Duas frases e três temas

Duas frases, dois pensamentos, duas ideias.

 

De Talleyrand de Perigot sobre os Bourbons franceses: “Eles nada aprenderam nem esqueceram”.

 

De Winston Churchill : “A política é mais perigosa que a guerra… Na guerra você só é morto uma vez. Na política você pode ser morto várias vezes”.

 

As frases existem para serem repetidas.

 

Os pensamentos para serem refletidos.

 

As ideias, ah! as ideias!

 

Elas vão, elas vem, iguais à moda também.

 

Agora está na moda, achar que o mundo tem um polo só, um só viés.

 

E nesse invés perdem-se a vez e o enviés de a esmo chutar, só por errar, em vez de se calar…

 

E é difícil de se calar porque o enviés é complicado, esta coisa de costura, por torto, virado, inclinado e arrevesado mesmo, e até malconduzido.

 

E mal orientado também de forma inadequada, por torcido ou entortado, como o Brasil parece agora, querendo sorrir e chorar, esquecendo tudo como os Bourbons, e sem lembrar nada, enquanto política, em fazendo ressurgir, justo o que bem devia na História restar; definitivamente: arquivado.

 

Se o noticiário é tolo, valem alguns destaques a perquirir, desconfortavelmente:

 

1º  Por esta nova moeda, o “Sur”, inventada, prevista para surtar com o “Dólar”, a verdinha mais amada e requerida no mundo inteiro;

 

2º  Por outros enveses, endezes e envieses, em choros de cascata convocados em favor dos Yanomamis distantes, perpétuos diletantes exóticos, a requerer o auxílio desdormido do homem e da mulher citadinos, mal civilizados e perenes, a tais nativos nunca indenes, em débitos crescentes e impagáveis, à perda de vista. Uma dívida só resgatável para muitos em “bom-mocismo” excessivo quando todo e qualquer DNA exógino, você, aqueloutro e eu mesmo, por invasor explorador descendentes, de Eurásias, D’Áfricas e de terras outras, sejamos devolvidos ao mar; à nado e sem remo, por arrimo de blasfemo, porque esta terra não nos pertence.  Ela tem dono!

 

3º Pela infindável cantilena de blasfêmia sobre os “atos terroristas de 8 de Janeiro”, lamentados demais por alguns, mas escassos e insuficientes para quóruns outros de cidadãos comuns, que nunca são ouvidos, nem auferidos, e que permanecem mal levados em conta, por esquecidos. Estes que são muitos comuns e até sobrecomuns cidadãos mal referidos, afinal bem maior continua deles um outro pranteio, qual seja de ter sido o resíduo final, apurado e restado pouco, muito pouco, insuficiente mesmo, para sanear toda causa, razão e o motivo verdadeiro, que permanece igualmente como doença sem cura, nem vacina. Moléstia cuja profilaxia sugerida pelo novo governo é o velho abuso policialesco, farsesco e grotesco do fascismo que não se contempla assim, “por ser este ‘bom’ e do bem”, a requerer um estado superior de rigidez e despotismo, valendo agora o abuso de toda força opressora para conter a pressão das massas que decepcionadas continuam com o atual “Estado Democrático de Direito”, e seus atuais detentores de mando e poder.

 

Valeria destoar por estes três temas, e se expor ao fustigo de muitos vespeiros?

 

Se não vale, expor-me-ei ao mal afago de ferrões.

 

E nesse amplo aguilhoar, falta-nos uma formulação sadia, longe do lugar comum por onde se enveredou, em proselitismo insano e equivocado, a nossa opinião publicada.

 

Não é assim que a grande e velha imprensa, Globo, Folha e Estadão, tem dedicado por linha comum editorial, em louvaria exagerada ao novo governo instalado em Brasília, desde a rampa, e já visto por alguns, como rampeiro?

 

Eles não o quiseram assim?

 

Adianta reclamar, se os seus leitores são muitos, continuando a remunerá-los com suas assinaturas e classificados?

 

Não é assim a Democracia, permitindo a livre escolha?

 

O problema é, que há uma falta crescente de opções, por punições lesivas e ilegais, contra quem lhes pensa diferente.

 

Dos programas televisivos, nem se pode falar.

 

Há uma pasteurização generalizada, porque é fácil conter o rádio e a TV.

 

É só segurar-lhes o microfone, e o verboso não só soa fanho, como o seu vozeirão desafina.

 

E nesse desacerto, o locutor nasaliza, sem analisar.

 

E o jornal também o faz assim, sem nem mesmo ousar posar incólume e afim, publicando Camões, o Luiz Vaz de novo, ou um eventual cake novo, por receita de pudim, de rissole ou de quindim, tudo o que por lambança fizera um dia, e assim restara, no desfecho da história.

 

O problema é que ainda lhes não faltam leitores em suficiência.

 

O calo não apertou do seu lado, embora lhes sobrem críticos.

 

Ceticamente falando, não posso elogiar os feitos atuais listados acima.

