Defesa Civil identifica risco de desabamento da Clínica Santa Maria

Prefeitura notifica dono para realizar a demolição em 72 horas (Fotos: Ascom Defesa Civil)

Abandonado desde o ano de 2012 e ocupado por famílias sem teto desde 2014, o imóvel onde funcionou a antiga Clínica Santa Maria corre risco de desabamento. Instalada no bairro Siqueira Campos em Aracaju, a Clínica era destinada ao atendimento de dependentes químicos, mas os proprietários abandonaram o imóvel, criando graves problemas para os moradores do bairro à época que a unidade interrompeu a prestação dos serviços. Até o momento, o prédio continua ocupado por famílias sem teto. Na quarta-feira, 6, um dos moradores acionou a Prefeitura de Aracaju demonstrando temor diante das chuvas registradas na capital sergipana.

Ocupantes já foram notificados sobre os riscos

De acordo com informações do coronel Luís Fernando Almeida, secretário municipal de Defesa Social e da Cidadania, ao ser acionada pela moradora, a equipe técnica que compõe a Defesa Civil do Município foi ao local e constatou os riscos. O laudo condena o imóvel e o proprietário será notificado para demoli-lo em um prazo de 72 horas, conforme revelações do coronel Luís Fernando feitas em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 8.

As famílias que estão ocupando o prédio, conforme o coronel, já foram notificadas e a Prefeitura de Aracaju antecipou as ações para evitar uma tragédia no local. Desde às 8h desta manhã, há um ônibus e um caminhão disponíveis na porta da antiga Clínica Santa Maria para realizar o transporte das famílias e dos pertences delas, que ainda se encontram alojadas em situação preocupante dentro das instalações.

O coronel Luís Fernando informou que, embora haja o risco de desabamento, a Prefeitura de Aracaju não possui poder de obrigá-los a se retirar do local. Mas disponibilizou equipes da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Assistência Social, que continuam tentando conscientizá-los sobre os riscos. As famílias não ficarão desamparadas, segundo o coronel Luís Fernando. A própria prefeitura já tomou providências, alugando um galpão na rua Acre para abrigar todos os ocupantes. De acordo com o cadastro da Prefeitura, são 125 famílias alojadas naquele imóvel.

Já existe no âmbito do Poder Judiciário, uma ação de reintegração de posse com sentença favorável pela desocupação do imóvel, que transitou na 6a Vara Cível de Aracaju. Mesmo assim, as famílias permaneceram no local. O coronel Luís Fernando deixa claro que esta interferência da Prefeitura de Aracaju não tem associação com a ação judicial, está relacionada às questões de segurança.

por Cassia Santana

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