A Internet passa os jornais e vai passar a TV também

Maiores fontes de informação
Para mim não é surpresa, mas muitos jornalistas irão ter que rever seus conceitos. Uma pesquisa feita pela empresa americana Pew Reserch Center diz que a Internet deixou para trás (nos Estados Unidos) os jornais impressos como fonte de informação e em pouco tempo a TV ficará na alça de mira. Nas bandas de lá a diferença da TV para a Internet é de 30 pontos, mas a velocidade de crescimento da Internet é que surpreende.

Muito tempo deixei de me informar com jornais, embora compre sistematicamente todos os domingos, muito mais porque minha sogra gosta de um dos suplementos do jornal do que pelas notícias em si. Mas como a semana tem 7 dias, nos outros 6 eu me informo ou com a TV ou com a Internet. Porém, é cada vez mais raro sentar em frente a TV para ver o Jornal Nacional. E quando faço isso, os apresentadores ainda mandam ir ver a página da Internet. Fala sério, né?

 

Ainda na mesma pesquisa outro dado é que surpreende mais: quando a faixa etária vai dos 18 a 29, a Internet empata com a TV como fonte de informação, deixando os outros meios (rádio, jornais e revistas) muito longe. Focando só nos jornais impressos, vejo que a perda de espaço vai fazer com que a publicidade vinculada aos mesmos acabe diminuindo também, entrando num ciclo de queda que vai tender a zero. Com a publicidade indo cada vez mais para a Internet (que é onde estão os jovens) não vai restar outra saída para os jornais a não ser ir para o mundo digital. Porém, de uma forma diferente da atual. Hoje tem muito jornal que está lá só com as manchetes. Esse midia “engana tolo” vai ter que dar lugar a jornalismo de verdade.

Maiores fontes de informação entre os jovens
 

Quando tempo ainda tem a TV como fonte principal de informação aqui no Brasil? Ainda tem vários fatores que pesam a seu favor, como o enorme percentual de penetração nos lares brasileiros (mais de 95%). Reverter este quadro a favor da Internet vai ser demorado. A grande vantagem é que, como sempre disse, a Internet é um caminho de mão única, depois que se entra é impossível voltar. 

  

Desde semana passada, o editor chefe e apresentador William Bonner diz o seguinte “o Jornal Nacional termina aqui, mas ele continua na Internet onde vocês podem… blá, blá, blá…”. Daqui a alguns anos, quando a Internet engolir a TV ele vai dizer assim “para você meu saudoso amigo internauta, se ainda tiver aquela velha TV de LCD, a Globo ainda tem sinal aberto, sintonize no canal 4 e lembre como era nos velhos tempos”.

Quem viver, verá!

 

 

 

Força colaborativa chega a Enciclopédia Britânica

A força colaborativa é realmente um caminho sem volta. A Enciclopedia Britânica vai permitir que usuários deem sugestões nos seus verbetes. Ela disse que “ninguém poderá mudar de verdade um artigo na Britânica exceto os editores”, mas não deixa de ser um modelo colaborativo e a tentativa maior é ir na mesma direção da Wikipedia.

Aqueles usuários que sugerirem mudanças serão creditados no artigo e, quando alguém visualizar determinado artigo, poderá ver a lista com todos as pessoas que colaboraram, bem como um histórico de mudanças recentes.

O presidente da Enciclopedia Britânica Jorge Cauz afirmou que”Acreditamos que a criação e documentação de conhecimento é um processo colaborativo, mas não é democrático”. Frase muito retrógrada, como se alguém fosse mesmo o dono da verdade. Se liga Cauz!


 

A crise nos grandes players de TI

A crise bateu na porta da Microsoft. Semana a empresa anunciou um corte de 5000 funcionários nos próximos 18 meses. Desse total, 1400 já deixaram a empresa no dia 22/01. Além dessa notícia ruim, a Microsoft ainda divulgou seu resultado fiscal. O desempenho da empresa de Redmond ficou abaixo do esperado. A lucratividade foi 11% menor que no mesmo trimestre do ano passado e a receita foi 500 milhões de dólares menor que as expectativas. Provavelmente esses resultados se devem a uma queda na demanda mundial da compra de computadores pessoais desde o fim do ano passado.

A SAP também anunciou que vai demitir um total de 3000 funcionários. Além disso, divulgou que terá que reduzir em 50 milhões de Euros os custos operacionais e que não dará aumento aos seus funcionários a não ser que as leis locais obriguem a isso.

Realmente temos que torcer para que esta crise chegue ao seu fim.

 

 

A posse de Obama

E a possa de Obama ainda dá o que falar. O fotógrafo David Bergman não se contentou em tirar “apenas” uma foto, ele tirou uma fantástica (e literal) gigafoto de 1.474 megapixels. Não estamos falando de 1,4 megapixels, estamos falando de 1.4 gigapixels. Só olhando para ver como é impressionante o zoom. Clique aqui e veja a cara de bobo quem já vai tarde (o ex-presidente Bush). Poderia colocar aqui toda a parte técnica para dizer como foi a foto foi tirada, mas não vamos ficar perdendo tempo com esses “detalhes”. O bom mesmo é dar uma olhada e ver, por exemplo, as pessoas que estão lá no alto do prédio do capitólio. Imperdível.

 


O futuro dos Sistemas Operacionais (por Hugo Doria)
Hoje os Sistemas Operacionais (SOs) ainda exercem um papel fundamental no nosso dia-a-dia, mas com a popularização da Computação nas Nuvens (Cloud Computing) provavelmente isso mudará. Cloud Computing significa, basicamente, ter todos os seus aplicativos e necessidades rodando na web, o que dispensará a instalação de aplicativos no seu computador. O Google Docs é um bom exemplo disso, mesmo sendo algo inicial.

Se não instalaremos mais aplicativos nas nossas máquinas, então não precisaremos de computadores ultra-potentes e Sistemas Operacionais super complexos, certo? Por causa disso, os SOs do futuro serão bem mais simples e totalmente integrados com a Web, onde os verdadeiros aplicativos estarão. No futuro será necessário instalar apenas o navegador web e provavelmente apenas periféricos básicos, como monitor e teclado, serão necessários para poder acessar seus arquivos e executar todas as tarefas que está acostumado a fazer no seu PC atual. E tudo isso de qualquer lugar.

Por serem bem mais simples, os próximos SOs também serão bem mais baratos (ou totalmente gratuitos). Os sistemas operacionais proprietários provavelmente terão que passar por grandes mudanças, já que as pessoas não irão pagar caro por uma licença apenas para ter um navegador web.

 

Obviamente toda esta mudança não acontecerá da noite para o dia. Há muito que se pensar ainda como, por exemplo, manter os dados de forma segura, integrar inteiramente o desktop à web, lidar com conexões lentas e migrar aplicações super complexas (como os jogos atuais) para a nuvem. Mas, independente disso, temos certeza de algo: nos próximos anos os sistemas operacionais precisarão se renovar para se adaptarem a esta nova realidade.


Até a próxima semana!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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