Terapia online requer cuidado e atenção no acolhimento

Muitos atendimentos de saúde presenciais tiveram que ser
substituídos pelas consultas online (Foto: Pixabay)

Desde que o Brasil precisou entrar em quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus, muitos atendimentos de saúde presenciais tiveram que ser substituídos pelas consultas online. Com a psicoterapia não foi diferente e as videochamadas e até ligações tem ajudado as pessoas.

O coordenador do curso de Psicologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Aracaju, André Mandarino, é um desses profissionais que continuam atendendo e explica que o Conselho Federal de Psicologia liberou a prática online, sendo necessário o profissional informar ao órgão que o atendimento não será feito de forma presencial. “O paciente tem essa opção desde 2018 e não muda nada no atendimento. O profissional deve seguir as mesmas linhas e cuidados”, explica André.
Ele ressalta que em tempos de coronavirus, alguns tem maior dificuldade de aceitar o isolamento, que dificulta a socialização e acarreta, por muitas vezes, problemas com a saúde mental. “Esse é um momento de grande fragilidade e anseios, ocorreram algumas mudanças no cenário emergencial. Antes, os profissionais precisavam registrar no órgão que o atendimento seria feito online e, agora, devido à pandemia, esse pedido não está sendo necessário”, explicou. O psicólogo observa que não há prejuízo para o paciente em se consultar online. “O vínculo estabelecido não muda, o acolhimento é o mesmo. Nada é prejudicado”, ressalta o professor.
André explicou que os mesmos recursos usados durante o atendimento presencial são levados em consideração na hora de uma consulta online. “A forma de acolher a pessoa é que deve ser levada em consideração. Além disso, todo feedback, intervenção, palavra e troca são os mesmos durante a terapia”, assegura. Ele salienta que um dos pontos mais importantes é que quem já fazia tratamento presencial deve continuar com as sessões, mesmo que online. “No começo pode haver estranhamento, mas ambos vão se adaptar. O que não é aconselhado é interromper o tratamento e seguir sem orientação profissional”, adverte.
Ele diz que o mesmo vale para pessoas que estão em busca de uma ajuda profissional. “Mesmo que as consultas presenciais estejam suspensas, se antes havia interesse em procurar ajuda, é justamente nessa fase que a pessoa não deve desistir ou ignorar sintomas”, alerta.
O psicólogo entende que nem todas as pessoas se sentem confortáveis ou seguras com o método online, mas que todos os cuidados e segurança em relação ao paciente são seguidos. “As tecnologias estão aí para ajudar, então, é mais uma ferramenta para não deixar o paciente sozinho nessa fase tão difícil”, esclarece.
Ele ressalta ainda que, assim como qualquer outra pessoa, o profissional também deve olhar para sua saúde mental. Por isso, todo terapeuta precisa ter um profissional para que ele também faça terapia e consiga filtrar informações referentes a esse atual momento, além de questões pessoais.
Outra medida, segundo o psicólogo, é seguir protocolos de saúde que ajudam a se distrair um pouco diante desse cenário. “O ideal é não acompanhar tanto as notícias, só ver o necessário, ler, ou fazer atividades que relaxem”, afirma. “Não devemos esquecer que os profissionais de saúde também podem adoecer e, por isso, agora, precisamos seguir e enfatizar todas as medidas que precisam ser tomadas quando falamos de saúde mental”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa 

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