova realidade?

A classificação hoteleira já começou nos estados sedes da Copa de 2014. Em Sergipe vamos dar inicio juntos ABIH , Sebrae e o Ministerio do Turismo a classificarmos os nossos hotéis e pousadas.

Passando para questões mais abrangentes do setor. Como Kátia Pimentel avalia a retomada da Secretaria de Estado do Turismo?

Uma grande vitória do trade sergipano. Uma reenvidicação do trade que o nosso governador Marcelo Deda atendeu. Com isso, sinto que o turismo está sendo levado a sério, como uma das maiores fontes econômicas do estado.

Falando em destino. O interior de Sergipe está preparado para receber bem turistas que desebarcam querendo conhecer, por exemplo, o Cânion de Xingó, a Foz do São Francisco, Pirambú e outras localidades. O que falta?

Em alguns pontos turísticos do nosso estado, ainda necessita de uma melhor infraestrutura, a exemplo: bons restaurantes, hotéis, pousadas (iniciativa privada), ancoradouros para os catamarãs, sinalização turística em todo o estado, abertura dos museus e igrejas nos domingos e feriados, postos de informações.

Não seria hora de haver uma divulgação e campanha interna como forma dos sergipanos falarem bem de Sergipe e criar um fluxo mantido pela “prata da casa”?

Seria ótimo. Fazendo uma pesquisa vimos que a grande maioria dos sergipamos não conhece o Cânion do São Francisco, nem a Foz do São Francisco, poucos conhecem São Cristovão, Laranjeiras, berço da nossa cultura. Necessitamos que os sergipanos conheçam seu estado e sintam orgulho de ser sergipanos.

Dois mil e dez foi um ano bom para o setor? Qual a perspectiva para 2011?

Foi ano bom. Temos certeza que o ano de 2011 vai ser melhor ainda, pois começamos com o pé direito, boa taxa de ocupação, retorno da Secretaria de Turismo, verbas na conta da Emsetur para ser utilizada na divulgação do nosso destino.

Contato: silviooliveira@infonet.com.br

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