
O júri popular dos quatro réus acusados pelo homicídio do farmacêutico John Michel Brito de Almeida segue em andamento nesta quarta-feira, 6, no Fórum de Nossa Senhora da Glória, no sertão sergipano. Os debates entre defesa e acusação começaram pela manhã e a previsão é de que o julgamento seja encerrado até o início da noite de hoje. Os acusados respondem por homicídio qualificado, furto qualificado e posse ilegal de arma de fogo.
O crime ocorreu em 2018 e envolveu sequestro, assassinato com requintes de crueldade, roubo e ocultação de cadáver. A vítima foi encontrada morta dentro de uma lixeira, em uma área rural do sertão sergipano. A Polícia Civil descartou inicialmente o latrocínio como principal motivação do crime e concluiu que o assassinato teria sido motivado por ciúmes.
À época do caso, o delegado responsável pelas investigações, Fábio Pereira, revelou que o crime ocorreu após a vítima participar de uma festa com amigos, incluindo uma mulher que mantinha relacionamento com um dos suspeitos. Imagens do encontro circularam nas redes sociais e teriam provocado a reação violenta. A vítima chegou a ser ameaçada e se mudou para Salvador, tentando se proteger da situação.
Ainda de acordo com o delegado, há relatos de que a vítima foi convidada a assinar como responsável técnico por uma farmácia, mas teria recusado a proposta, o que também pode ter gerado desavenças. Apesar de todos os acusados negarem envolvimento, a Polícia afirma que as provas técnicas e testemunhais são consistentes. “As confissões são até desnecessárias diante das várias provas que reunimos. Eles negam e contam histórias totalmente controversas”, disse o delegado à época dos fatos.
por João Paulo Schneider