A fadiga de um jornalismo inexistente

Por Cleyton Carlos Torres 2016 na edição 899 do Observatório da Imprensa:

Com os últimos tempos mergulhados em crises política e econômica, uma das saídas mais viáveis para que a sociedade se municie e possa agir é através da aquisição de informações a respeito dos ocorridos. Informações das mais variadas fontes e formatos, desde que possam ajudar uma pessoa a traçar, sem deixar de lado sua bagagem, um cenário do próprio país. Acontece que o que temos obtido – e de forma abundante – é mero conteúdo, e não informação. Em plena era da informação, estamos mergulhados em info-entretenimento, palpites e especulações. É o jornalismo do grito.

Nenhum veículo de comunicação está isento de parcialidades. É uma questão humana tomar um lado como o mais correto, o mais verdadeiro, o mais alinhado com nossas convicções. Porém em alguns setores estratégicos, como o jornalismo, apesar das parcialidades nossas de cada dia, olhares macro e micro de ambos os lados devem andar juntos, lado a lado, e jamais sobrepostos ou ocultos.

O que temos presenciado com o agravamento da crise política e da crise econômica é um agravamento acirrado e preocupante do jornalismo brasileiro. Um jornalismo partidário, panfletário e financiável. Emissoras, jornais impressos, revistas, portais ou profissionais autônomos. Todos estão demonstrando conjuntamente, embora em lados diferentes de um mesmo muro, desserviços gravíssimos para com a sociedade brasileira.

As maiores emissoras do país, juntamente com seus mais importantes noticiários jornalísticos, traçam um cenário do que seria o ideal de discurso. Por falta de emissoras com alinhamento editorial diferente, fica difícil compararmos em pares, mas é possível enxergar falhas sérias, tendenciosas. O mesmo caminho tem sido tomado pelos maiores jornais do país. Ainda que mais coerentes em seus discursos, mais analíticos e profundos em suas reflexões, também cometem deslizes graves na prestação do serviço jornalístico. Mas nem de longe são comparáveis aos acontecimentos da guerra entre a chamada internet progressista e a maior revista impressa do Brasil.

Tempos perigosos

Muito criticada em ambientes acadêmicos, a revista Veja tem partido para um ataque que não se sustenta, fraco, sem prestar atenção que a cada passo dado, centenas de “comprovações contrárias” são expostas da rede. Sejam elas reais ou forjadas, isso compromete a cada dia a imagem da publicação diante do público. A revista Veja tem se comportando como os famosos mafiosos hollywoodianos que, quando emboscados, sempre achavam mais lúcido “cair atirando”. A revista, que já não tem mais a mesma força nem o mesmo respaldo em cenário nacional, usa um jornalismo considerado duvidoso, com argumentações e posições que mais se assemelham a posições pessoais do que jornalismo bruto. Esquece-se o jornalismo serviço e foca-se o jornalismo de manchete, de ataque, de grito.

Porém, do outro lado dessa guerra jornalística, temos a chamada resistência, formada por portais, blogs e jornalistas independentes que, assim como Veja, mergulham em partidarismos explícitos e se esquecem que o papel de informar está – ou deveria estar – acima das posições pessoais. Nesse ponto vale o resgate do que já foi dito: nenhum veículo de comunicação está isento de parcialidades, mas o que temos presenciado no entrincheiramento entre jornalismo pró ou contra é de assustar. Merece reflexão por parte da academia, por parte do mercado e, sobretudo, por parte da sociedade.

Sim, da sociedade, pois se existe um veículo produzindo conteúdo – e não informação – a níveis partidários explícitos e sem qualquer receio de cometer ataques (inclusive pessoais) ou usar de jargões nada recomendáveis para expor opiniões – e não informações, vale repetir – é porque do outro lado alguém está consumindo e se sentindo satisfeito com o que vem recebendo como jornalismo. Nesse caso não vale a máxima de “consumir” diferentes veículos para criar uma ideia mediada na balança. Ajuda, mas não resolve. O jornalismo está cruelmente deficiente em qualidade, em estrutura e inovação em nosso país, mas sobretudo nos últimos tempos estamos tendo a chance de observar como um importante eixo da sociedade tem se tornado um mero ferramental de uso político.

