E o mundo parece caminhar para uma pandemia nova a cada quatro anos

                                                     Blog Cláudio Nunes: a serviço da verdade e da justiça
            “O jornalismo é o exercício diário da inteligência e a prática cotidiana do caráter.” Cláudio Abramo.


Mal o mundo se livrou da onda mais forte da COVID (se é que se livrou), agora já chega infelizmente a varíola dos macacos. Este fim de semana foi confirmado o segundo caso no Brasil.

Especialistas pedem cautela e dizem que é muito improvável que a varíola dos macacos crie um cenário igual ao do coronavírus. Porém, é preciso que a varíola dos macacos seja encarada com vigilância e os países adotem mecanismos para identificação dos casos, montando estratégias de isolamento. A varíola dos macacos é uma doença autolimitante, que tende a se curar sozinha, mas pacientes com imunidade baixa e crianças podem desenvolver doenças mais graves. Ou seja, é preciso uma vigilância permanente para que a disseminação não possa causar um problema de saúde pública em vários países por conta de não haver vacinas para imunização em grande escala.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já prepara uma espécie de tratado sobre pandemias. O objetivo é criar uma série de formalidades nas quais os países e o setor privado têm que tomar no caso de uma emergência como uma pandemia mundial.

O blog deseja saber das autoridades sanitárias competentes o que tem sido realizado até aqui para prevenir o contágio e os remédios ou vacinas que possam ser utilizados para quem hipoteticamente vier a contrair a doença.

É preciso tranquilizar a população.

 

 

 

 

 

 

 

 


Orçamento secreto, Lula em Aracaju e autenticidade E o ex-presidente Lula estará em Aracaju no próximo sábado, 18. Parte da militância petista está eufórica e outra parte preocupada: será que ele vai falar do desonesto orçamento secreto como vem denunciando? Tudo porque o voto decisivo foi do senador Rogério, hoje pré-candidato ao governo pelo PT.  Lula será autentico? É o que espera o eleitorado dele.

Praias do Abaís e Saco em Estância: onda de furtos semanais nas casas dos veranistas E nas praias do Abaís e do Saco, em Estância, moradores e veranistas não podem deixar suas residências sem ninguém. Nem mesmo pagar vigilante resolve. Uma quadrilha está de olho na área. Chegam nas residências e levam tudo: geladeira, fornos, televisão e até geradores. A quem recorrer? Até a gestão municipal já pediu mais policiamento preventivo na região. E olha que as praias são frequentadas por muitos turistas. Falta mais policiamento ostensivo do 6º Batalhão nas praias do litoral sul de Sergipe.

Tô nem aí Hoje, 13, completa 18 semanas que o blog espera ansioso as respostas do arcebispo de Aracaju, d. João Costa. E a falta de transparência do continua, porém não custa nada perguntar novamente: qual foi o valor e quem recebeu a comissão da venda do colégio arquidiocesano da Farolândia? Relembre aqui as perguntas feitas ao arcebispo.

Tô nem aí II Aliás, o arcebispo nem sequer emitiu uma nota de solidariedade ao delegado e ao agente da polícia civil de Sergipe que foram vítimas do acidente provocado por um padre da arquidiocese de Aracaju.

Prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro, perde processo que moveu contra radialista Fonte O Bolo é Grande: Por unanimidade, a prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro (Republicanos), perdeu o processo que moveu contra o radialista Aclécio Prata no Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE-SE). A gestora já tinha entrado com o processo no Fórum Eleitoral de Lagarto, porém, como foi negado, tentou recorrer da decisão no TRE. O processo de nº 0600601-18.2020.6.25.0012 foi movido em 2020, ano em que Hilda estava concorrendo à reeleição.

Na decisão do TRE, Aclécio Prata “não falseia a verdade, limitando-se a criticar a gestão” Segundo consta, à época, Aclécio teria, supostamente, veiculado conteúdo negativo em desfavor da prefeita na Rádio 94.7 Aparecida FM, violando o disposto da Lei das Eleições nº 9.504, que consta: art. 45. Encerrado o prazo para a realização das convenções no ano das eleições, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e em seu noticiário: III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação, a seus órgãos ou representantes. Entretanto, o TRE julgou improcedente tal ação, porque não houve qualquer violação à lei, apenas o ato de liberdade de imprensa, sem veiculação de conteúdo ofensivo ou desfavorável a Hilda Ribeiro, tão pouco o intuito de favorecer qualquer candidato adversário.

