A pobreza no mundo

A pobreza no mundo poderia ser muito menor se as decisões dos grandes fóruns internacionais fossem traduzidas em atitudes concretas.

Em 1999, as principais lideranças da economia internacional reuniram-se no Palácio das Nações Unidas em Genebra, durante a abertura da sessão anual do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). Em discurso, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que existiam no mundo um bilhão e meio de indivíduos vivendo com menos de US$ 1,5 por dia e que as organizações internacionais podiam e deviam fazer mais para combater a pobreza no mundo.

Os países participantes do fórum manifestaram desejo de que a ONU combatesse as conseqüências nefastas da globalização, que estava aumentando a pobreza internacional.

Sabendo que o FMI era acusado em surdina, por alguns dos presentes, de principal responsável pela crise financeira que abalou várias partes do globo, Camdessus, Secretário Geral da Unctad, defendeu-se, dizendo: “Nós estamos na vanguarda da luta contra a pobreza. Aqueles que diziam que a globalização é um processo fundamentalmente viciado estavam redondamente enganados. A prova é o processo de recuperação visível em algumas economias nacionais que enfrentaram crise, como são os casos da Tailândia, da Indonésia e do Brasil”. O diretor executivo do FMI exprimiu sua satisfação em relação ao último encontro do G-8, que adotou oficialmente uma resolução determinando a redução das dívidas externas de vários países muito pobres, sobretudo na África.

Kofi Annan apresentou aos 54 países membros do Ecosoc a iniciativa “20/20”, segundo a qual os mais ricos destinariam 20% de sua verba de cooperação para projetos sociais nos países do Terceiro Mundo. Em contrapartida, estes últimos se comprometeriam a consagrar uma idêntica parte do seu orçamento a projetos do mesmo tipo. Segundo o então secretário-geral da ONU, a soma necessária para erradicar a pobreza ou reduzi-la à metade até 2015 era A POBREZA NO MUNDO

A pobreza no mundo poderia ser muito menor se as decisões dos grandes fóruns internacionais fossem traduzidas em atitudes concretas.

Em 1999, as principais lideranças da economia internacional reuniram-se no Palácio das Nações Unidas em Genebra, durante a abertura da sessão anual do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). Em discurso, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, lembrou que existiam no mundo um bilhão e meio de indivíduos vivendo com menos de US$ 1,5 por dia e que as organizações internacionais podiam e deviam fazer mais para combater a pobreza no mundo.

Os países participantes do fórum manifestaram desejo de que a ONU combatesse as conseqüências nefastas da globalização, que estava aumentando a pobreza internacional.

Sabendo que o FMI era acusado em surdina, por alguns dos presentes, de principal responsável pela crise financeira que abalou várias partes do globo, Camdessus, Secretário Geral da Unctad, defendeu-se, dizendo: “Nós estamos na vanguarda da luta contra a pobreza. Aqueles que diziam que a globalização é um processo fundamentalmente viciado estavam redondamente enganados. A prova é o processo de recuperação visível em algumas economias nacionais que enfrentaram crise, como são os casos da Tailândia, da Indonésia e do Brasil”. O diretor executivo do FMI exprimiu sua satisfação em relação ao último encontro do G-8, que adotou oficialmente uma resolução determinando a redução das dívidas externas de vários países muito pobres, sobretudo na África.

Kofi Annan apresentou aos 54 países membros do Ecosoc a iniciativa “20/20”, segundo a qual os mais ricos destinariam 20% de sua verba de cooperação para projetos sociais nos países do Terceiro Mundo. Em contrapartida, estes últimos se comprometeriam a consagrar uma idêntica parte do seu orçamento a projetos do mesmo tipo. Segundo o então secretário-geral da ONU, a soma necessária para erradicar a pobreza ou reduzi-la à metade até 2015 era de US$ 40 bilhões por ano, inferior àquela que os europeus gastam anualmente na compra de cigarros. Esta soma representa um décimo do dinheiro movimentado pelo tráfico de drogas a cada ano e um terço dos gastos anuais dos países em desenvolvimento com armas.

Como vimos, mais um fórum que ficou apenas nas propostas e a conseqüência é uma pobreza maior no mundo.

                                     
De US$ 40 bilhões por ano, inferior àquela que os europeus gastam anualmente na compra de cigarros. Esta soma representa um décimo do dinheiro movimentado pelo tráfico de drogas a cada ano e um terço dos gastos anuais dos países em desenvolvimento com armas.

Como vimos, mais um fórum que ficou apenas nas propostas e a conseqüência é uma pobreza maior no mundo.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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