Tristeza de fim de ano: como lidar com o peso emocional dos festejos

A psicóloga Adriana Meneses traz orientações de como lidar com a tristeza nesse período (Foto: Arquivo Pessoal)

Enquanto as luzes piscam nas árvores de Natal e as redes sociais se enchem de fotos de comemorações, muitas pessoas enfrentam um sentimento que parece destoar da alegria geral: a tristeza de fim de ano. Segundo a psicóloga Adriana Meneses, esse fenômeno é mais comum do que imaginamos e está ligado a fatores emocionais que se intensificam durante essa época.

“É um período de muitas reflexões. As pessoas olham para o ano que passou e acabam focando no que não deu certo, nas perdas que sofreram ou nos planos que ficaram para trás”, explica Adriana. “Além disso, as redes sociais muitas vezes amplificam esse sentimento de inadequação, já que ali enxergamos uma versão idealizada da vida dos outros, que raramente reflete a realidade.”

Outro fator importante é a saudade. Para muitos, o fim de ano é um momento de lembrar aqueles que partiram. “As ausências se tornam mais visíveis nesses dias, e é natural que a saudade se misture ao sentimento de vazio. Não é fraqueza sentir isso, mas sim humanidade”, reforça a psicóloga.

Adriana também destaca o impacto das promessas não cumpridas. “No início do ano, costumamos traçar metas ambiciosas, mas a vida, com seus imprevistos, nem sempre segue o roteiro que planejamos. Isso pode trazer um sentimento de fracasso que pesa muito nessa época.”

Apesar do tom melancólico que esses dias podem trazer, Adriana aponta formas de amenizar esse desconforto emocional. “O primeiro passo é acolher os próprios sentimentos, sem julgá-los. Muitas vezes, nos cobramos por não estar felizes o tempo todo, mas é importante lembrar que não precisamos vestir uma máscara de alegria só porque é Natal ou Ano Novo.”

A psicóloga também recomenda se desconectar das comparações. “O que vemos nas redes sociais é apenas uma fração da vida das pessoas. Cada um enfrenta suas batalhas, mesmo que elas não sejam exibidas. Valorize o que você viveu e conquistou, mesmo que pareça pequeno.”

Para quem sente saudade de entes queridos, Adriana sugere transformar esse sentimento em homenagem. “Relembrar momentos felizes, contar histórias ou criar pequenos rituais de memória pode ser uma forma de manter viva a presença daqueles que não estão mais fisicamente conosco.”

Por fim, Adriana ressalta a importância de pedir ajuda, se necessário. “Se a tristeza se tornar muito pesada, conversar com alguém de confiança ou buscar apoio psicológico é um gesto de autocuidado. Você não precisa enfrentar isso sozinho.”

A psicóloga conclui com uma mensagem de esperança: “A tristeza de fim de ano não define quem você é. Ela é uma passagem, um momento de reflexão que, se acolhido com cuidado, pode trazer aprendizados importantes. Lembre-se de ser gentil consigo mesmo e de valorizar sua jornada, com tudo o que ela trouxe.”

Mesmo em meio às luzes e às festas, é essencial lembrar que o autocuidado e o acolhimento emocional também fazem parte dessa época do ano. Afinal, a melhor celebração é aquela que inclui cuidar de si mesmo.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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