Os funcionários dos Correios em Sergipe permanecem em estado de greve. A categoria está em campanha salarial e luta contra a aprovação do Projeto de Lei (PL) 591/21, que tramita no Congresso Nacional, que trata da privatização dos Correios.

De acordo com o secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Sergipe (Sintect/SE), Jean Marcel, a categoria pede reajuste de 5,5% referente à recomposição da inflação e o retorno das cláusulas retiradas do Acordo Coletivo.

“Ano passado, 50 cláusulas foram retiradas do Acordo Coletivo e, com isso, fomos muito prejudicados. Então, pedimos que essas cláusulas voltem para o acordo e também reivindicamos o reajuste com base na recomposição da inflação, mas os Correios apresentou proposta com reajuste zero e ontem, quando ocorreria uma negociação, os Correios optou pelo dissídio. Vamos aguardar a decisão da Justiça do Trabalho”, explica.

No último dia 18, os trabalhadores dos Correios fizeram uma paralisação de 24 horas. A greve por tempo indeterminado não está descartada pela categoria. “Os serviços continuam acontecendo normalmente, mas continuamos em estado de greve. Caso a empresa se mantenha intransigente e o PL 591 seja aprovado, a greve por tempo indeterminado não está descartada”, ressalta.

PL 591/21

O Projeto de Lei 591/21 autoriza que os serviços postais possam ser explorados pela iniciativa privada, inclusive aqueles prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública.

Correios

O Portal Infonet entrou em contato com os Correios, que ficou de enviar uma nota, mas até a publicação da matéria não houve resposta. A equipe de reportagem continua à disposição por meio do e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Karla Pinheiro