Escola abriga famílias e aulas permanecem suspensas

Famílias estão alojadas na escola desde maio (Fotos: Portal Infonet)

A Escola Municipal Francisco Costa Batista, situada no conjunto Rosa Elze, está servindo de moradia para seis famílias que não têm para onde ir. As famílias residiam na invasão denominada Refúgio dos Idosos, localizada às margens do Rio Poxim, nas proximidades da Universidade Federal de Sergipe (UFS), mas por conta das chuvas de maio, ficaram desalojadas e tiveram que ser abrigada na escola cedida pelo município de São Cristóvão.

Para piorar a situação, desde o mês de maio ,as aulas estão suspensas na unidade de ensino e ainda não existe a previsão por parte do município de quando as aulas vão retornar.

Segundo Jessica Santana, as famílias estão vivendo como podem na escola. “Morávamos próximo a UFS, mas a chuva inundou tudo e a Defesa Civil e Assistência Social do município pediram que a gente viesse para cá no dia 27 de maio. Estamos jogados aqui igual a cachorros. A situação está difícil e temos que sair pedindo comida aos vizinhos porque não temos. Tem dias que as crianças comem pão de manhã e à noite. A gente não invadiu aqui, eles que mandaram e agora querem que a gente caia fora”, conta.

Sala de aula serve de moradia 

A também desabrigada Jozelia Santana conta que o município concedeu um auxílio, mas ainda assim eles estão tendo dificuldades de alugar um imóvel. “A prefeitura pediu que a gente procurasse uma casa no valor de R$ 300. A gente saiu procurando, mas ninguém quer alugar porque dizem que a prefeitura não paga. Será que a prefeitura não tem casa para nos colocar?”, indaga Jozelia Santana.

Sem aula

Por conta da invasão, as aulas estão suspensas na rede escolar há dois meses. Durante a reportagem, uma mãe esteve na escola e contou que a filha de cinco anos chora por querer estudar. “Em junho e na semana passada eu tive aqui e não vem ninguém da direção da escola para dizer quando vai ter aula. Minha filha de cinco anos chora todo dia porque ela vê o irmão indo para a aula e ela quer ir, mas não tem”, lamenta a mãe de pré-nome Ana.

Município

Famílias dizem não ter para onde ir 

Por meio de nota, a assessoria de comunicação do município informou que mantém seu compromisso social com a população do município de São Cristóvão.

“Hoje, dois meses depois do ocorrido, a situação de alguns desses abrigados continua indefinida, por falta de acordo e cooperação dessas famílias com o trabalho da prefeitura. Em nenhum momento a gestão municipal ou suas secretarias foram omissas em relação a esses cidadãos. Hoje essas famílias só continuam ocupando a escola porque elas tem se negado a serem atendidas através do Benefício Eventual de Aluguel Social. Essa problemática está ocasionando a impossibilidade de continuar as atividades escolares na unidade de ensino

Atualmente cinco famílias insistem em continuar residindo na localidade e se negam a retornar aos seus domicílios ou a procurar residências para a disponibilização do Beneficio Eventual de Aluguel. Todas elas continuam sendo acompanhadas pelo Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) Gilson Prado Barreto. Já nos reunimos várias vezes com essas famílias, numa tentativa de sensibilizá-las a sair do local, pois nosso objetivo é não prejudicar as famílias adjacentes, que tem filhos estudando na escola, inclusive as próprias alojadas. Nunca nos negamos a ajudá-las, mas sem um acordo é impossível dar andamento aos trabalhos”, garante a secretária”.

Quanto ao retorno às aulas, a assessoria informou não ter uma data definida, já que não pode despejar as famílias no meio da rua e precisam que elas saiam para o retorno das aulas.

Por Aisla Vasconcelos

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