Finados aquece comércio de Aracaju

A proximidade do dia 2 de novembro, o Dia de Finados, já movimenta os principais cemitérios de Aracaju, Santa Isabel (no bairro Santo Antônio) e São João Batista (Castelo Branco). Algumas pessoas podem ser encontradas fazendo a limpeza dos jazigos e decorando-os com flores e velas.

 

A procura por estes dois itens, por conta do costume de relembrar parentes e amigos que já se foram, aquece as vendas em Aracaju. A exemplo das banquinhas de flores, velas e lanches que serão armadas nos portões dos cemitérios na ocasião, muitos vendedores estão se preparando para a data.

 

A vendedora de flores Tereza Maciel, que tem uma banca na Passarela das Flores, no Mercado Municipal, espera boas vendas para o período. “Hoje vende mais”, conta ela, referindo-se ao dia 1º de novembro, véspera de Finados. Tereza, assim como outros vendedores, fazem arranjos de flores como gérbera, rosa, copo-de-leite, crisântemo e palma-de-santa-rita, a preços que variam de 10 a 40 reais.

 

Também é esperado o consumo de velas para a data. O proprietário de uma fábrica sergipana de velas Oscar Costa relata que a produção dos últimos dois meses aumentou cerca de 50%. “Essa oferta atende a necessidade do mercado”, descreve Oscar.

 

Tradição

 

O Dia dos Fiéis Defuntos, Dia dos Mortos ou Dia de Finados é celebrado pela Igreja Católica no dia 2 de novembro, logo após o Dia de Todos-os-Santos, dia 1º. O costume católico data do século I, quando os cristãos visitavam os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. Santo Odilon, mais conhecido como Abade de Cluny, também já pedia aos monges que orassem para os que já se foram.

 

É a partir do século V que a Igreja começa a dedicar um dia no ano para meditar sobre todos os mortos, até mesmo aqueles pelos quais ninguém rezava ou se lembrava. No século XI, através dos papas Silvestre II (1009), João XVII (1009) e Leão IX (1015) foi dogmatizado um dia no ano para cultuar os falecidos, e no século XIII o 2 de novembro torna-se o dia eleito para o culto aos que já se foram.

 

Relembrar parentes e amigos que não estão mais vivos faz parte do cotidiano de muitas pessoas nessa data. A professora Maria Francisca conta que desde criança já vinha visitar o túmulo dos bisavós junto a sua família. “É um costume que já existe de gerações”, relata Maria. Para ela, a data não traz tristeza, mas introspecção. “O momento é de reflexão”, afirma a professora.

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