O novo português

Para quem se desacostumou a escrever como antigamente (caneta e papel) a mudança ortográfica proposta vai nos pegar de calça-curta (ou será que é sem hífen?). Os editores de texto e suas incríveis facilidades nos tornaram tão dependentes que hoje não temos ideia (sem acento!) de como escrever sem esses recursos.

 

Do ponto de vista do desenvolvedores será um alívio. Atualmente, os softwares preparados para internacionalização (que se adaptam dependendo do idioma) tratam o português como duas línguas distintas, já que existem milhares de palavras com grafias diferentes do Brasil para Portugal. Essa unificação terá, pelo menos, esse benefício.

 

Com relação aos grandes players, a Microsoft se posicionou de forma favorável e disse que deverá disponibilizar ao consumidor de forma gratuita (é claro que tinha que ser!) a atualização do corretor dentro do prazo de transição que termina em 2012. O Google também fará as correções nos seus aplicativos (leia-se Docs) de forma gradual.

 

Como por enquanto podemos escrever com as duas grafias sem correr o risco de errar, o melhor mesmo é deixar que o editor faça a parte suja. Não adianta falar agora que a tecnologia nos trouxe este problema. Podemos continuar tão dependentes (ou mais) do que estamos hoje e ainda me arrisco a dizer que a correção só vai pegar “pra valer” quando o Word e o Docs estiverem prontos. Até lá, voo é vôo, antivírus é anti-vírus e joia é jóia.

 

 

 

Bug do milênio

E o bug do milênio resolver dar as caras com 8 anos de atraso. O tocador de mp3 Zune da M$ deu problema em alguns modelos no último dia do ano. O problema? O pessoal de Redmond esqueceu que este ano era bissexto. Fala sério!!

Para quem não sabe como verifica se o ano é bissexto: o ano tem que ser divisível por quatro. Na verdade a verificação é pouco mais detalhada: o ano tem que ser divisível por quatro, mas não pode ser por cem, ou então ser divisível por 400. Complicado? Fica com a primeira pois ela vale até 2100, daqui pra lá qualquer software feito hoje não estará mais funcionando.

 

 

Bloqueio de telemarketing

O Estado de São Paulo resolveu regulamentar o telemarketing. O governador José Serra criou um cadastro de usuários que querem bloquear as indesejadas ligações de telemarketing. Funciona da seguinte maneira: o usuário se cadastra no site do Procon e após 30 dias o usuário não poderá mais receber esse tipo de ligação. Por outro lado as empresas de telemarketing terão sempre que consultar a lista antes de tentar a ligação. Do ponto de vista tecnológico não chega a ser nada complexo e, portanto, o Procon-SE deveria seguir o exemplo.


 

A crise na faixa de Gaza

A briga na faixa de Gaza foi para o campo virtual. Um grupo de hackers atacou na semana passada vários sites israelenses. Se o movimento fosse realmente organizado bem que o Hamas poderia fazer estragos grandes na economia de Israel, uma atitude bem mais inteligente que jogar foguetes e matar pessoas inocentes.

 

Promessas de Ano Novo  

Prometo conhecer mais gente (Orkut)
Prometo fechar a “janela” contra os invasores (Microsoft)
Prometo fazer minhas pesquisas direito (Google)
Prometo encher os bolsos dos outros (Bovespa)
Prometo ficar conectado (celulares 3G)
Prometo não fazer nada errado (software)
Prometo não mandar mais (e nem menos) emails indesejados (spammers)
Prometo ficar menos desejado (iPhone)


A guerra dos navegadores continua boa (por Hugo Dória)
Um artigo publicado no TGDaily mostrou que a guerra entre os navegadores web continua boa: O Firefox já possui mais de 21% de marketshare e o Internet Explorer está com seu pior índice deste 1999, “apenas” 68%. O recém-lançado Google Chrome passou dos 1%, enquanto o bom e velho Opera continua abaixo disso. A queda do IE tem sido rápida e isso pressiona ainda mais a Microsoft para um IE8 melhor e que respeite os padrões da web.

Ao que parece, o grande motivo desta queda é a substituição do horrível IE6 por um browser mais recente. Sim, parece piada mas tem muita gente usando IE6 ainda (principalmente nas corporações). Pessoal, acorde: Ele é lento, inseguro e precisa ser substituído o mais rápido possível. Até o Google começou a mostrar um aviso, no Gmail, que o IE6 não é mais suportado e a sugerir um upgrade para, com isso, poder ter acesso a todos os recursos do serviço.

Esta briga ainda vai render bastante e quem ganha somos nós, usuários. Temos é que desejar que a disputa fique ainda maior e que os navegadores comecem a mostrar novos recursos e ganhos de desempenho. Afinal, ele já está se tornando o principal aplicativo do nosso computador.

 

 

Até a próxima semana!


 

Em tempo: Li ontem que o BrOffice já está preparado para as correções ortográficas

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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