Um idoso de 89 anos, que apresentava sintomas de síndrome gripal há três dias, teve que esperar cinco horas para receber atendimento no Hospital Regional José Franco Sobrinho, em Nossa Senhora do Socorro. Ele teria chegado a unidade por volta das 12h desta quinta-feira, 6, em uma viatura da Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com a saturação em 70%.
Segundo denúncia enviada ao Portal Infonet, a situação é ainda mais grave porque o idoso possui um quadro de cardiopatia e utiliza um marca-passo. No momento do atendimento pela equipe do Samu, o paciente apresentava um quadro de cianose (coloração azulada da pele decorrente de oxigenação insuficiente do sangue), além de saturação de 70%. Enquanto esperava pelo atendimento hospitalar, o idoso ficou na maca do Samu e no corredor do hospital.
Ainda segundo a denúncia, a informação passada pelo Hospital é de que o paciente não seria atendido por não haver bico de O2, devido à superlotação. Como não houve o recebimento imediato do idoso, a viatura e a maca ficaram retidas e indisponíveis para atendimento das demais ocorrências. A equipe do Samu responsável pelo atendimento ao idoso prestou um Boletim de Ocorrência para relatar o caso.
O Hospital
A superintendente do Hospital Regional José Franco Sobrinho, Isa Prado, informou que o paciente idoso já está sendo assistido pelos médicos e explicou que a dificuldade no recebimento do paciente se deu devido ao espaço destinado à síndrome gripal, que está funcionando acima da sua capacidade. Outro motivo é que, no momento, somente dois médicos estavam de plantão.
“Hoje à tarde, tivemos ciência que o Samu traria um paciente com sintomas gripais como “vaga zero”, que é uma prerrogativa que eles usam quando a unidade está sem capacidade de recebimento por superlotação. Os dois médicos que estavam de plantão, estavam dando assistência a pacientes internos, inclusive com intercorrências graves na área vermelha, na área amarela e na área gripal. Um terceiro médico chegou ao plantão para se somar os demais, já no final da tarde de hoje, e foi assistir o paciente. O paciente foi deixado pelo Samu aos cuidados da enfermagem e neste momento já foi assistido pelo médico”, explica.
SES
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) também se pronunciou e disse que, mais uma vez, o Hospital registrou grande demanda de pacientes com sintomas gripais, superlotando a unidade hospitalar, e que nessa condição foi necessário reorganizar os leitos para admissão de novos pacientes. Segundo a SES, durante esse período, o paciente em questão não ficou desassistido, pois estava monitorado pela equipe do Samu, que é formada por médico, enfermeiro e um auxiliar.
Por Luana Maria e Verlane Estácio
Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B