Contra o fanatismo e a intolerância

Por Alberto Dines na edição 832 do Observatório da Imprensa): 

Eu sou Charlie – I’am Charlie – Ich bin Charlie – Yo soy Charlie – Sono Charlie – Somos todos Charlie: contra a chantagem terrorista e a radicalização religiosa. A favor da convivência, tolerância e liberdade de expressão

Há pouco mais de 100 anos, em 31 de julho de 1914, véspera do início da Grande Guerra, o jornalista e socialista Jean Jaurès, fundador do L’Humanité, foi assassinado por um exaltado nacionalista franco-alsaciano que pretendia calar o admirável tribuno pacifista.

Àquela altura a guerra era inevitável: começou três dias depois, prolongou-se por quatro anos, gerou outra guerra vinte anos depois. Hoje a Alsácia é uma passagem livre entre a França e a Alemanha, ambas pilares da União Europeia.

Jaurès caiu mas não se calou. Continua símbolo da luta contra o fanatismo, a xenofobia e a intolerância, patrono do partido da humanidade.

O tunisino Georges Wolinsky, seu chefe Stephane Charbonnier, o Charb (editor do semanário Charlie Hebdo), o vice, três outros cartunistas-estrela, um revisor de origem árabe, uma psicanalista e um crítico literário (colunistas), um funcionário de um prédio vizinho e dois policiais (um de origem árabe) morreram no local. O banho de sangue deixou ainda 11 feridos, sendo quatro em estado grave. Todos fuzilados por ofender o profeta Maomé.

Em poucas horas o mundo se levantou movido por uma indignação contida, até certo ponto serena, incrivelmente criativa. Com hashtags lembrando Charlie (Charles Brown), a língua francesa até quarta-feira (7/1) mergulhada num imerecido ostracismo foi subitamente revivida como expressão do Iluminismo, da Solidariedade, dos Direitos Universais do Homem e do trinômio humanista Liberté-Egalité-Fraternité.

Lápis de cor – Os sicários são supostamente fanáticos religiosos e, sob o ponto de vista técnico, terroristas clássicos – agentes da intimidação, da chantagem e da indigência política. Serviram-se da imprensa para que a imprensa servisse à estratégia da brutalidade.

Tal como em 11 de Setembro de 2001, não têm uma pauta específica de reivindicações, estão a serviço de um projeto político tacanho, estúpido – a disseminação global da discórdia e do medo.

No momento em que na Alemanha intelectuais e estadistas convocam a sociedade para lembrar o passado e desativar o rancor anti-islâmico, o jihadismo vai na contramão: aposta na radicalização, força confrontos, estimula revanches e represálias das facções neofascistas contra as comunidades de origem árabe, africana ou muçulmana.

Mesmo que as lideranças das comunidades islâmicas da Europa ocidental estejam mais interessadas no processo de integração, coabitação e convivência, os radicais sabem que alguns segmentos – sobretudo os mais jovens e mais vulneráveis à crise econômica – acabarão se desgarrando do mainstream e embarcando na insanidade do terror. Serão os jihadistas de amanhã. E eles precisam ser salvos da fascinação pelo martírio.

Empunhando lápis, lápis de cor, lapiseiras e crayons – como se viu na quarta-feira (7) nas praças do mundo livre – será possível desenhar um novo modo de vida onde a sátira e o humor deixem de ser profissões de risco. E o jornalismo volte a ser uma profissão romântica.

Relativismo moral -Como sempre acontece em eventos políticos extremos, já apareceram os relativistas, os experts em justificações. Lamentam a violência, repudiam o derramamento de sangue, solidarizam-se com as vítimas inocentes, mas… pedem compreensão para os motivos que geraram a barbárie. Na quarta-feira (7/1), na rádio CBN, em torno das 15 horas, uma especialista oriunda de uma das mais importantes universidades brasileiras explicou que os focos de radicalismo em algumas comunidades árabes da França originam-se na anexação da Argélia no século 19. E docemente acusou a direção da Charlie Hebdo – recém-assassinada, sequer sepultada – de explorar o ressentimento anti-islâmico para escapar da falência.

MST visita novo secretário

Na quarta-feira, 07, o Secretário de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), recebeu companheiros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) oportunidade de atualizar demandas e receber os cumprimentos de representantes do Baixo São Francisco. Como é do conhecimento público, o Secretário Esmeraldo Leal advém do MST, na função de Coordenador. (Foto Luiz Carlos Lopes Moreira Ascom/Seagri).

Nota de Esclarecimento SINDALESE
Do presidente do Sindicato dos Servidores da ALESE, Antônio Geraldo Silva: “A diretoria do SINDALESE, vem a público repudiar a nota divulgada no portal infonet pelo jornalista Cláudio Nunes em 09/01/2015, onde foi informado que a associação dos servidores da ALESE está se movimentando preocupada com a possível ascensão do Deputado Luciano Bispo para Presidência da Assembleia Legislativa.

Nota de Esclarecimento SINDALESE II
Esclarece o Presidente do SINDICATO que não existe nenhuma movimentação por parte do SINDALESE para a escolha do Presidente do Poder Legislativo, em razão da eleição ser realizada entre os 24 (vinte quatro) parlamentares, não tendo portanto a participação deste SINDICATO. E temos certeza que qualquer dos 24 deputados eleitos tem condição de ser o presidente deste Poder.