Areia Branca e o saneamento básico E segundo um médico que atua na região do Agreste, a situação do saneamento básico no município de Areia Branca  é pior que a divulgada nacionalmente pelo jornal Estadão na matéria sobre gastos milionários com shows. Segundo o médico, estudioso da região agreste, Areia Branca tem 0% de tratamento de esgoto e esse 8,6% citado na matéria do Estadão era uma pequena rede que interligava uma pequena e simples processamento de tratamento de esgoto que ficava no Bairro Lagoa Seca construído na década de 80, 90 que a mais de 20 anos não existe mais.

In natura Segundo o médico, o que existe, hoje, em Areia Branca,  são algumas tubulações de esgoto e de drenagem pluvial que se misturam e lançam tudo in natura direto na natureza. “Não existe em todo município uma única estação de tratamento de esgoto sanitário e com um agravante, é um município com uma das maiores reservas de água do estado e constituído por várias nascentes. Sendo algumas delas que ficam próximo ao povoado Chico Gomes em que a própria prefeitura lança todo tipo de lixo e etc”, denunciou o médico. Para ele, é preciso a interferência do MPF já que o meio ambiente está sendo degradado.

Comunicação capenga do governo Na semana passada, o blog publicou reclamações de atraso de pagamento na área da comunicação social do governo estadual com prestadores de serviços até mesmo de dezembro de 2021. De lá para cá foi informado que a situação é bem pior: enquanto o superintendente, Givaldo Ricardo, só se preocupa em pagar as grandes empresas, principalmente as redes de TV, os gestores do marketing se sentem as pessoas mais importante do mundo. A impressão é  que a comunicação do governo está sem liderança e cada um faz o que quer. Joga a culpa do atraso para a secretaria da Fazenda, quando na verdade, a prioridade é ditada pelo superintendente da comunicação. O atraso não ocorre para as grandes redes, demorando meses para pagar, enquanto as empresas pagam seus impostos em dia. Será que o governador, que conseguiu colocar em andamento várias áreas do governo, sabe da morosidade da área da comunicação?

Sergipano Gileno Gurjão Barreto indicado para presidir o Conselho da Petrobras O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou ontem a lista de indicados pelo governo para compor o conselho de administração (CA) da Petrobras. Na lista, está o executivo indicado para presidir a empresa, Caio Mario Paes de Andrade, em substituição ao atual presidente da companhia, José Mauro Coelho. E também o sergipano Gileno Gurjão Barreto indicado para presidir o Conselho da Petrobras. Matéria aqui.

Laércio participa de eventos juninos no Baixo São Francisco O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Laércio Oliveira (PP), manteve agenda de visitas aos municípios sergipanos no sábado, 11. Ele iniciou as atividades na Festa do Santo Cruzeiro, em Canhoba. Laércio foi recebido pelo prefeito Chystophe Divino e pelos ex-prefeitos Manoel do Arroz e Naldinha da Farmácia, ex-vereador Canhoba, além de lideranças políticas.

Trezenário Dando continuidade à agenda, o pré-candidato ao Senado esteve em Neópolis para a acompanhar a Festa do Trezenário de Santo Antônio, que faz homenagem a um dos santos do ciclo junino. O prefeito Célio de Zequinha, a primeira dama Karlla Lemos, e o vice-prefeito, Dr Francisco, receberam o deputado e sua comitiva para acompanhar o show do cantor Ademário Coelho, que agitou os forrozeiros na Praça Luiz Pitombo.

Forró da Vila Por fim, ainda deu tempo de passar em Japoatã para acompanhar o Forró da Vila 2022, que teve como principais atrações o Trio Nordestino e o cantor Lairton e seus Teclados. Laércio acompanhou a festa ao lado do ex-vereador Rafael Almeida e aliados, e foi recebido pelo prefeito Careca da Saman, pela vice-prefeita Eugenice Guimaraes Carvalho, vereadores e secretários municipais. Laércio foi bastante cumprimentado pela população. “É muito bom ver essa cultura tão rica sendo resgatada após dois anos de pandemia. A festa junina valoriza as nossas tradições nordestinas e celebra nossas raízes com muita alegria. Fiquei feliz em ver as ruas decoradas e as pessoas felizes. Quero agradecer a toda a população que sempre me acolheu muito bem e parabenizar todos os prefeitos pela organização dos eventos”, disse Laércio Oliveira.


PELO ZAP DO BLOG CLÁUDIO NUNES – (79) 99890 2018


O MILAGROSO SANTO CASAMENTEIRO

 13 DE JUNHO  Por  Clarkson Ramos Moura 

TEREZINHA, MUITO CATÓLICA,
VIVIA COM A BÍBLIA NA MÃO,
NA CERTEZA DE SER VALIDA
PELO SEU SANTO DE DEVOÇÃO.

