Famílias protestam por moradia e temem ação da polícia

Crianças e adultos levantaram cartazes e gritavam palavras de protesto
Nesta terça-feira, 3, as famílias que ocupam o prédio de um hotel inacabado próximo a Orla de Atalaia foram às ruas da capital para chamar a atenção da sociedade e das autoridades. Com gritos de protesto eles pediam moradia digna e alertavam para a ordem de despejo que será cumprida pela polícia amanhã. “Polícia é pra ladrão e não pra cidadão”, bradavam os manifestantes não escondendo o medo de que haja confronto durante a desocupação.

“Estamos querendo sensibilizar o governo para olhar para nós trabalhadores. Estamos com medo da truculência da polícia amanhã. Nós somos passivos, se ocupamos é porque precisamos de um lugar para ficar”, afirma Claudene Rodrigues, que faz parte da coordenação do Movimento dos Trabalhadores

Claudene teme repressão policial
Urbanos (Motu).

Os manifestantes fizeram muito barulho na frente da Assembléia Legislativa e até o final da manhã membros do movimento tentavam conversar com alguns deputados, sem sucesso. Eles também estavam encaminhando uma carta à Comissão de Direitos Humanos da AL pedindo a interferência política dos parlamentares na garantia do direito à moradia.

Os protestos devem seguir durante todo o dia na tentativa de suspender o cumprimento da ordem de reintegração de posse ou encontrar meios de negociação a fim de encontrar um lugar para essas famílias ficarem alojadas. A situação das quase 300 famílias é a mesma, muitas resolveram deixar suas moradias precárias em invasões pela cidade ou decidiram fugir do aluguel, que estava levando maior parte da renda.

Juliana está com oito meses de gestação e não sabe qual será seu destino
Se realmente precisarem deixar o prédio do hotel muitas dessas famílias não terão para onde ir. Este é o caso de Juliana Nascimento, grávida de oito meses, a jovem vive em um dos quartos da ocupação com duas irmãs e sobrinhos. “Sou autônoma e não posso mais pagar aluguel, se sair de lá pode ser que eu vá até para debaixo da ponte”, declara. 

Confira a matéria especial que mostra um pouco a dura realidade das famílias que vivem no hotel em construção e brigam por moradia digna.

Por Carla Sousa

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