Eu vi no Face

Aliás, temos ainda as páginas temáticas criadas no Facebook, páginas com “jornalistas” dos mais diferentes grupos extremistas – e até mediados, talvez – produzindo um “jornalismo de Facebook”, munindo pessoas de “informações” sobre política e resultando em usuários que acreditam estar se informando nesses ambientes. Informações que posteriormente são repassadas em seus respectivos ambientes pessoais, como família, trabalho e lazer. O “vi no Facebook” tem se alastrado como fonte jornalística, como verdade e como informação. As bolhas comprovadamente criadas na maior rede social do mundo estão contribuindo para um jornalismo deficiente.

É um ciclo vicioso. É a informação lida, comentada e compartilhada na rede. É a bolha no Facebook. É a bolha no jornalismo. Em tempos de pluralidade, estamos nos fechando e sendo fechados. Perdemos o senso crítico, mas não o da crítica, de criticar. Criticamos tudo e todos, mas acreditamos que se a Dilma cair Tiririca será presidente. Acreditamos em tudo na Globo, na Folha, na Veja, no Estadão, na Caros Amigos, na CartaCapital, na rede. Mais do que nunca, são tempos perigosos para uma nação, para a política, para o jornalismo. Sem jornalismo não há democracia. E sem democracia?

Motorista de Luciano que é comissionado é conhecido como “Fernando” e não José Terriaga
O blog foi informado na sexta-feira, 22, que o motorista de Luciano Bispo que foi preso por pistolagem, é realmente comissionado na Alese, mas trabalha. Quem pesquisou não descobriu a lotação porque ele é conhecido como “Fernando”. Ninguém na Alese, chama-o pelo nome verdadeiro. Já a irmã dele, Roseli Terriaga, também comissionada, ninguém soube informar a lotação.

Governo do Estado conquista Certidão Negativa
A Certidão, emitida na quarta (20), permite que o Governo do Estado de Sergipe contrate operações de crédito e receba as transferências voluntárias da União, decorrentes de convênios, para aplicar em obras e serviços para a população.  O documento foi emitido, conjuntamente, pela Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional.

Parceria
“A conquista da Certidão Negativa é resultado do trabalho conjunto da Controladoria-Geral do Estado e da PGE/SE, em parceria com os gestores do Governo de Sergipe, que continuarão a trabalhar para manter a regularidade fiscal do Estado, perante a União, nos termos do Decreto Estadual 26.905, de 2010”, destaca o secretário-chefe da CGE/SE, Adinelson Alves.

Obras de mobilidade urbana em Aracaju
Na sexta-feira, 22, o governador Jackson Barreto visitou três diferentes regiões de Aracaju conferindo o andamento de obras de mobilidade urbana. Iniciou o dia no Bairro Industrial e no residencial Santa Tereza, na zona Norte, seguiu para os limites da cidade para a nova entrada de Aracaju pela Santa Gleide, na zona Oeste, e finalizou no canteiro de obras da via que interligará as avenidas Rio de Janeiro à Gasoduto, na zona Sul.

Programas
O complexo de obras na zona Norte é executado pelos programas Pró-Transporte e Proinveste, num investimento superior a R$ 42 milhões. Vão de intervenções urbanas realizadas desde a segunda etapa da Orlinha do bairro Industrial, à pavimentação e esgotamento sanitário de 11 ruas do residencial Santa Tereza e adjacências, até as melhorias nas avenidas Euclides Figueiredo, João Ribeiro e Tancredo Campos.

investimento
O residencial Santa Tereza fica no encontro dos bairros Industrial e Porto D’Anta e a avenida Tancredo Campos será interligada com a avenida General Euclides Figueiredo,  nas proximidades da ponte sobre o rio do Sal, já na divisa com o município de Nossa Senhora do Socorro. Para Jackson Barreto, essas obras significam uma vitória para Aracaju e deixa muito claro que o Governo de Sergipe está investindo bem os recursos do Proinveste.

Estatuto do servidor
O presidente da Câmara Municipal de Aracaju, vereador Vinicius Porto (DEM) considerou o Estatuto do servidor público municipal “um presente imensurável” do prefeito João Alves Filho (DEM) para o funcionalismo, que há anos aguardava tal benefício. A matéria será lida pela Mesa diretora do Legislativo, na próxima semana, e em seguida passa a tramitar.  A previsão é de que em 15 dias, a propositura retorne ao Executivo para devida sanção.