MAQUILAVA-SE E SE VESTIA
COM UM TOQUE REQUINTADO,
ESPERANÇOSA DE ENCONTRAR
O SEU PRÍNCIPE ENCANTADO.

TODO ANO, DIA 13 DE JUNHO,
ESCALAVA O ALTO DA COLINA:
NÃO VIA A HORA DE ACABAR
COM A SUA MADRASTA SINA.

E SANTO ANTÔNIO, CLEMENTE,
ATENDEU A SEU ANOSO PEDIDO:
CONSEGUIU, ASSIM, TEREZINHA,
O SEU ETERNO PRETENDIDO!

PELO E-MAIL nunesclaudio@infonet.com.br E FACEBOOK

OPINIÃO

A construtora e a marisqueira. Por José Firmo dos Santos*

Em qualquer cidade as necessidades de uma pobre marisqueira são totalmente diferentes e mais urgentes do que as necessidades de uma grande construtora. Assim, é de se esperar que a estrutura pública proteja e atenda prioritariamente a pobre marisqueira.

Em Aracaju, capital de Sergipe, não é assim. Pelo menos se nos basearmos no episódio que agora vou contar.

No hoje bairro Robalo (até há um ano ainda era povoado), assim como no São José dos Náufragos, na Areia Branca e Mosqueiro, pescadores e marisqueira tiram os seus sustentos do manguezal há séculos.

O acesso ao manguezal sempre foi livre. Os caminhos e as estradas que levam ao manguezal são também seculares.

Entretanto, ao longo das últimas décadas, os ricos e os “remediados”, passaram a construir nas APP (Áreas de Preservação Permanente), fechando, aos poucos, os acessos históricos.

No bairro Robalo, uma área de acesso ao Rio Santa Maria, usado há séculos, por muitas gerações, por pescadores e marisqueiras, acaba de ter a passagem proibida por seguranças de uma construtora.

Prova de que a passagem dos pescadores, marisqueira e da população em geral (já que o local é muito bonito e serve também como lazer) sempre foi livre no local, é que o proprietário anterior – um fazendeiro – deixou um passadiço na cerca da então fazenda, possibilitando a entrada e a saída das pessoas.

Paradoxalmente, a construtora está propagandeando o mesmo Rio Santa Maria como uma atração e um espaço do seu empreendimento. Até já instalou, ilegalmente, uma espécie de balanço na APP.

Não acredito que Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano (CONDURB), composto também por grande parte de representantes da sociedade civil, tenha aprovado o empreendimento na forma como a construtora está divulgando em suas peças publicitárias.

Não acredito que uma construtora, com uma propaganda tão bonita, exaltando o verde, exaltando o rio, exaltando a natureza, possa desrespeitar o acesso histórico da população local à margem do rio ou que possa desrespeitar a área de APP prevista no Código Florestal – Lei nº. 12.651/2012. Segundo o Código Florestal, aplicável também neste caso, a faixa de APP varia de 30 a 500 metros, de acordo com a largura do curso d’água no local. Pela propaganda da construtora até obra civil haverá dentro do rio, com píer, orla urbanizada. Inclusive, nada é dito pela construtora sobre a flora e a fauna locais.

Isso não é de se estranhar, afinal até o nome do bairro Robalo é trocado ou omitido, usando massivamente o bairro Aruana, intencionalmente ou não.

E o ente público responsável pela administração, pelo zelo, pela vigilância do equilíbrio e da cidade acessível, democrática e inteligente – a Prefeitura Municipal de Aracaju – o que tem feito para evitar isto?

Ao que parece, até aqui nada de efetivo foi feito pela Prefeitura Municipal de Aracaju.

Ao contrário, a Prefeitura de Aracaju está anunciando uma grande avenida no local.

Afirmo com toda segurança: a avenida não é para garantir o acesso dos pescadores e das marisqueira ao seu sustento. A nova e grande avenida não está sendo projetada, pensando em nós, os moradores pobres.

É verdade que uma nova avenida tem lá suas utilidades. Mas, na nossa pauta imediata e reprimida não consta uma nova e larga avenida. Constam mais escolas e mais oferta de vagas; constam mais unidades de saúde; constam áreas de laser e cultura (praças, campos, quadras, teatros, galpões, etc); constam transporte coletivo de qualidade e com regularidade; constam pavimentação e drenagem; consta iluminação pública decente; constam CRAES; consta redução e eliminação do déficit habitacional. Avenida larga pode ser o primeiro ponto de pauta de construtora.

