IBGE: PIB municipal realça concentração de renda no país

Os sete municípios identificados são grandes capitais. Aracaju não está entre eles (Foto: Arquivo Infonet)

Dados da pesquisa Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2014 realçam a concentração de renda e também populacional existente no país. Divulgado hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o levantamento revela que apenas sete municípios responderam por todos os bens e riquezas produzidos no Brasil naquele ano e que esses municípios concentravam 14,3% da população.

Em 2014, os sete dos 5.570 municípios existentes concentradores das riquezas geradas movimentaram 25% dos R$ 4,97 trilhões correspondentes ao valor adicional bruto (VABs), que significava um crescimento nominal de 9,2% em relação ao valor adicional de 2013 – ou seja, da produção dos setores da indústria, serviços e agropecuária.

Capitais

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios 2014 indicam, ainda, que entre os sete municípios que concentravam 25% de toda a geração de renda do país em 2014, todos eram grandes capitais e tradicionalmente identificadas como concentradores da atividade de serviços – intermediação financeira, comércio e administração pública, exceto Manaus, cuja economia tinha equilíbrio entre as atividades de indústria (indústrias de transformação) e de serviços.

Excluindo-se as capitais, 9 municípios destacaram-se por gerarem, individualmente, mais de 0,5% do PIB, agregando 7,3% da renda do país. Essas cidades, com grande integração entre a indústria e os serviços – a exceção de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro – eram todas paulistas: Osasco e Campinas gerando 1%, cada; Guarulhos 0,9%; São Bernardo do Campo e Barueri, 0,8%, cada; Jundiaí e Sorocaba, 0,6%, cada e São José dos Campos, 0,5%.

Estados

Os dados do IBGE indicam que, por estado, em 2014, São Paulo foi o que mais contribuiu para a formação do Valor Adicional Bruto do país, com 31,2% do total; seguido pelo Rio de Janeiro (11,7%); Minas Gerais (9,1%); Rio Grande do Sul (6,2%); Paraná (6,1%); Santa Catarina (4,1%); Bahia (3,9%); e o Distrito Federal (3,4%).

Essas oito unidades da Federação geravam mais de 75% do Valor Adicional Bruto do país e estiveram nas primeiras colocações. São Paulo ganhou participação em relação ao ano de 2013 (0,1 ponto percentual), mas, em contrapartida, foi o que mais perdeu participação quando a comparação se dá com 2010: menos 1,2 ponto percentual.

Fonte: Agência Brasil

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