Emdagro atua para evitar anemia infecciosa equina em Sergipe

A AIE é causada por um vírus que se propaga pelo contato com o sangue contaminado, principalmente por picada de insetos e das moscas dos estábulos. (Foto: Ascom/Emdagro)

A equipe do Programa de Sanidade Animal da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) vem percorrendo propriedades desde o início do ano, para identificar e conter casos de Anemia Infecciosa Equina (AIE) em Sergipe. Sete focos da doença foram identificados nos municípios de Boquim, Ilha das Flores, Pedrinhas, Maruim, São Cristóvão e Simão Dias. A Emdagro realizou os diagnósticos e orientou criadores. Os animais doentes foram imediatamente isolados para evitar a infecção de outros equídeos do rebanho e, ao todo, 52 cavalos foram sacrificados.

A AIE é causada por um vírus que se propaga pelo contato com o sangue contaminado, principalmente por picada de insetos e das moscas dos estábulos, materiais contaminados com sangue infectado como: agulhas, instrumentos cirúrgicos, groza dentária, sonda esofágica, aparadores de cascos, arreios, esporas e outros materiais, além da placenta, colostro e acasalamento. Por ser incurável, a Anemia Infecciosa Equina é uma doença de controle oficial da Defesa Agropecuária Estadual e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e, por exigência legal, todos os animais testados positivos devem ser sacrificados.

Em apenas uma única propriedade, no município de Maruim, o criador teve 42 de seus animais contaminados. “Uma vez positivados os casos de AIE, a propriedade é interditada e os animais ficam em isolamento. Da mesma forma, o criador fica proibido de transitar com seus equinos até que estes sejam sacrificados e novos exames realizados, atestando a ausência da doença nos demais animais”, explica a Médica Veterinária Marcella Porto, responsável pelo Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos da Emdagro.

Segundo a veterinária, a doença também afeta os asininos (jumentos e jumentas) e muares (burros e mulas), e o exame de Anemia Infecciosa Equina, assim como o Mormo, é obrigatório na entrada de animais em eventos, como vaquejadas, feiras e exposições de animais, e copas de marcha. “Por essa razão, eventos clandestinos acarretam o aumento de animais infectados para ambas doenças”, alertou Marcella Porto.

Sintomas

Uma vez instalado no organismo do animal, o vírus nele permanece por toda a vida, mesmo se não manifestar sintomas. É uma doença essencialmente crônica, embora possa se apresentar em fases hiperaguda, aguda e subaguda. “Em sua maioria, os animais são assintomáticos, mas uma vez infectados podem apresentar febre acima de 40 °C, hemorragias puntiformes embaixo da língua, anemia, inchaço no abdômen, redução ou perda de apetite, depressão e hemorragia nasal. A Anemia Infecciosa Equina é também conhecida como a AIDS dos equinos”, conclui a veterinária Marcella Porto.

Fonte: Ascom/Emdagro

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