Com isso, não quero dizer que o chamado progresso não deva chegar no Robalo e nos demais bairros. O progresso é inevitável. Mas, pode ser com equilíbrio. Pode ser com respeito à população pobre. Pode ser com respeito aos costumes e à cultura de quem já estava.

Nós, pobre e nativos, já estamos aqui por várias gerações. A construtora está chegando agora. Será (ou seria?) bem vinda se vier com respeito. A construtora, primeiro precisa nos respeitar e aprender o nome do lugar. É Robalo, dona construtora!

Tomara que não, mas se necessário for teremos que acionar os Ministérios Públicos ou o Poder Judiciário para evitar essas ilegalidades.

E a quem vai adquirir um imóvel num empreendimento desses, precisa analisar esses aspectos também importantes. A cultura, a flora, a fauna locais precisam e devem ser respeitadas. Via de regra, a segregação, muros de quatro metros, cercas elétricas, guarita de controle, ignorar a população nativa, pode parecer chique, pode parecer elitizante, pode parecer seguro, mas não é humano, não é justo.

E da Prefeitura Municipal de Aracaju, exigimos que efetivamente torne a cidade mais democrática, mais acessível, sem privilegiar uma minoria.

Todo mundo tem direito à cidade. Mas, que à marisqueira sejam dadas mais oportunidades do que à construtora.

*Militante do Fórum em Defesa da Grande Aracaju e morador do Robalo.


ARTIGO

Minha Vida Transformada Em Luta Por Carlos Max Prejuízo*

A política como vocação, desde de 1987 quando resolvo ir a um congresso da UBES (união brasileira dos estudantes secundaristas) a minha vida iria transformar em luta. Assim foi minha passagem no movimento estudantil com grandes mobilizações e enfrentamento contra o aumento das passagens e melhoria na qualidade da educação pública, ainda conquistamos 1/3 da passagem para os estudantes, uma luta idealizada pelo Grêmio Estudantil do Costa e Silva, que com seus mais de 3 mil estudantes era referência de mobilização do movimento estudantil.

Aprendi muito na militância social e política sendo tive a oportunidade de realizar um sonho que foi homenagear meu avô já que os homens públicos que andavam na banca do Careca nunca realizaram nem no Estado e nem no município, meu avô foi minha referência política, Gervásio Dos Santos ( Careca ) foi preso político no período da ditadura militar.

Na Casa Cultural realizamos um belo trabalho de inclusão social e cultural no Augusto Franco, por conta dessa militância tive a oportunidade de ser conduzido a Câmara Municipal de Aracaju com uma votação expressiva de 4 .140. No legislativo conseguimos realizar um bom mandato com conquistas de leis importantes, a exemplo do Consórcio intermunicipal de Habitação e psicólogos nas escolas.

Agora o desafio será maior com a pré-candidatura a ALESE espaço pouco ocupado por negros e negras que muita das vezes, por conta do racismo estrutural, não e nem permitido sonhar com uma da 24 vagas exemplo e que temos pouco pré-candidatos negros para Assembleia Legislativa em 2022, chegou a hora de ocupar o parlamento estadual com o compromisso da moradia popular, combate ao racismo estrutural e luta por uma política pública de saúde mental.

*Psicólogo e ex-vereador/Cidadão comum/Pré-Candidato a deputado estadual pelo PMN.

OPINIÃO


Onde nasceu Itabaiana. Por Antônio Samarone, médico sanitarista

Desembarcamos no Vale do Jacarecica há mais de 400 anos, para ocuparmos, por nossa conta e risco. as primeiras Sesmarias. No pé da serra formosa, entre a Cova da Onça e o Zanguê, fundamos o Arraial de Santo Antonio. O Vale era fértil e a água abundante. Floresceu a prosperidade.

O crescimento criou o desejo de nos tornarmos Villa. Em 1665, criamos a “Irmandade das Santas Almas do Fogo do Purgatório (que ainda existe)”, que deveria construir o mercado, a cadeia pública e a igreja, condições exigidas para ser Villa.

Em 09 de julho de 1675, a Irma1ndade das Almas comprou o sítio do Padre Sebastião Pedroso de Gois, na localidade denominada Caatinga de Ayres da Rocha. Um local inóspito e sem água.

Não sei se pelo prestígio do Padre Sebastião, pouco tempo depois, em 30 de outubro de 1675, o arcebispado do Brasil, criou a Freguesia de Santo Antonio e Almas de Itabaiana.

