Campanha sem sal

Não vai ser fácil aquecer a campanha eleitoral em Sergipe. A expectativa era que os programas políticos no rádio e na televisão colocassem na disputa a dose de pimenta esperada pelos eleitores, porém isso ainda não aconteceu. A campanha de rua se resume, até agora, a alguns poucos desempregados, que estão ganhando um “trocadinho” para segurar bandeiras verdes, azuis, vermelhas e brancas, além dos barulhentos carros de som. Alguns analistas políticos acreditam que a campanha continuará nesse ritmo até o fim. A rigidez da lei eleitoral e a fiscalização desenvolvida pelo Ministério Público têm surtido efeitos positivos, mas também contribuem para deixar a disputa sem sal. Pelo andar da carruagem, esta será a campanha mais morna que Sergipe já teve.

Radiador seco

O governador Marcelo Déda (PT) teve que suspender a campanha ontem porque se sentiu mal em Boquim. Ao ser examinado em Aracaju ficou sabendo que estava desidratado por conta de uma gastroenterite. O médico clinicou soro e o orientou a beber muita água e bebidas energéticas. Em outras palavras, envolvido com os afazeres da campanha, Marcelo Déda esqueceu de colocar água no radiador. Fosse na época que bebia uma cervejinha, isso não teriam acontecido.

A festa de Chiquinho

Políticos, comunicadores e amigos pessoais foram sábado abraçar Chiquinho Ferreira, secretário estadual de Comunicação. A festa de aniversário foi das mais animadas, tendo a campanha política sido o assunto principal em todas as mesas. Entre um gole e outro de cerveja gelada, os convidados arriscaram palpites e deram suas impressões sobre a campanha. Todos concordaram que o clima está muito calmo, a ponto de muitos acreditarem que vem novidades por aí. Será?

Ibope na terra

A TV Sergipe divulgará na próxima quinta-feira sua primeira pesquisa sobre a sucessão estadual sergipana. Encomendado ao Ibope, o estudo está sendo aguardando com muita expectativa, pois as primeiras pesquisas realizadas por institutos sergipanos têm índices diferentes sobre a disputa, embora Marcelo Déda apareça na frente em todas elas. A previsão é que o Ibope realize três pesquisas no Estado até as eleições de outubro.

Lista da morte

Circula em Aracaju a informação que o agiota Floro Calheiros pensa em assassinar o presidente da Assembléia, Ulices Andrade (PDT). O nome do pedetista estaria numa relação feita pelo acusado e que inclui também o desembargador Luiz Mendonça, a filha deste, juíza Luíza Mendonça, a também juíza Iolanda Evangelista e o radialista Gilmar Carvalho (PSC). O nome de Ulices só apareceu agora depois que pistoleiros fortemente armados tentaram matar o desembargador Luiz Mendonça.

Cadê Serra?

O que aconteceu para Albano Franco (PSDB) e João Alves Filho (DEM) terem rifado o presidenciável José Serra (PSDB) de seus programas gratuitos no rádio e na televisão? Será por que a imagem do tucano não tem essa plasticidade toda, ou é por que Serra está despencando em todas as pesquisas? Há quem garanta que não é uma coisa nem outra: Serra está fora das propagandas de Albano e de João porque o diretório nacional do PSDB ainda não mandou a prometida ajuda financeira para os aliados sergipanos. Será?

Tirando onda

E o deputado federal Jackson Barreto (PMDB), candidato a vice na chama de Marcelo Déda (PT), não perde uma oportunidade para tirar onda com o demista João Alves Filho. Veja a última que Jackson postou em seu twitter: “Dr. João, o senhor que tem tanto ódio de Lula e do PT, por que não vai para a televisão falar mal de Lula e de Dilma. Que tal a sugestão?”.

Almeida em cordel

O candidato a deputado federal Almeida Lima (PMDB) mandou fazer um livreto de literatura de cordel intitulado “A História de um sergipano federal”. Em 12 páginas e 20 versos, o livreto narra a história do peemedebista, desde deputado estadual ao atual mandato de senador. Segundo Almeida, o cordel objetiva mesclar tecnologia com a cultura popular. O livrinho será distribuído principalmente aos eleitores do sertão sergipano, onde existe a tradição dessa literatura.

Agenda cheia

A agenda do candidato a governador João Alves Filho (DEM) para esta segunda-feira inclui visitas a várias cidades interioranas. Primeiro vai a Capela, onde inaugura um comitê e circula pela feira, depois segue para Nossa Senhora das Dores, Porto da Folha e Poço Redondo. No início da noite, o candidato participa de uma mini-carreata em Socorro e encerra a agenda com um encontro na rua Rio Grande do Sul, bairro Siqueira Campos. O candidato a vice Nilson Lima foi escalado para prestigiar uma procissão religiosa em Santa Rosa do de Lima.

Sem humor

Os humoristas brasileiros estão por aqui com a Lei 9.504, aprovada em 1997. Ela proíbe satirizar ou ridicularizar candidatos e partidos políticos durante o período de campanha eleitoral. Achando-se prejudicados, os humoristas vão encaminhar ao Ministério da Cultura e à Justiça Eleitoral um manifesto pedindo o fim da censura às piadas. Segundo os humoristas, a internet está servindo como uma válvula de escape para a censura imposta ao humor, mas é um espaço limitado, pois a maioria dos eleitores não tem acesso a esta ferramenta. A queixa é justa!

Do baú político

Ao assumir o governo Sergipe, o empresário Augusto Franco (Arena) recebeu, quase de imediato, o apoio de todos os prefeitos sergipanos, exceto do emedebista José Mota Macedo, da Barra dos Coqueiros. Mas nem este fazia oposição sistemática ao governo. Muito pelo contrário, participava de todas as solenidades no Palácio Olímpio Campos e era quem falava em nome dos demais prefeitos. Nem precisa dizer que a imprensa registrava o fato de até um líder político oposicionista elogiar as ações governistas. Soube-se depois que José Mota Macedo só não se bandeou também para a situação porque assessores diretos de Augusto Franco o aconselharam a permanecer no MDB, pois os elogios vindos da oposição tinham muito mais importância. Ademais, ao ajudar a Prefeitura da Barra, o governador mostrava que não discriminava nem aqueles que não rezavam em sua cartilha. A atitude do prefeito contrariou os emedebistas históricos, mas resultou em muitos benefícios para a população da Barra dos Coqueiros.

Resumo dos jornais

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