ONZE ANOS DE ARACAJU

Antes de aposentar-me, pensei: Se quiser mesmo me aposentar, eu terei de mudar, pois se continuar residindo na mesma cidade, eu continuarei trabalhando. Prestando consultoria, ou participando da Diretoria da Associação dos Aposentados ou do Fundo de Pensão, do qual sou cotista. Assim decidi mudar-me e entre as alternativas que vislumbrava estavam Portugal, Santos, Vitória e Aracaju. Eu e minha esposa optamos por Aracaju e aqui estamos desde de 1992, admirando esta cidade. A hospitalidade do seu povo, o sistema interligado adotado nos ônibus, o seu traçado, o Rio Sergipe, as suas praças e a arborização são alguns dos pontos que marcam a cidade. Muita coisa, porém, mudou nesses onze anos que faz de Aracaju, ainda uma cidade tranqüila, mas bem menos tranqüila do que era; o trânsito, em determinadas horas do dia, torna-se um verdadeiro caos; a poluição sonora está transformando Aracaju numa cidade do barulho; as queimadas, destruição de matas e poluição das águas são alguns dos itens que devem merecer uma atenção maior das autoridades. Problemas para a cidade são causados, quase sempre, por nós mesmos. Por exemplo, na Rua Monsenhor Silveira, está uma parte lateral do IPES e é comum ver-se jorrando água totalmente poluída de seus bueiros. Na rua Senador Rollemberg está a Associação Atlética de Sergipe e na calçada, em dois pontos, canaletes escoando água do clube para a rua e impedindo que, se precisar, um paraplégico, numa cadeira de rodas, possa por ali transitar. Ao prefeito, para que Aracaju continue a ser uma boa cidade para viver, pedimos para colocar nas salas de aula, o alto número de crianças, que se encontram nas ruas da cidade; pedimos para ampliar as ações voltadas para a medicina preventiva; pedimos para implantar medidas para desafogar o trânsito; pedimos, para a segurança dos trabalhadores que usam a bicicleta como meio de locomoção, ampliar o número de ciclovias; na segurança, pedimos ações para garanti-la; na poluição sonora, pedimos para fazer com que clubes, bares, carros de som e outros cumpram a legislação em vigor; e, na periferia, pedimos uma atenção maior para melhorar a qualidade de vida de seus moradores. Edmir Pelli é aposentado da Eletrosul e articulista desde 2000 edmir@infonet.com.br

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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