Aracaju tem mais de 50% dos carros de Sergipe
De acordo com o Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe (Detran-SE), Aracaju possui uma frota que ultrapassa os 161 mil automóveis, correspondendo a mais da metade do total de veículos de todo o Estado (especificamente 51,3%). Ainda com base nos dados do Detran, uma média de 800 novos carros são lançados ao trânsito das ruas e avenidas aracajuanas mensalmente. “Isso está um caos!” Na hora do almoço, o stress na avenida Beira Mar é o prato de entrada de motoristas e passageiros. “A gente gasta 40% do horário de almoço no volante. E quando volto para casa no final da tarde, tenho mais certeza de que Aracaju está no caminho do caos no trânsito, porque é muito carro pra pouco espaço, é semáforo em excesso, estamos no caminho de São Paulo”, desabafou Carlos Luiz. Caos também foi a palavra utilizada para definir o trânsito aracajuano por outros diversos cidadãos abordados pela equipe do Portal Infonet, e a dúvida que paira na cabeça de pedestres e condutores é se há possibilidade desta situação melhorar. Ou piorar. Rodízio de veículos: é necessário? O capitão J. Luiz, coordenador de trânsito da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), assumiu que o número de veículos na capital sergipana está aumentando, mas descartou a necessidade de um rodízio de veículos nos próximos anos. “Acho que ainda não é para tanto, uma O coordenador mencionou a obstrução do estacionamento de veículos em vias do Centro, da Beira Mar e da avenida Sílvio Teixeira como soluções que a SMTT toma para melhorar o fluxo dos automóveis em Aracaju. “São trechos muito apertados nos quais os motoristas ainda estacionam, atrapalhando ainda mais o tráfego”, contou. J. Luiz ainda destacou a importância do condutor e da formação que adquire nas auto-escolas para a melhor fluidez no trânsito aracajuano. “O cidadão não tem uma formação voltada mesmo para o cotidiano nas avenidas e acaba iniciando sua vida ao volante com certo medo, por isso acho que os centros de formação de condutores devem ser readequados”, defendeu. Pedestre também sofre A SMTT informou que o projeto de instalação de uma passarela nas imediações do DIA já está encaminhado, e que ainda existe a intenção de colocá-las em frente ao Detran e na região do mercado Thales Ferraz. Por Glauco Vinícius e Gabriela Amorim
Seis horas da tarde, cruzamento da avenida Rio de Janeiro com Nova Saneamento, Aracaju. A cena do mar de veículos no qual a via se transforma é embalada ao som das buzinas apertadas por motoristas impacientes que apenas desejam chegar ao seu destino. Neste e em outros diversos pontos da capital, todos os dias, o trânsito cada vez mais lento é reflexo da estrutura urbana da cidade, que não acompanha os milhares de novos veículos jogados às ruas a cada ano. 
Intervenção urbana de um cidadão num cruzamento da cidade onde não há sinalização, ao invés do aviso de “Pare” ele propõe “Pire”
Excesso de veículos é um dos problemas do trânsito em Aracaju / Foto: Carla Sousa
Na avenida Acrísio Cruz, zona sul da capital, o cansaço de mais um dia de trabalho mistura-se
ao tédio causado pela lentidão no tráfego. Com o carro parado na via, a executiva Delane Sena opinou sobre a situação do trânsito na cidade. “As avenidas são muito estreitas para
muito carro, os motoristas de ônibus são muito imprudentes e não há mais respeito no trânsito. Enquanto isso a SMTT só sabe multar. Isso está um caos!”, reclamou.
Na avenida Murilo Dantas, região que abriga uma grande universidade particular, a lentidão às 22h impressiona. O estudante Jamson Rocha demorou exatos 23 minutos da saída do estacionamento até a avenida Beira Mar, uma distância de aproximadamente 300 metros. “É um caos diário, habitual. A gente já se acostumou”, comentou. 
Carlos acha que em breve será necessário rodízio de veículos
medida destas ainda vai demorar muito a acontecer”, afirmou. 
Capitão J. Luiz, coordenador de trânsito
Com tantos carros, motos, ônibus e carroças em movimento, quem anda a pé também acaba sentindo os efeitos da lentidão no trânsito. O número de semáforos que excede em alguns pontos da capital é nulo em outros, como na região da Farolândia e nas proximidades do terminal DIA, onde os pedestres dependem da boa vontade dos condutores em permitir a passagem. 
Pedestre aguarda passagem na região do DIA
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