A Igreja chegou primeiro que a Coroa Portuguesa.

Finalmente, a 20 de outubro de 1697, a Coroa Portuguesa criou a Villa de Santo Antonio e Almas de Itabaiana. Entre a instalação do Arraial de Santo Antonio e a criação da Villa, houve uma mudança no local da sede.

O natural seria ter construído a Villa no Vale do Jacarecica, que reunia boas condições de prosperidade. Entretanto, apareceu um padre interesseiro para convencer a Irmandade das Almas que o local da Vila deveria ser a sua propriedade.

Faltavam argumentos ao padre, o seu sítio era mal localizado.

O padre Sebastião usou de astúcia para vender o sítio: a imagem de Santo Antonio começou fugir da Igreja Velha para debaixo de uma quixabeira, no sítio dele. O padre pregava nos sermões: Santo Antonio não quer ficar no Vale do Jacarecica.

Quem iria discordar?

A Irmandade das Almas acabou comprando o sítio do padre, e no local da quixabeira levantou a nova igreja. A Villa de Itabaiana foi finalmente construída na Caatinga de Ayres da Rocha, e o padre se livrou do sítio improdutivo.

Santo Antonio é o pilar central da cultura Itabaianense. O Santo Antonio de Itabaiana não é o casamenteiro, nem o que lutou junto às tropas portuguesas para expulsar os espanhóis de Salvador. O Santo Antonio de Itabaiana é dos pobres. Sempre foi!

Essa história de Santo Antonio Fujão é antiga e vem sendo oralmente repassada de forma anônima. A memória e a cultura são criadoras das narrativas civilizatórias. Quem não entender o papel de Santo Antonio, não entenderá a itabaianicidade, com dizia o mestre Orpílio. O jeito ceboleiro de ser.

Amanhã, dia 12 de junho, refaremos a caminhada de Santo Antonio da Igreja Velha à Igreja Matriz, no centro da cidade. Seguindo os rastros das alpercatas do Santo. Ressalto a persistência do Padre Edevaldo Santana e do engenheiro Alcelmo Rocha, descendente de Ayres da Rocha, na retomada da trilha de Santo Antonio Fujão.

Fui informado pelo Prefeito de Itabaiana, Adailton de Souza, que será construído um santuário no local da igreja velha e no próximo ano o festa dos caminhoneiros sairá de lá. Tomara!


OPINIÃO

 1° A 30 DE JUNHO —

12/13 – SANTO ANTÔNIO

FOLIA, FORRÓ E IGUARIA:

UMA “CATARSE POPULAR”   Por Clarkson Ramos Moura

TRADIÇÕES SECULARES QUE, APÓS SE MANTEREM VIVAS DE FORMA REMOTA E RESPEITOSA, NOS ANOS MAIS CRUCIAIS — ESPERA-SE — DA PANDEMIA DA COVID-19 (2020/2021), EM TODO O NORDESTE, ESTÃO DE VOLTA A TODO VAPOR.

As encantadoras e prazerosas Festas Juninas — “rectius”: Antonianas, Joaninas e Petrinas — remontam aos povos antigos, que, à época, costumavam se reunir em volta do fogo, para agradecer aos deuses a farta colheita.

Os brasileiros, seguindo servilmente os colonizadores europeus, mantemos viva, pelos séculos afora, essa tradição, mas lhe demos um aspecto predominantemente bucólico ou campesino.

Em junho, mês consagrado aos anuais foguedos retroaludidos, nós, brasileiros, principalmente nordestinos — ou “paraíbas” — reverenciamos, além de São João, Santo Antônio e São Pedro, santos epônimos do período festivo, que, anualmente, começa com a “Festa de Santo Antônio”, o santo casamenteiro, na véspera — Dia dos Namorados — e no dia 13; passando pela culminante “Festa de São João Batista”, o precursor de Jesus Cristo, na véspera e no dia 24; e encerra-se com a Festa de São Pedro e São Paulo, respectivamente, pedra angular viva do edifício espiritual da Igreja Católica, e ilustre convertido e incansável pregador do Evangelho, na véspera e no dia 29.

