Morte em ônibus: delegado vai ouvir terceiro envolvido

Tais da Silva dos Santos estava indo trabalhar quando foi alvejada (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

O titular da Delegacia de Polícia Interestadual (PolinteR), João Martins, está dando prosseguimento aos depoimentos dos adolescentes responsáveis pelo assalto seguido de morte dento de um ônibus na última terça-feira, 6, em Aracaju. Todos os cinco que participaram da ação que culminou na morte da jovem Taís da Silva dos Santos, 21, já foram identificados.

“Já ouvimos dois adolescentes apreendidos e vamos ouvir o terceiro nas próximas horas. Estamos conversando com os familiares dos demais visando convencer a se entregar”, destaca o delegado acrescentando que após o crime, foram efetuadas várias diligências na tentativa de identificar os autores e com o apoio das imagens cedidas pela empresa do ônibus e divulgadas pelos veículos de comunicação, surgiram várias denúncias informando os possíveis esconderijos dos suspeitos.

Delegado João Martins

“Após recebimento de denúncia, fizemos as diligências juntamente com uma equipe apoio do Grupo de Repreensão e Busca (Gerb) até uma residência no bairro Soledade, onde montamos vigilância e com a ajuda de alguns moradores da área, descobrimos que os suspeitos estiveram naquela casa. Entramos no local e encontramos uma fogueira com algumas bolsas queimadas e dentro de um guarda roupa, foram achados quatro cartões de vale transporte, sendo que um deles pertencia à vítima", relata.

Em seguida, os agentes já com a identificação dos suspeitos, seguiram até o bairro Santa Maria em diligências para capturar um deles, que foi identificado através das imagens. "Ao rever as imagens, não houve dúvidas de que se tratava do adolescente que retirou a arma e apontou contra a vítima. Apreendemos a bolsa e as roupas utilizadas pelo adolescente no momento do assalto e ele, vendo que havia sido descoberto, nos levou até o simulacro de uma pistola .40. Ficamos intrigados, pois quando fomos ao IML identificar o calibre do projétil extraído do corpo da vítima, foi identificado de que se tratava de um calibre pequeno, não compatível com a arma apresentada pelo adolescente", afirma.

João Martins disse ainda que o adolescente afirmou ter utilizado o simulacro durante o ato infracional e que um outro adolescente de 17 anos, já identificado, estava com com um revólver calibre 32, mesmo calibre encontrado no corpo da vítima, e que teria feito o disparo de forma acidental. "Esse outro adolescente estaria com o revólver engatilhado e efetuou o disparo no momento em que puxou a bolsa da vítima e ela teria segurado na tentativa de evitar o roubo", esclarece enfatizando que o crime já foi esclarecido.

Por Aldaci de Souza
Com informações da SSP/SE