Gênero: Suspense
Direção: Fritz Lang
Com: Edward G. Robinson, Joan Bennet, Raymond Massey, Edmund Breon
Idioma: Inglês
Legendas: Português
Áudio: Inglês (Dolby 2.0)
Tela: Fulscreen
Distribuidora: Versátil

“M, o Vampiro de Dusserdolf” e “Metrópolis”, sem dúvida, são os títulos mais conhecidos da filmografia do diretor alemão Fritz Lang. Mas o legado cinematográfico que ele nos deixou, inclui muito mais do que isso, e “Um Retrato de Mulher” é um dos melhores filmes de Lang (com atmosfera noir ) realizados nos Estados Unidos, país que migrou em 1934, “fugindo” da guerra que ainda estaria por vir.

Na trama, Richard Wanley (interpretado pelo excelente Edward G. Robinson) é um professor de Psicologia da Faculdade Gotham, localizada em Nova York. Logo nas primeiras cenas, vemos Wanley se despedir da mulher e filhos, que irão passar uma temporada de férias longe dele.

O professor, então, com tempo livre, aproveita colocar em dia a conversa com seus amigos, o médico Michael Barkstane e o promotor Frank Lalor, num clube de Manhattan. Uma noite, ao sair do recinto, depara-se com um quadro numa vitrine, onde está retratada uma bela mulher. Como num passe de mágica, Wanley vê à sua frente, a  modelo retratada, Alice Reed (Joan Bennet).

Encantado com sua beleza e seduzido pela jovem, ele a acompanha até sua casa para um drink. Não imaginaria porém, que esse ato, aparentemente descompromissado, levaria a consequências extremas, como o envolvimento no assassinato de um executivo.

A partir daí, Lang, sustentado por um ótimo roteiro adaptado do livro “Once Off Guard” de J. H. Wallis,  constrói um crescente suspense, em doses homeopáticas. O espectador não vê a hora do filme terminar, para  saber como Richard Wanley se safará do problema. Aliás, o grande trunfo de “Um Retrato de Mulher” está, justamente, no seu ‘The End’ magistral.

Por Suyene Correia