História
“O funcionalismo de Aracaju vive um momento histórico. Nós daremos toda a atenção a essa matéria, assim como sempre damos a todas as proposituras que versam sobre garantias e benefícios para os trabalhadores e para a população de forma geral”, destacou Vinicius Porto, ressaltando que, como bem disse o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Aracaju (Sepuma), Nivaldo Fernandes, essa é uma medida que muda, para melhor, a vida funcional do servidor.

Mudanças
De acordo com Porto, o Estatuto –  tão ansiado pelas categorias de trabalhadores – traz mudanças importantes em quesitos como previdência, regulamentação da Lei Orgânica e normatização do tempo integral. "O Governo do prefeito João Alves, mais uma vez, demonstra o seu compromisso com os servidores que há tempos reclama melhores condições”, afirmou o presidente da Câm

Perímetros
Acompanhada dos presidentes de entidades que representam os irrigantes dos perímetros ribeirinhos, Hunaldo e Jadiel, a deputada estadual Maria Mendonça (PP) aguarda um posicionamento do governador Jackson Barreto sobre a suspensão da energia, problema que já dura quase uma semana, em virtude do não pagamento de faturas à empresa concessionária.

Dificuldades
Ao saber que o governador estava na região do bairro Industrial, em Aracaju, a deputada, que há tempos aguarda uma solução definitiva para essa pendência, foi ao encontro do gestor e o abordou, falando das dificuldades enfrentadas pelos mais de dez mil trabalhadores que labutam no local e do eminente prejuízo provocado em decorrência da perda de toda a produção.

Produção
Diante das ponderações feitas por Maria, o governador pediu que ela permanecesse em Aracaju com os representantes das entidades e prometeu recebê-los, em Palácio, ainda hoje. “Ficaremos aqui, pois não podemos deixar que essa situação perdure mais”, afirmou Maria, lembrando que a produção de legumes já está comprometida e, até o final de semana, se não houver uma providência, os produtores perderão tudo o que foi plantado, trazendo sérias consequências, entre as quais, o aumento do valor da cesta básica.

Energia religada
Com a iniciativa da deputada e dos produtores ainda na sexta-feira,  o governo do Estado pagou duas faturas em atraso e a energia dos perímetros foi religada.

Ana Lúcia: imprensa internacional denuncia golpe no Brasil
A deputada estadual Ana Lúcia em discurso na Alese defendeu a democracia e se posicionar contra o golpe institucional que está sendo articulado no Brasil. Ela mostrou a repercussão do golpe na imprensa internacional e deu visibilidade à nota pública elaborada pela Frente Brasil Popular e pela Frente Povo Sem Medo.

Manchetes
Por meio de imagens de diversas manchetes de reportagens veiculadas em alguns dos maiores veículos de comunicação do mundo, Ana Lúcia demonstrou que a imprensa internacional vem denunciando que o impeachment no Brasil é, na realidade, um Golpe institucional. Esta visão está muito clara entre os principais veículos de comunicação do mundo, entre os quais figuram o “The Guardian”, da Inglaterra, o “New York Times”, dos Estados Unidos, o “El País”, da Espanha.

Avanços
“A comunidade internacional e os intelectuais reconhecem que este golpe é contra os avanços, é contra aquilo de bom que o governo Lula e o governo Dilma conseguiram fazer para a sociedade brasileira. Este golpe não é contra a corrupção, pois são corruptos que estão comandando este golpe”, destacou.

Negativa
Para ela, a repercussão da votação do impeachment foi extremamente negativa para o parlamento brasileiro. “O que estamos vendo é o mundo inteiro pasmo, diante da qualidade que foi demostrada à população mundial dos parlamentares. A Câmara Federal ficou realmente desnudada, mostrando quem é que está realmente está representando o povo. Uma vergonha”, lamentou

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Frase do Dia
“Defenda-me com sua força e grandeza dos meus inimigos. Daí-me coragem e esperança. Assim seja…” Dia de São Jorge, morreu em 23 de Abril de 303 (nasceu em 275.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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