SSP não explica desaparecimento de mulheres

Acácia: desaparecida depois de encontrar com ex-companheiro (Fotos: Arquivos Pessoasi das respectivas famílias)

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) ainda não encontrou explicações para o desaparecimento de três mulheres, ocorrido entre 2013 e este ano. As famílias continuam angustiadas e algumas criticam a suposta inércia da SSP para elucidar os mistérios que ainda envolvem o sumiço destas pessoas.

A estudante Débora Mirachi desapareceu no dia 12 de dezembro de 2013 em Aracaju, a jovem Acácia de Jesus Santos, 26, desapareceu de Lagarto no dia 10 de novembro do ano passado e Maria Rosileide Santos, 51, está sumida desde o dia 30 de abril deste ano, da cidade de Itabaiana.

O delegado geral Éverton Santos informou que a Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) está investigando o desaparecimento destas mulheres e confessa que ainda não encontrou explicações. “Infelizmente não temos notícia boa para dar imediatamente, em termos de elucidação”, diz. “Estes crimes prescrevem em 20 anos e a polícia está em busca de novas informações para que se leve à justiça e se elucide”, complementou.

Angústia

Rosileide: visita amiga e desaparece

As famílias não desistem, algumas pessoas compreendem as dificuldades da SSP para elucidar o sumiço, mas outras classificam como descaso e inércia das autoridades policiais. “Eles [a polícia] dizem que estão investigando, que está em sigilo, mas o que a gente sente é que eles só têm as informações que a família passou para a polícia”, desabafa Ceiça Morena, irmã de Rosileide Santos, que desapareceu no dia 30 de abril deste ano na cidade de Itabaiana. “A gente sente um descaso, os policiais dizem que não têm recursos. Mas isso é um problema interno deles. Eles dizem que em breve terão respostas, mas este breve nunca chega”, lamenta.

A família de Débora Mirachi compreende a posição da SSP. “A Secretaria da Segurança está sem resposta e o caso foi arquivado. Eles fizeram o que puderam, mas eles não têm estrutura para reencontrar pessoas, até em nível nacional é bem burocrático”, analisa a contabilista Isabel Mirachi, irmã de Débora, que saiu de casa no dia 12 de dezembro de 2013, depois de formatar os computadores. “Mas a gente não desiste dela, continuamos procurando. Se eu não encontrar minha irmã sóbria, tenho que contar com a sobriedade de outras pessoas”, desabafa.

Débora: transtornos psicológicos

A família de Acácia também continua angustiada, sem encontrar respostas. Ela desapareceu no dia 11 de novembro do ano passado, quando saiu de casa, em Lagarto, encontrou, em Aracaju, com o ex-companheiro, que é um policial civil, e nunca mais foi vista. “A polícia só diz que está investigando e não apresenta nenhuma novidade”, desabafa a dona de casa Raimunda Estevão dos Santos, 33, irmã de Acácia. Ela não tem dúvida que o ex-companheiro, que é um policial civil, tenha envolvimento com o desaparecimento da vítima. “A gente desconfia dele sim porque ele ameaçava ela, batia nela e ela chegava toda roxa em casa”, comenta. “Ele tentou asfixiar ela com um travesseiro e tudo isso ela contava pra gente e a gente contou tudo para a polícia e eles não fazem nada”, desabafa.

Por Cássia Santana

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