O Nordeste é a macrorregião fisiográfica e — por que não dizer? — sociocultural do Brasil, onde ocorre a maior concentração de aglomerados urbanos e urbano-rurais — cidades, vilas e povoados — que se dedicam mais aos deleitantes e seculares festejos juninos, como Caruaru e Petrolina em Pernambuco; João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba; Piritiba e Juazeiro, na Bahia; Fortaleza, no Ceará; Natal, no Rio Grande do Norte; Maceió, em Alagoas; Aracaju, Areia Branca, Capela, Estância Itaporanga d’Ajuda e Muribeca, em Sergipe etc. A cada ano, o público que gosta dessas festas cresce vertiginosa e assustadoramente. Milhões de festeiros e turistas, locais, regionais, nacionais e estrangeiros, convergem para essas cidades mais badaladas e as superlotam, seja para dançar, ensaiar, seja para apreciar uma aprazível e contagiante mistura de ritmos e coreografias típicos do Nordeste e exóticos de outras regiões do País, a qual embala tais megaeventos, não mais exclusivamente, senão predominantemente tradicionais. Os preparativos dessas festanças, se iniciam em meados de abril e se estendem por todo o mês de junho, que os acolhe efetivamente.

Conforme é de domínio público, Campina Grande, a 126 km de João Pessoa, Capital da Paraíba, e Caruaru, a 130 km de Recife, Capital de Pernambuco, disputam, ano a ano, o título de “O Maior São João do Mundo”.

A despeito das periódicas adversidades climáticas que se abatem sobre o famigerado Polígono das Secas, as estiagens impiedosas e cíclicas, os nordestinos do Semiárido, bravos aborígines, temos convivido, de forma harmoniosa e sustentável, com a Natureza, fazendo, pois, por merecer, ao longo dos anos, a notória assertiva de Euclides da Cunha, em sua célebre obra-prima “Os Sertões”: “O Sertanejo é, antes de tudo, um forte.”

Tanto é assim, que, mesmo diante da vergonhosa desigualdade social, da fome, do subemprego, da ausência ou insuficiência de políticas e serviços públicos básicos, resultantes do palpável e visível descaso do Poder Publico, em seus três níveis de governo (mormente, federal; e em menores escalas, estadual e municipal), o coirmão sertanejo nordestino, após se superar no exaustivo e infindo trabalho cotidiano, consegue, nesta quadra do ano, trocar, graças ao nosso peculiar espírito lúdico, a tristeza pela alegria, renova, com inato otimismo, a virtuosa esperança de prosperidade futura e, por isso, celebra, em família ou em sociedade, a conjuntural colheita da abundante produção agrícola, rindo, cantando e dançando ao redor de uma fogueira, em âmbito doméstico ou em espaço de uso comum. O que não ocorreu nesse espaço, por razões óbvias, nos dois últimos anos pretéritos.

Nos atípicos anos de 2020 e 2021, por motivos plausíveis e inescusáveis, seja pela rigorosa observância às salutares, imprescindíveis e eficazes medidas sanitárias, não farmacológicas, de delimitado distanciamento interpessoal e intergrupal, de definido isolamento e demarcada aglomeração sociais, seja pelo respeito humano-civilizatório à memória de um crescente, doloroso e horrendo quantitativo que, em junho de 2021, se aproximava da elevada marca de 500 mil mortes neste País, causadas pela aterrorizante pandemia da Covid-19, desdenhada e subdimensionada pelo desgoverno brasileiro — e que, até hoje (13), já supera a nefasta estaística de 668 mil vítimas letais — os corriqueiros e sazonais megaeventos foram substituídos por milhões de festas de participação limitada aos âmbitos intrafamiliar, parental ou afim, com a eletrizante e improvisada animação remota, veiculada pelos diversos meios de comunicação de massa, inclusive, pelas onipresentes redes sociais, esparramando os contagiantes ritmos nordestinos por todos os cantos, através das sempre bem-aguardadas e bem-concorridas “lives” dos renomados artistas que as fizeram graciosa ou remuneradamente.

Passado esse tormentoso biênio de providencial suspensão, ou de imperativo recesso, das periódicas, atrativas, recreativas e irresistíveis temporadas de entretenimento lúdico-junino, o represado, cumulativo, recarregado e colossal arsenal de megatônica energia psicofísico-emocional dos inveterados, juramentados, compulsivos e insaciáveis festeiros acaba de explodir, feito um bem-comparado “bing bang”, a irradiar, onidirecional e continua mente, ondas de alegria, emoção e calor humano, que transpassam, envolvem, permeiam e extrapolam, em cadeia, todos os seguimentos do complexo e extenso tecido humano brasileiro, assumindo plena, total e irrestrita dimensão nacional. É, pois, o que se poderia chamar, sem exagero de linguagem figurada, de uma espécie de inevitável e incontrolável “CATARSE POPULAR” de euforia, amor, paz, vibração, deleite, afetividade, fraternidade, felicidade e de outros sentimentos reprimidos pela imperiosa, temerosa, inexorável e inusitada tragédia pandêmica da Covid-19, prestes a acontecer. Ainda, em linguajar metafórico, pode se dizer: depois da tempestade, eis que surge sempre a bonança. Ademais, “nenhum ser humano é de ferro”, como afirma o surrado dito popular. Ou mesmo, em fraseado adloquial: “o humano — para viver, sobreviver e viver bem — não só precisa da energia construtiva do trabalho, mas também imprescinde do elemento balsâmico da diversão.

