Depois da negociação junto ao Ministério Público Estadual para reforma do Galpão da Central de Abastecimento (Ceasa), o presidente da Associação dos Usuários da Central de Abastecimento de Sergipe (ASSUCEAJU), Carlos José Santos diz que tem muita coisa a se fazer, mas o ponto positivo é que a rede elétrica está garantida.
“Em meio aos problemas de rede de esgoto, reforma do espaço de comercialização, pintura do local, portões e grades que têm que ser feitos na Ceasa, uma vitória pode ser apontada: a rede elétrica. Ponto de maior complicação, os pontos de energia, fios e cabos expostos na Central implicando em perigo de incêndio entre os comerciantes e usuários do local, está com um projeto pronto para ser realizado”, diz o presidente que fez contato com a empresa catarinense Peterfruter – comerciante de frutas – para reestruturação da rede elétrica.
Carlos destaca que “é uma vitória porque esse projeto foi barrado algumas vezes pela própria
Energisa que identificou pendências de um devedor, um supermercado anexo à Ceasa, impossibilitando a assinatura desse contrato. Tanto o Governo quanto a ASSUCEAJU saem ganhando nessa parceria. Não há custo dessas partes. A proposta do projeto da rede elétrica está orçada em R$ 110 mil, tendo como contrapartida à empresa de frutas a carência de impostos e condomínio para comercializar na área de abastecimento”, explica. Presidente da Assuceaju, Carlos José Santos
Dificuldades e espera para a efetivação do projeto
Para a realização das obras de reforma e revitalização da Ceasa, Carlos José aguarda o projeto assinado pelo engenheiro Mário Sérgio, que foi embasado nos principais pontos destacados pelo Ministério Público Estadual (MPE), através da promotora de Justiça Euza Missano. “Depois que receber o projeto, estaremos enviando para o Ministério Público e a Cohidro a fim de possibilitar a viabilização para a construção de galpões e as reformas necessárias”, conta o presidente dizendo que nesta quinta-feira, 10, espera entregar os documentos a esses órgãos.
A Vigilância Sanitária Municipal deu um relatório apontando as principais modificações que comerciantes devem obedecer como processo de adequação da Ceasa às condições exigidas. Entre elas, estão: manuseio da carne, uso de luvas, entre outros, para poder dar um parecer favorável quanto ao projeto. Os usuários da Central têm um prazo de 45 dias para o ajuste. Documento assinado pela Energisa aprovando a empresa catarinense para efetivação do projeto
O Corpo de Bombeiros também mandou ofício solicitando a instalação de hidrantes para aderir aos ajustes tratados com o MPE, mas segundo o presidente Carlos José, “depende da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) para a análise e instalação dos pontos de combate a incêndio. Eles têm o prazo de até o próximo dia 16, mas até agora nem vieram fazer o relatório”, fala.
Por Karinéia Cruz e Gabriela Amorim