Policiais civis, com o apoio dos policiais e bombeiros militares, voltaram a se reunir em novo protesto na manhã desta segunda-feira, 17, por uma contraproposta ao Governo de Sergipe no tocante a agenda de mobilização do ‘Movimento Polícia Unida’. De acordo com a categoria, a administração estadual segue “cozinhando em banho maria” as reivindicações dos operadores de Segurança Pública. O ato se concentrou na praça Tobias Barreto, onde fica a sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Entre as pautas do Movimento Polícia Unida estão o adicional de periculosidade, reestruturação das carreiras e reposição inflacionária. O governo não avançou e nem encaminhou contrapropostas sobre nenhuma delas. De acordo com o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de Sergipe (Adepol), Isaque Cangussu, a categoria se frustrou novamente ao não ser recebida pelo secretário de Segurança Pública.
“Infelizmente o secretário João Eloy de Menezes ignora a categoria. Ele disse que nos receberia. Mas depois desistiu. Acho isso um absurdo e uma vergonha porque a Secretaria de Segurança Pública é a nossa casa. Pelo menos aqui a gente deveria ter sido acolhido, com uma palavra positiva do secretário”, resume Cangussu.
Ainda segundo ele, o Governo de Sergipe vem tendo muitas dificuldades em dialogar com o Movimento. “Os operadores de segurança têm sido esquecidos. Um ano e meio lutando e sendo cozinhados em banho maria. É muito triste ver que um governo trata assim seus servidores, especialmente aqueles que protegem a sociedade”, desabafa.
Assim que o ato teve início, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira, informou que tanto o Sinpol quanto a Adepol foram intimados pelo oficial de justiça. “No início do ato nós fomos recebidos pelo oficial de justiça, que cumprindo o seu dever, intimou oficialmente o Sinpol e a Adepol. Além do mais, vimos aqui para a sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP) para que possamos debater sobre essas medidas e quais são as implicações”, afirmou.
Bandeira destacou ainda que as decisões já debatidas entre as categorias irão continuar. “Por ora, quero dizer aos colegas que vamos continuar cumprindo com as determinações do Movimento Polícia Unida e da Operação Padrão. É isso que vai nos levar ao sucesso da missão. Porque respeito, por parte do Governo de Sergipe, não tem”, salienta o presidente da Adepol.
Governo de Sergipe
Em nota, o Governo de Sergipe informou que por enquanto não há ainda uma definição sobre índices de reajuste dos servidores públicos. “Os técnicos do governo estão terminando os cálculos de impacto financeiro. A previsão é que no início de fevereiro, com a volta dos trabalhos na Alese, um Projeto de Lei seja enviado tratando do assunto, inclusive, com melhorias previstas para os profissionais da Segurança Pública”, informou a Superintendência de Comunicação.
por João Paulo Schneider
A matéria foi atualizada às 12h do dia 17/01/22 para acrescentar o posicionamento oficial do Governo de Sergipe.
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