Advogado diz que prisões de ex-prefeitos de Carira são desnecessárias

O advogado Evânio Moura alega que não existia motivo para prisão (Fotos: Portal Infonet)

O advogado de defesa dos ex-prefeitos de Carira, João Bosco Machado e Diogo Machado (pai e filho), Evânio Moura, contestou as prisões efetuadas pelo Departamento de Crimes contra a Ordem Tributária e Administração Pública (Deotap) em decorrência da operação “Xeque Mate no Sertão” durante a manhã desta terça-feira, 11.

Evânio argumenta que não procede a informação de que os ex-gestores possuíam uma empresa que fraudava licitações e que o que pode ter ocorrido foi um “eventual equívoco administrativo”, que não se configura, necessariamente, como crime. “Não há fraude à licitação, pois para isso é preciso haver dolo ou desvio de dinheiro e não há prova disso. Há prova somente de movimentação e não é crime movimentar dinheiro”, explica o advogado.

Segundo ele, a prisão é questionável do ponto de vista da contemporaneidade, tendo em conta que a última gestão dos envolvidos acabou em 2016, quando Diogo Machado concluiu seu mandato como prefeito. “Eles não têm qualquer ingerência no município. Por que prendê-los em junho de 2019, dois anos e meio depois de Diogo deixar a prefeitura? Não há contemporaneidade”, questiona Evânio.

Diogo Machado  é diretor administrativo e financeiro da Cohidro, mas segundo o Governo do Estado assim que suas férias trabalhistas finalizarem ele será exonerado.

Estância

Conforme o advogado, serão tomadas as providências necessárias no sentido de encaminhar um habeas corpus enquanto os acusados ficarão detidos na Cadeia Pública Tabelião Filadelfo Luiz da Costa, localizada em Estância.

por Daniel Rezende

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