Comunidade pesqueira que recebeu ordem de despejo faz cadastro social

A comunidade havia recebido ordem de despejo da SPU com o prazo de 10 dias para deixar o local. (Trecho do vídeo feita pela moradora Gleiciane Ribeiro)

As famílias da comunidade pesqueira, localizada no bairro Industrial, zona norte de Aracaju, que haviam recebido uma ordem de despejo emitida pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU) para deixarem o local em 10 dias, preencheram um cadastro social, feito pela Prefeitura de Aracaju, na última terça-feira, 20. A esperança dos moradores é que eles sejam incluídos em um projeto de moradia. O prazo dado pela SPU expirou no dia 16, mas as famílias ainda permanecem no local.

Depois de protestos, a comunidade conseguiu uma resposta da prefeitura através do cadastro. Gleiciane Ribeiro, moradora da comunidade há 40 anos, enxerga a ação como um ponto de esperança. “Estou muito feliz e torcendo para que a próxima novidade seja sobre o nosso novo lar”, declara. Mesmo com o cadastro realizado, a moradora alega que a comunidade ainda não sabe quais serão os próximos passos. “Nós não sabemos o que vai acontecer, agora só nos resta esperar”, completa.

A comunidade existe há mais de 30 anos, e lá moram 26 famílias que sobrevivem basicamente da pesca. A SPU, em nota emitida, pontuou que recebeu a demanda, oriunda do Ministério Público Federal, solicitando que fossem adotadas providências em relação às ocupações irregulares situadas ao final da Av. General Calazans, bairro Industrial. De acordo com o órgão, a área é caracterizada como de uso comum do povo e de proteção ambiental.

Prefeitura

Por nota, a Prefeitura de Aracaju informou que a Secretaria de Assistência Social realizou o cadastro social das 26 famílias residentes na comunidade pesqueira cumprindo às recomendações do Ministério Público Federal de Sergipe (MPF/SE) para fazer as análises socioassistenciais de cada uma das famílias.

Ainda de acordo com a prefeitura, após o processo de avaliação das informações obtidas no Cadastro Único, os técnicos da Prefeitura farão um diagnóstico e, posteriormente, adotarão as medidas cabíveis seguindo os trâmites legais.

Por Isabella Vieira e Karla Pinheiro

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