Os Guardas Municipais e agentes de trânsito, em greve há 13 dias, continuam ocupando a sede da Prefeitura Municipal de Aracaju e dizem que só sairão após serem ouvidos pelo secretário de Governo. Eles ocupam o prédio desde segunda-feira, 14, numa manifestação pacífica. 
Guardas em frente ao Gabinete do Prefeito
Uma das principais reivindicações da categoria é o adicional de periculosidade, questão que já foi julgada e aprovada pela Juíza Simone Fraga. Os guardas dizem que desde o início da greve só houve uma conversa com representantes da Prefeitura.
“Estamos mobilizados, mas insatisfeitos com a Prefeitura”, disse o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Esdras Salém. A categoria aguarda há dois dias que o secretário de governo, Bosco Rollemberg, assine a ata da última reunião de negociação que tiveram. “Nós não estamos pleiteando aumento salarial. Só queremos nossos direitos”, diz Salem.
De acordo com uma denúncia feita ao Portal Infonet, a Escola Municipal Laonte Gama, no bairro Santa Maria, não estaria tendo aulas à noite por insegurança dos estudantes com a falta dos Guardas. “Nós estamos mantendo o efetivo de 30% da greve. Mas a prefeitura é quem prioriza pra onde vão esses guardas. Por enquanto todos têm se concentrado no Centro Administrativo e no Viaduto. A prefeitura não deu prioridade à escola”, explica Salém.
Porte de Arma
Outra reivindicação da categoria é o estabelecimento de convênio com a Polícia Federal para a aquisição do Porte de Arma. Segundo a Lei do Desarmamento, as Guardas Municipais das capitais têm direito ao porte de arma profissional e pessoal. Mas para isso a prefeitura deve cumprir com alguns pré-requisitos como a instalação de Ouvidoria do órgão. .jpg)
Acesso para carros foi fechado no Centro Administrativo da PMA
“A Prefeitura não cumpre os requisitos legais, mas tem armamento para os guardas. Ou seja, a utilização das armas da Prefeitura pode ser considerada porte ilegal”, alerta o presidente do Sindicato.
Documento ao MPE
Ainda nesta quarta, 16, a categoria pretende entregar um documento ao Ministério Público Estadual, onde expõe a situação de pessoas trabalhando como Guardas Municipais, mas que não são concursados. Segundo o Sindicato a proposta da PMA era de retirada dos funcionários não concursados após os concursados assumirem seus postos. Isso não teria sido feito, e essas pessoas ainda estariam trabalhando de forma irregular.
Por Ben-Hur Correia e Carla Sousa
