Fraudes em concurso: “controle externo já vem tarde no Brasil”

O secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil, Raimundo Cezar Britto, afirmou ontem, dia 21, que as irregularidades envolvendo o concurso público realizado pelo Tribunal de Justiça de Sergipe são um exemplo claro da necessidade de criação imediata de um controle externo para o Judiciário. “Quando o próprio Judiciário dá um exemplo contrário à credibilidade, é preciso que um órgão superior interfira e restaure essa característica, que deve ser essencial à Justiça”, afirmou o secretário-geral da OAB, que é de Aracaju. “O controle externo já vem tarde no Brasil”. Cezar Britto acompanhou nos últimos dias a tramitação de ação civil pública ajuizada pela OAB de Sergipe, na qual a entidade pede a anulação do concurso. Entre as irregularidades apontadas figuram clonagem de questões de concursos anteriores, suspeita de favorecimento de parentes diretos de políticos, magistrados e desembargadores sergipanos e a contratação sem licitação de uma fundação para aplicar as provas. A ação tramita na Terceira Vara da Seção Judiciária de Sergipe. Segundo Cezar Britto, a OAB está confiante de que a ação civil pública será julgada nos moldes do parecer emitido nesta segunda-feira pelo Ministério Público Federal, que opinou pela anulação imediata do concurso. “Não estamos brigando com as pessoas que fazem o Judiciário, lutamos sim para que essas pessoas pertençam a um Poder digno”, acrescentou Cezar Britto. Por Cássia Santana Confira a seção Opinião com – Cezar Britto.

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