Nota de Esclarecimento SINDALESE III
Informa ainda a diretoria do SINDALESE que, o objetivo do sindicato é continuar reivindicando junto ao Presidente eleito o plano de cargos e salários, além de melhorias para os servidores do Poder Legislativo, que hoje percebe remuneração inferior aos servidores do Tribunal de contas do Estado, sendo este órgão auxiliar do Poder Legislativo.

Batistão ganha nova estrutura metálica decorativa
Em mais uma visita rotineira às obras de reforma do Estádio Lourival Baptista ,  o secretário da Infraestrutura de Sergipe, Valmor Barbosa, pôde conferir os grandes avanços que já se deram nestes primeiros dias do ano. Ele convidou o responsável pela pasta de Turismo e agora também de Esporte e Lazer, Adilson, Júnior, para visitar o local e conferir as mudanças estruturais e modernizantes que estão ocorrendo na principal praça esportiva do estado.

Obra
Satisfeito com o adiantamento dos serviços, o secretário Valmor Barbosa ressalta a beleza do estádio. “Eu tenho ficado bastante feliz por ter visto que muitas pessoas já tem até parado para fotografar o Batistão, mostrando que ele tem ganhado forma com os trabalhos efetuados por todos nós”, diz ele.

Falta pouco
Concluindo, Valmor afirmou: “internamente, faltam somente a finalização de alguns elementos como o a colocação de cabos elétricos e a pintura em determinados setores”. A reforma e revitalização do Estádio Lourival Baptista é realizada pelo Governo de Sergipe , através da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra) e Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop).

DO LEITOR

E-mail recebido: Já não bastasse a cidade repleta de lixo os turistas e moradores da região da orla sofrem com a escuridão. Do

 blog: é verdade, virou rotina a escuridão na região da orla. E o pior, que além de prejudicar os moradores deixa uma péssima impressão para os turistas que lotam os hotéis e pousadas.

ARTIGO

“Quando o Direito ignora a realidade, a realidade se vinga, ignorando o Direito.”   Por Luís Paulo Dias Miranda

A advertência do jurista francês George Ripert deve pautar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a terceirização, tema trabalhista de maior repercussão econômica para empresas, que pode ser levado ao pleno da Corte neste ano, dado o reconhecimento da repercussão geral atribuída ao tema no ano passado.

A terceirização é um fato do mundo atual, sendo uma consequência direta da evolução da forma de organização empresarial e de produção que foram paulatinamente construídas pela nova realidade econômica em um mundo cada vez mais globalizado. Essa nova realidade adequou as empresas a uma nova forma de produção, onde elas não mais se dedicam integralmente para a totalidade da criação do produto final, mas elas passam a concentrar seus esforços de acordo com a sua eficiência e capacidade de competitividade, garantindo ganhos de qualidade nos serviços ou produtos, com atualização técnica e tecnológica, desaguando na ampliação da competitividade.

Enquanto diversas empresas ao redor do mundo se aprimoram e se interconectam cada vez mais na constituição de cadeias globais de valor, através da produção horizontalizada, com ganhos de produtividade, qualidade e menor burocratização, fruto da nova divisão do trabalho, através da terceirização, onde a concorrência não mais se dá entre empresas do mesmo setor, mas entre redes de produção, o Brasil, mais uma vez, continua marchando na contramão da história.

Entre nós não existe marco legal que regulamente a terceirização, já que a nossa legislação trabalhista criada nos anos 1940, abarcava uma realidade econômica, onde não se cogitavam mudanças na estrutura produtiva. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nasceu em um mundo do trabalho de empresas verticalizadas, que tudo faziam, longe da realidade atual.

Com a falta de um marco legal que discipline o tema, a única referência jurídica é a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). No entanto, a Súmula não é uma lei sobre o assunto, e traz uma visão contestada sobre qual atividade produtiva é permitida a terceirização, visto que a uniformização das decisões judiciais se delimita apenas as atividades-meio. Porém, essa visão subjetiva não se aplica ao conceito do mundo moderno de trabalho em redes, em que diferentes empresas compõem com bens ou serviços etapas da cadeia produtiva. Outro ponto importante é que dado o dinamismo das formas de produção, é possível que uma atividade que antes seria “fim”, pode se tornar “meio” a depender do foco estratégico que se busca ao negócio.

Por isso, é de suma importância que a decisão do STF venha a contribuir para o crescimento econômico e social do Brasil, através de uma decisão que traga segurança jurídica e que busque dar o primeiro passo para integrar a economia brasileira ao mundo moderno das relações de produção e de trabalho, sem contudo, prejudicar direitos adquiridos por todos os trabalhadores brasileiros, mas não podemos de forma alguma continuar com essa insegurança jurídica que assola e prejudica a competitividade de todas as empresas brasileiras. Assim, devemos compatibilizar os novos fatos da vida social com o dinamismo econômico, pois ambos desaguam no estuário do bem comum.

*Coordenador do Gabinete de Defesa de Interesses da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe

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Frase  do Dia
“Acredita que vale a pena viver, e a tua convicção ajudará a criar esse fato.” William James, filósofo e psicólogo estadunidense, nasceu em 11 de Janeiro de 1842 e morreu em 1910.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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