 

“Sur”, moeda nova concebida, parece restar tingida e manchada desde o seu nascedouro de um amarelão desfigurado à Jeca-Tatu, que o Lobato Monteiro não pensou, e até o seu azul é um anil tangueiro; biscateiro ou caloteiro, por novas cumparsitas, esmaecido.

 

Tudo e todos precisando de Biotônicos e outros tônicos creditícios, no mesmo passo, samba, tango ou gafieira, boleros à falta dos lero-leros, sempre necessários, à manutenção de uma economia saudável e parcimoniosa.

 

E o que nos falta para termos uma higidez econômica?

 

Tudo ou quase tudo, aquilo que intentou, e realizou, nos quatro anos em que vingou o governo apolínio do “genocida” Bolsonaro.

 

E tudo o que não tem sido feito pelos nossos Hermanos argentinos, sempre dionisíacos!

Matéria do LeFigaro em desconfianças em volta da nova moeda “LeSur”

 

 

Nesse particular, exponho um gráfico comparativo exibido pelo LeFigaro, em análise que vale à pena estadear, dizendo que os dois países tem comportamentos econômicos antípodas; quando um cresce o outro regride, quando a inflação e o desemprego são controlados por um, o outro melhor prefere se enveredar no abismo do descontrole fiscal e monetário.

 

 

E nesse rebater do pino autista de cada um, cabe exaltar a tolice das nossas modernas placas de automóveis, em modelo, mais notável que a tomada inteligente de três pinos, mundialmente celebrada.

 

Ampliação do gráfico anterior do LeFigaro, firmando à esquerda o descompasso entre o Peso argentino e o Real, e à direita a comparação da inflação dos dois países, segundo dados internacionais.

Antes, por exemplo, sabia-se o destino dos carros, de onde lhe vinham os barbeiros, os maus condutores dos cus-de-judas originários.

 

Hoje todos são diletantes daqui mesmo, do Brasil.

 

Uma premonição que, de modo idêntico, seremos menos felizes, enchendo nossos bolsos com esse “Sur”, moeda nova, que nada compra nem representa.

 

Falando agora dos índios, digo, dos indígenas, eu direi apenas que o sofrimento de alguém, nativo ou estrangeiro, é o que deveria importar, afinal a dor, a fome e a miséria serão eterna matéria fecunda, para os excessos de demagogia.

 

Política, tudo política e só política…, onde se morre, como disse Churchill, se “remorre” e ressuscita, como Fênix…, dissertando galvanizados discursos sobre os pobres…

 

Quando dos pobres, disse o Cristo Jesus a um dos apóstolos que censurara Maria, a Madalena, por lhe ter ungido os pés com um perfume dispendioso, quebrado em reles uso e serventia: “Pobres, vós sempre os tereis!”

 

E de lá para cá, os pobres aumentaram, com cartazes de papelão exibindo sua fome a cada sinal de trânsito no nosso entorno.

 

– Fome, fome, fome! – Gritam os cartazes.

 

Ninguém precisará ir à terra Yanomami para saber que a fome existe.

 

E resiste! Oh, como persiste!

 

Mesmo com “Bolsas-família” e “Auxílios Brasil”, algo a desconfiar de estarem muitos alguéns, ou Polifemos ninguéns, papas-tudo, bem se refestelando no caminho.

 

E a descortinar também, que a fome só acaba com a simples geração de emprego e a produção de bens.

 

Quanto ao 3º item, “os atos terroristas de 8 de Janeiro”, que fiquem na memória para não serem repetidos, em pior hediondez de fúria.

 

Uma disúria que a história do mundo tende a desprezar como simples catarse por desafogos de esfíncteres. E que acontece por imprudência dos humanos.

 

Se a todo furor resvala uma reação, como estão prometendo em açoites e punições variadas, no rescaldo do feito malfeito, é preciso enaltecer que não há fatos sem causa, e “Não há nada de novo debaixo do Sol”, segundo a sabedoria antiga do Eclesiastes.

 

Porque o homem é o mesmo em sonhos, medos e misérias.

 

E tudo é uma questão de ângulo, de miragem, e de obtusidade até.

 

Se houve insanidade, na guerra indígena, com um General CusterBuffalo BillHernán CortésAlvar Núñez Cabeza de Vaca,  Bartolomeu Bueno Anhanguera, e até Pedro de Valdívia com sua Inés Suárez, no mesmo lado; do outro lado rugiam iguais, Touro SentadoCavalo LoucoNuvem VermelhaGerônimo, e até os nossos AperipêsSurubis e Serigys, todos presentes no nosso sangue, acomodados, por simples epopeia existencial.

 

O resto é boa conversa para repetir, inclusive o que agora está na moda; o direito de posar de cocar, fantasiado!

 

Despindo-se da alegoria e da máscara, o  que se precisa fazer, é humanizar o homem.

 

Como fazê-lo? Um problema de metodologia, nada de meter o pau nem de baixar o cacete.

 

Uns entendem, todavia, e por capação a macete, que é preciso matar como na guerra, já que na História se pode massacrar à rego e por resfolego à vontade!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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