Vendas de motocicletas registram queda de 28,5% este ano

(Foto: Arquivo Portal Infonet)

O setor de duas rodas vai fechar o ano com retração em relação a 2015, com queda de 28,5% nas vendas no atacado de motocicletas e similares. O número divulgado hoje,13, pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e similares (Abraciclo) corresponde ao acumulado de janeiro a novembro de 2016.

Nos onze meses foram comercializadas 801.563 unidades ante 1.120.680 no mesmo período de 2015. “Um fator positivo a se comemorar é o volume de vendas de motocicletas no modelo scooter, com pequeno crescimento em relação a 2015 e nos últimos três anos”, destacou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian.

O recuo na produção também foi registrado no comparativo entre os meses de outubro e novembro. Foi registrada queda de 1,7%, ou seja, no penúltimo mês saíram das fábricas 70.320 motocicletas ante 71.220 em outubro. No acumulado do ano também houve retração, foi registrada uma queda de 29,5% na produção.

Já no varejo houve um crescimento de 10,5% em novembro com relação a outubro. O número de emplacamentos de motocicletas novas, de acordo com levantamento do Registro Nacional de Veículos Automotores atingiu 69.122 unidades, ante 62.554 em outubro. Já no acumulado de janeiro a novembro houve queda de 26,7% em relação a 2015.

A entidade prevê estabilidade nos negócios em 2017, com crescimentos na produção de 2,2% e 66,1% nas exportações. “A projeção para o ano que vem tem números bem similares a 2016, esperamos uma estabilidade com ligeira crescimento”, acredita o presidente da Abraciclo.

Em relação à margem de lucro nas negociações dos veículos de duas rodas, o presidente ressaltou que está difícil ser mantida. “A cada ano é fica mais estrito gerar lucro suficiente, assim como para fazer os investimentos necessários para a indústria produzir novos modelos”, lamentou.

Quanto às vendas no atacado e no varejo para o próximo ano, os números devem ficar semelhantes à 2016, com ligeiro recuo de 1,1% no comércio varejista de motos – espera-se vender 890 mil unidades ante as 900 mil negociadas em 2016. Nas vendas por atacado, a Abraciclo projeta uma queda de 4,1%, isto é, a perspectiva é que as fábricas negociem 825 mil unidades, menos 35 mil do que 2016.

Com informações da Agência Brasil

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