Pirambu (SE): Muito mais que praia

 

Panorâmica dos Olhos da Reserva entre dunas douradas e lagoas temporárias

Quem pensa que Pirambu é apenas uma praia do Litoral Norte de Sergipe está completamente enganado. A região do povoado Lagoa Redonda revela paisagens de encher os olhos, tamanha a magnitude e beleza, com sequências de dunas, banho de queda d’água, rios e lagoas temporárias. O povoado Lagoa Redonda fica a pouco mais de 50km de Aracaju, na denominada Costa dos Manguezais de Sergipe, região entre Pirambu e Ponta dos Mangues, em Pacatuba.

Vale ressaltar que o pedacinho do paraíso fica na Reserva Biológica Santa Isabel, área permanente de proteção ambiental por conta da desova de tartarugas marinhas e berçário de aves. Não é permitido turismo de massa em determinadas localidades, mas há de convir que com segurança, proteção, com responsabilidade e prevenção, ganham as populações nativas ao mover a economia local e ganha também quem lá visita.

Para se chegar as lagoas temporárias consulte um condutor ou guia de turismo especializado. Requer preparo físico

A reserva possui 2.776ha criada em 1988 para proteger delicados ecossistemas costeiros compostos por dunas fixas e móveis, manguezais e lagoas temporárias e permanentes, além de ser a principal área de proteção da tartaruga Oliva. Também abrigou por muito tempo a primeira base do projeto Tamar do país. Mas tem atraio o olhar do turismo, tamanha beleza da região entre dunas douradas e lençóis freáticos que em tempo úmido provoca lagoas temporárias, os denominados Olhos D’água da Reserva.

Dunas de Pirambu

A aventura começa a partir da sede municipal em direção a rodovia SE 204, que liga Pirambu à Japaratuba. Depois de deixar a cidade, a pouco mais de 2km, há uma placa indicando virar à direita. Por cerca de 12km, chega-se ao povoado Lagoa Redonda e logo que termina o calçamento, tem-se o acesso ao “Dunas Bar”, que dá as boas-vindas aos visitantes, com infraestrut ura simples, onde mesas são postas no leito do rio e até mesmo no seu curso. É a denominada hidromassagem natural.

Terceiro olho d’água a ser visitado entre dunas

O rio forma uma curva desenhando ainda mais a beleza da região. É por uma caminhada de pouco mais de duas horas, beirando uma séria de dunas que se tem a impressão de estar no paraíso e nada deixa a desejar se comparada com as famosas dunas de Natal ou Fortaleza. Como as dunas famosas das regiões descritas, paredões de areia também viram escorregadores até as águas do riacho, tendo quem pratique sandboard e skibund, surfe na areia realizado por meio de uma prancha simples.

Vista privilegiada do paraíso

Ao longo de quase 4km de caminhada as dunas ficam cada vez mais presentes e maiores quando se ver os “Olhos da Reserva”, denominados por nativos como “Lençóis Sergipanos”. São dunas douradas envoltas de poços d’água clara e limpa. Há indícios que são mais de nove que enchem de água na temporada de junho a agosto, mostrando essa rara beleza até meados de outubro.

Uma das lagoas temporárias

As dunas ficam para traz e a faixa de areia beirando o litoral é um convite ao banho de mar, quando se tem mais 3km de caminhada de volta até chegar a um braço de rio, afluente do Japaratuba. Seguindo o percurso do rio por mais 1km chega-se a queda d’água do Roncador.

Balneável por um período de meses com chuva e umidade

O poço formado pela queda d’água não é tão fundo, porém há um degrau formado por pedras onde o banho de cachoeira causa bem-estar e sensação de liberdade.

Queda d’água do Rocador proporciona relex no pós trilha

O passeio não acaba por aí. Depois de revigorar as energias, a volta é bastante agradável com a contemplação das paisagens. Ver também o marzão ao longe é um convite à contemplação e fica a poucos metros das dunas, mas não se esqueça, ainda há a denominada curva da Lagoa Redonda para visitar. O lugar é rústico, com bares à-beira-rio, porém de uma beleza singular, até quando se tem o pôr do sol dar o adeus do dia para iniciar a noite.

Dicas de Viagem

Rusticidade mas de grande beleza é o ponto de partida para a trilha e um dia em contato com a natureza

Conhecer a região das dunas requer preparo físico e disposição para enfrentar mais de 2h de caminhada de ida e mais 2h de volta. São cerca de 9km entre conhecer as dunas e a cachoeira. Não esqueça do protetor solar e de sacolas para colocar o lixo que sobra do que consumir.

Para conhecer a região de Pirambu, reserve mais de um dia. Na sede municipal há pousadas, bem como no povoado de Lagoa Redonda.

Preservar, conservar e manter são essenciais

Para chegar na cachoeira ou fazer trilhas pela região, consulte um condutor habilitado ou opções de se contratar um guia de turismo habilitando em trilhas e ecoturismo. Há agências especializadas em ecoturismo partindo de Aracaju, que fazem passeios bate e volta.

Trilha em meio a fazendas

Os visitantes que frequentam a região nos finais de semana têm deixado rastros de lixo pela trilha, restos de comida no leito do rio, além de vestígios de fogueiras. Não se esqueça que se deve praticar o turismo sustentável, não retirando nada da natureza, apenas fotografias, e deixando somente pegadas.

Cuidar da fauna e da flora nas trilhas é uma obrigação de quem faz esse tipo de turismo. Veja que a região é uma reserva de proteção permanente e seja responsável para essa e nova gerações. O meio ambiente agradece.

Como chegar

De Aracaju, atravessando a ponte Construtor João Alves em direção à Barra dos Coqueiros, percorre-se 30 km da rodovia César Franco (SE-100), chega-se a Pirambu. Depois deixar a cidade e pouco mais de dois quilômetros há uma placa indicando virar à direita. Por 12km, chega-se ao povoado Lagoa Redonda. Ao terminar o calçamento, chega-se ao leito do riacho onde se tem o ponto de apoio.

Gastroterapia

As Catadoras de Mangaba são uma associação protagonizada por mulheres sergipanas que movimentam a economia sustentável a base da fruta símbolo de Sergipe: a mangaba. No povoado Capuã, na rodovia SE 204, no município da Barra dos Coqueiros, Km 10,6, a associação inaugurou uma sede para comercializar produtos desenvolvidos a base das frutas de restinga, principalmente o murici, a mangaba e o cambuí. Os visitantes podem desfrutar de doces, geleias, bombons, balas, licores, tartaletes e várias outras guloseimas embaladas também para presentes. Vale a pena dar uma passadinha.

Na sede da Associação só é permitida a entrada com máscara e com agendamento de horário. Consulte Patrícia através do telefone (79) 9 79 9948-4665.

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