Em tempos normais, ou quase normais, qual o cursivo ano, esses folguedos juninos são o que se pode chamar de festas democráticas, propriamente ditas. Delas participam crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos de qualquer crença, classe, cor, sexo, orientação sexual e identidade de gênero; desde que sejam festeiros, sociáveis, respeitosos, ordeiros, cordiais, gostem dos ritmos, das canções, das danças, tenham condições psicofísicas, bem como se predisponham a brincar, a bailar, a arrastar o pé, forrozear, forropiar,c rodopiar, xaxar a sós ou ao pares, respeitando-se, em todo caso, as boas e salutares regras de trato social e de provisória convivência civilizada. O importante é entrar no clima quente do forrobodó, forró, xaxado, arrasta-pé, da quadrilha improvisada, da ciranda, do rala-bucho etc.

Durante toda a série de festas juninas, as guloseimas típicas: cuzcuz, pipoca, amendoim, pé de moleque, tapioca, canjica, pamonha, milho assado ou cozido etc., juntamente com quentões, vinhos e outras bebidas alcoólicas abundam nas copiosas mesas de todo o Nordeste.

E mais: recitação de preces, entoação de louvores, realização de simpatias, soltura de balões coloridos, queima de fogos de artifícios (este ano, proibidas, por razões sanitárias), adereço de bandeirolas, uso de trajes caipiras e dança de quadrilhas mantêm ativas as tradições folclóricas das folganças juninas mais remotas, cujo ponto culminante é e sempre será a Festa de São João Batista, a quem Jesus assim se dirigiu: “Entre os nascidos de mulher, não existe profeta maior do que João Batista”.

Consoante não poderia ser diferente, antes de emigrar do seu lócus genuíno, o Sertão nordestino, para os diversos e populosos centros urbanos, quer do Nordeste, quer de além-lindes regionais, o “Forró” foi preconceituosamente considerado “ritmo e dança de gentalha, de ralé. Do limiar da década das simultâneas revoluções sociocultural, poético-musical e científico-tecnológica, os frutuosos e fervecentes anos 60 do século XX, marco divisor da fértil Idade Contemporânea, Sua Majestade, o “Forró”, quebrou tabus, rompeu preconceitos, ultrapassou limites, divisas e conquistou, para sempre, uma legião apaixonada — cada vez maior — de confessos e fiéis apreciadores, seguidores e artistas de todos os gostos, credos, estamentos sociais, intelectuais, políticos, artísticos, econômicos e culturais, bem como de todas as raças, “tribos” e idade, deste “Patropi” e de além-fronteiras, tornando-se um gênero musical de amplitude executiva e deleite espiritual e cultural, planetários.

Historiadores, musicistas, musicólogos e discógrafos têm sido divergentes entre si, sobre a origem etimológica da palavra “forró”. Enquanto alguns desses expertos na matéria entendem que, a princípio, o termo “forró” era usado para designar o local onde se realizavam as folias e, só depois, denotaria o popular e atemporal estilo musical, derivado do “baião”. Forró é, segundo muitos estudiosos, a redução da palavra “forrobodó. Em outro falar, este termo teria sido apocopado ou reduzido e, portanto, resultado no vocábulo “forró”. Outros asseveram que a palavra “forró” teria se originado da expressão inglesa “for all”, em português, “para todos”, utilizada como um convite para o baile feito pela Companhia britânica Great Western, destinado a todos os operários, para comemoração de um trecho da ferrovia que, então, essa empresa construía no interior nordestino.

Segundo assentos discográficos da correspondente e triunfal saga, só no final do anos 40 do século XX, ou seja, em 1949, Luiz Gonzaga, em parceria com Zé Dantas, viria a gravar o primeiro disco, intitulado “O Forró de Mané Vito”. O que se constituiu no estopim do nascituro e colossal “boom” da música que tinha surgido naturalmente, há muito tempo, no Sertão do Nordeste.

