Mata do Junco e o macaco guigó

Macaco Guigó

antes de falarmos do primata…

Um registro: Seminário de Geoecologia

Será encerrado hoje a 4ª edição local e a 1ª nacional do Seminário de Geoecologia e Planejamento Territorial, que começou dia 11 e foi organizado pelo Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial (Geoplan) da UFS. O Seminário teve como tema “Conflitos Ambientais e Territoriais: pesca e petróleo no Litoral brasileiro".

Em sua primeira edição de âmbito nacional e quarta de cunho local, o Seminário Geoplan 2012 oportuniza amplas reflexões e debates, pautados sob uma ótica tanto científica quanto de interlocução com a sociedade civil. O público-alvo do evento consiste em graduandos, pós-graduandos e profissionais das áreas de Geografia, Biologia, Engenharia de Pesca e áreas afins envolvidos com a temática, além depesquisadores das instituições de ensino superior, técnicos de organismos públicos e privados,entidades da sociedade civil sergipana e brasileira.

DETALHE!**
Mesmo se você não se interessar pelos Seminários da GEOPLAN, vale a pena
entrar no site deles e dar um lance d’olhos em lindas imagens
cinematográficas da costa sergipana.
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**A sugestão é do Prof. Antônio Edilson do Nascimento, Diretor do Departamento de Administração Acadêmica – DAA)

Mata do Junco e o macaco guigó
Pesquisadores da UFPB e UFS atuam na unidade de conservação

A Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco, localizada no município de Capela está sendo pesquisada por estudiosos das universidades federais da Paraíba (UFPB) e de Sergipe (UFS) com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre a espécie Callicebus coimbrai, conhecida popularmente como “macaco guigó”. A mata do Junco é protegida pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

O primatólogo e pesquisador da UFS, professor Doutor Stephen Francis Ferrari, é quem orienta os trabalhos de pesquisas que visam verificar aspectos ecológicos e comportamentais do macaco guigó, como também possíveis interações com outras espécies de primatas existentes no local.

Segundo o doutorando da UFPB, João Pedro Souza Alves, a pesquisa foi iniciada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio/MMA) em parceria com a UFS e o IBAMA/SE em 2006, quando foi descoberta a presença do guigó na área do Junco. A criação e implementação da unidade de conservação é que permitiu que iniciassem de fato as pesquisas mais aprofundadas sobre a espécie.

“Os trabalhos foram aprofundados no ano de 2008, na qual foi feito um levantamento populacional da espécie, e em 2010 iniciaram os estudos de ecologia e comportamento”, afirma João Pedro, destacando que além de verificar os aspectos ecológicos e comportamentais da espécie em extinção, os estudos tendem a aumentar o conhecimento da composição florística do RVS Mata do Junco.

Macaco Guigó

Também conhecido por "guigó-de-Sergipe", a espécie que tem distribuição geográfica restrita a Sergipe e Norte da Bahia, vem sofrendo as consequências da fragmentação da Mata Atlântica. Hoje o macaco é considerado uma das espécies ameaçadas em extinção devido à redução e fragmentação de seus habitats naturais.

Segundo o Livro Vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção o gênero Callicebus quando adulto pesa aproximadamente 1 kg, apresentando hábito diurno e arborícola, com alimentação predominante de frutos, mas também ingerem folhas e flores, podendo consumir pequenos animais. Sua potente vocalização é uma das características mais marcantes dos guigós.

Para a gestora da unidade de conservação do Refugio de Vida Silvestre Mata do Junco, Augusta Barbosa, a presença do macaco guigó na unidade fortalece as ações de conservação dos fragmentos de Mata Atlântica do território sergipano, criando um ambiente de pertencimento e de valorização das áreas protegidas, especialmente nas unidades de conservação da natureza.

"A Semarh enquanto órgão administrador do RVS Mata do Junco vem atuando desenvolvendo estratégias para ampliação dos conhecimentos sobre a biodiversidade de Sergipe. Assim, a Universidade Federal de Sergipe vem desempenhando um papel fundamental na geração de conhecimentos", enfatiza.

UC Mata do Junco

Criada pelo governador Marcelo Déda no ano de 2007,  a Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Mata do Junco protege 894,76 hectares de Mata Atlântica, garantindo o habitat de populações silvestres do macaco guigó com manutenção da qualidade ambiental das nascentes do Riacho Lagartixo – principal manancial de abastecimento público da cidade de Capela. Apesar de sua recente criação a Unidade de Conservação Mata do Junco já dispõe de infraestrutura necessária ao desenvolvimento de atividades de proteção, pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo.

Os estudos

Atualmente já somam seis os estudos relacionados ao primata dentro da Mata do Junco, dos quais dois foram de trabalho de graduação da Universidade Federal de Sergipe, dois de dissertações de mestrado do núcleo de ecologia e conservação da UFS. "Além desses estudos já finalizados, estão sendo executados outros três, sendo um trabalho de graduação da UFS e dois de doutoramento do programa de pós-graduação em zoologia da UFPB", disse o biólogo João Pedro.

Além de aumentar o conhecimento científico, os trabalhos levam o nome do RVS Mata do Junco ao cenário mundial. "Além do apoio as pesquisas de órgãos nacionais como a Semarh, UFS, CNPq e a fundação O Boticário de Proteção a Natureza, os estudos também são apoiados por instituições estrangeiras, tal como a Sociedade Internacional de Primatologia e o Jardim Botânico de Nova York", afirma.

Fonte e fotos: Ascom/Semarh

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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