Reumatologista orienta sobre Lúpus, Alzheimer e Fibromialgia

(Foto: Freepik)

As doenças como Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus, que são doenças crônicas, ou seja, incuráveis. Para alertar sobre o diagnóstico precoce e sobre como controlar os sintomas e melhorar a vida dos pacientes, o reumatologista Denison Silva, da BIOS Imunoterapia, que integra a Rede AMO, Assistência Multidisciplinar em Oncologia, orienta sobre as principais diferenças e sintomas dessas doenças.

“Apesar de serem doenças incuráveis, quando são bem tratadas, evoluem com melhora dos sintomas e fazem com que os pacientes consigam conviver bem nas suas atividades laborais e físicas, convivendo com seus familiares, ou seja, o bom controle do tratamento é o objetivo principal das patologias crônicas. A fibromialgia e o lúpus são patologias que envolvem mais o aparelho osteomuscular, músculo e articulações. E o Alzheimer uma doença crônica neurológica”, explica o reumatologista.
Reumatologista Denison Silva (Foto: divulgação)

Fibromialgia

De acordo com Dr. Denison Silva, a fibromialgia é uma doença crônica dolorosa, ou seja, gera dor crônica, mas não é inflamatória. “A fibromialgia acomete mais as mulheres entre os 20 e 50 anos de idade e tem uma característica em que a dor está sempre associada a outros sintomas que são, às vezes, tão importantes ou mais importantes que a própria dor, como alteração de memória, alteração de concentração, fadiga, sono de má qualidade. O diagnóstico da doença é dado quando todas essas características clínicas estão juntas. Portanto, não há um exame laboratorial ou um exame de imagem que possa dar o diagnóstico da fibromialgia”.
Lúpus
Quanto ao lúpus, o reumatologista exolica que é uma doença inflamatória, crônica, autoimune, em que as estruturas do corpo que estão inflamadas pela própria doença perdem sua função. “Se o paciente portador de lúpus tem um acometimento articular, a articulação e a pele também ficam inflamadas, às vezes abrindo lesões. Pode haver anemia, acometimento do pulmão, do coração, dos rins e do sistema nervoso. Então, o diagnóstico do lúpus se dá pela presença de inflamação ou disfunção dos órgãos acometidos pela doença associados às alterações laboratoriais típicas. O exame principal é o Fator Antinuclear (FAN) e outros auto anticorpos que podem ser solicitados”.
O lúpus também acomete mais mulheres, e os sintomas costumam aparecer no final da adolescência até o final da idade reprodutiva, ou seja, no período da menopausa. Apesar de não ser comum, também pode acometer homens.
Alzheimer
Já a doença de Alzheimer é mais comum em indivíduos mais idosos. O aparecimento de sintomas na idade precoce, abaixo dos 50 anos de idade, gera uma doença ainda mais agressiva.
O médico explica que o diagnóstico é dado também do ponto de vista clínico através da anamnese. “É feita uma entrevista pelo médico com o paciente e quando este apresenta alterações de memória, alterações psiquiátricas desenvolvidas com a doença do Alzheimer e quase sempre sendo necessário fazer exames de imagem, como ressonância, para afastar outras condições, é possível dar o diagnóstico da doença”, afirma Denison Silva.
Como controlar as doenças
Ainda de acordo com o reumatologista, toda patologia crônica merece acompanhamento médico regularmente e também do acompanhamento multidisciplinar, com os demais profissionais da saúde. “Na fibromialgia, além do tratamento medicamentoso, também é importante atividade física, psicoterapia, alimentação saudável e um equilíbrio muscular adequado. No lúpus, também é importante o tratamento não medicamentoso, mas o tratamento medicamentoso tem uma importância maior do que na fibromialgia. O lúpus é uma doença inflamatória e autoimune e pode gerar lesão e disfunção dos órgãos. Então, o tratamento do lúpus tem uma base muito importante nos medicamentos imunossupressores”.
Já com relação ao Alzheimer, Denison Silva alerta que o principal segredo para o tratamento, além do acompanhamento médico é que o diagnóstico seja precoce. “Iniciar o tratamento através de estratégias de psicoterapia, de integração social, atividade física, alimentação que tenha menos potencial inflamatório, associados a introdução de medicamentos que potencializem as substâncias químicas que estão em falta ou que não estão funcionando bem no cérebro do paciente, é o segredo para não pagar um preço alto pela doença”, acrescenta.
Estudos genéticos
Segundo o médico, os estudos genéticos tem ganhado importância nas patologias crônicas, no sentido de que a medicina se torna mais personalizada. “Cada pessoa pode apresentar essa mesma doença de uma forma diferente, e isso por conta das características genéticas que cada indivíduo tem. O que temos de mais moderno são os estudos de biologia molecular, definindo em cada patologia qual o alvo e qual a melhor estratégia para cada paciente”, finaliza.

 

Fonte:  Assessoria de Imprensa

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