Daí em diante, a recém-reconhecida espécie musical foi sendo difundida pelas poderosas ondas hertzianas dos emissoras de rádio, de tal modo a invadir casas de diversão, salões de festas, programas de auditório e a conquistar corações de ouvintes e entusiastas dos mais variados gostos musicais, espalhados por todos os rincões deste País-continente, cobertos pelas potentes ondas eletromagnéticas das radioemissoras AM em operação no território nacional.

Nas décadas de 50 e 60, do século pretérito (XX), foram criados vários grupos.musicais da já bem-sucedida música nordestina, o forró, a exemplo de Trio Nordestino, e talentosos artistas do gênero passaram a se destacar mercê do incentivo irrestrito e da solidariedade fraternal daquele que viria, mais adiante, a ser consagrado e coroado “O Rei do Baião”, Luiz “Lula” Gonzaga, como foi o caso dos compositires e parceiros Zé Dantas Humberto Teixeira; dos compositores Dominguinhos, Gonzaguinha, Gordorinha, Marinês, Glória Gadelha; Patativa do Assaré, Ary Lobo, Rosil Cavalcanti, Edgar Ferreira, Luiz Vieira, Bráulio Tavares, Ivanildo Vila Nova, Ismar Barreto; dos sanfoneiros Pedro Sertanejo, Dominguinhos, Sivuca, Lindu, Oswaldinho, Targino Gondim, Amazan Silva, Luan Barbosa, Gerson Filho e Dudu Ribeiro; dos cantores Jackson do Pandeiro, Zinho, Clemilda, Marluce, Amorosa, Joésia, Zé Nilton, Alcymar Monteiro, Genival Lacerda, dentre tantos outros ícones do forró, à símile de Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Flávio José, Adelmário Coelho, Josa — O Vaqueiro do Sertão, Erivaldo de Carira, Lourinho do Acordeon, Zé Américo, Jailton do Acordeon, Mestrinho, Agenor da Barra, Raimundo Fagner, Gilberto Gil, Raul Seixas, Elba Ramalho, Joelma, Solange Almeida, Lucy Alves, Rita de Cássia, Nando Cordel, Petrúcio Amorim, Jorge de Altinho, Zé Ramalho, Sérgio Lucas, Antônio Carlos do Aracaju, Dedé Brasil, Rogério etc.

A começar dos anos 80, as chamadas bandas eletrônicas, como Magníficos, Mastruz com Leite, Forró Brasil, Cavalo de Pau, Cavaleiros do Forró, Baby Som, Falamansa, Catuaba com Amendoim, Calcinha Preta, Aviões do Forró etc. despontaram no cenário musical do Nordeste e, em seguida, proliferaram por todo o Brasil, disseminando, a um só tempo, uma nova e eletrizante expressão sonora e coreográfica ao originário forró, notoriamente tipificado e denominado “Forró Pé de Serra”. Os remanescentes e sucessores desses inovadores grupos musicais, mesmo, ao tocarem ritmos como pop, salsa, baião, toada sertaneja, música caipira, rock, balada, costumam fazê-lo no ritmo atraente e arrebatador do “forró”.

Forró para todos e para sempre!

“For all forever!”

Parabéns! Forrozeiros do Nordeste, do Brasil e do Mundo!

Graças à Ciência e mercê de Deus, tudo está voltando, gradualmente, ao que era antes!





PELO TWITTER

www.twitter.com/1paulonogueira “ É do jornalismo que ainda vem esse suspiro de democracia e de contenção das maldades, da corrupção.”
Jânio de Freitas, 90 anos, um dos críticos mais ferozes do jornalismo produzido no país.

www.twitter.com/ayres_britto

DECREPITUDE
Há ideias que mesmo caquéticas sempre acham quem saia com elas por aí fazendo assombração.

www.twitter.com/ThalesBrandao Os shows de forró se dividem em 50% forró eletrônico e 50% TikTok. Se tornou raro escutar aquele senhorzinho na sanfona – o primo na zabumba e o tio no triangulo – o verdadeiro tengolengotengo. E tem outra, antigamente era coxa com coxa e agora o povo olhando e filmando o palco.

www.twitter.com/chico_pinheiro Na Democracia, o processo eleitoral é conduzido pela sociedade civil, através da Justiça eleitoral. Desesperado ao vislumbrar a derrota, o capitão move seu general subalterno do Min. da Defesa e ameaça a Democracia com seus tanques. Que vergonha, Bolsonaro, que vergonha. Basta !

www.twitter.com/BlogdoNoblat Por Amarildo

 

 

 

 

 




 

 

 

 



Frase do Dia
“Quem se vangloria de ter conquistado uma multidão de amigos nunca teve um.” Samuel Taylor Coleridge.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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